Conheça 10 tipos de fundos de investimento
Provavelmente, você já ouviu falar em fundos de investimento. Esse tipo de aplicação financeira é sempre comentado e pode gerar algumas dúvidas. Segundo a ANBIMA, no Brasil existem mais de 15 mil tipos de fundos de investimento.
Desses milhares de tipos, quantos você conhece? Fundos de ações, imobiliários e de previdência podem ser seus velhos conhecidos, mas sempre é bom aprender mais! Continue a leitura para saber 10 tipos e suas principais características.
Para começo de conversa, o que são fundos de investimento?
Os fundos de investimentos são aplicações coletivas, nas quais os investidores compram pequenas partes do fundo (chamadas “cotas”). O conjunto de cotas é o patrimônio total, que é administrado por um gestor.
Por meio desse investimento, o profissional aplica o patrimônio onde achar melhor, seguindo as normas estabelecidas pelo fundo escolhido pelo investidor. O lucro do fundo é dividido proporcionalmente ao número de cotas adquiridas por cada participante.
Pensando nisso, é possível entender por que existem muitos tipos de fundos de investimento. Há diversas possibilidades de produtos e de perfis de investidor que se agrupam nos mais variados tipos de fundos. Nesse artigo, você vai conhecer 10 tipos de fundos de investimentos, é só continuar a leitura.
Falando em fundos de investimento:
Como funcionam os fundos de investimentos
6 dicas antes de investir em fundos de investimento
10 tipos de fundos de investimento: papel e caneta na mão!
1. Fundos de renda fixa (FIRF)
Contém produtos como Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, Debêntures, Letra de Câmbio, CRI, CRA. Limita-se, como o próprio nome diz, a títulos de renda fixa.
80% do patrimônio total desses fundos devem estar aplicados em títulos desse tipo. Podem ser subdivididos em três categorias de acordo com a distribuição dos ativos: Renda Fixa – Curto Prazo (quando têm vencimento com prazo máximo de 375 dias), Renda Fixa – Referenciados (quando acompanham um índice de referência) e Renda Fixa – Simples (quando cumprem 95% ou mais em renda fixa).
Em geral, a liquidez desse tipo de fundo de investimento é alta, a rentabilidade é previsível e o investimento inicial é baixo. Isso pode ser interessante para investidores iniciantes e mais conservadores.
2. Fundos de ações (FIA)
O patrimônio é aplicado em um conjunto de papéis escolhidos pelo gestor do fundo. Esse conjunto é definido a partir da norma do fundo e busca a melhor rentabilidade possível aos cotistas.
Os FIA se subdividem em alguns tipos de acordo com o seu foco: de crescimento (empresas “em conta” com potencial), de dividendos (bom histórico de dividend yield), de small caps (empresas de menor capitalização), de sustentabilidade (boas práticas ESG), de índice ativo (visa superar determinado índice), setoriais (empresas de um mesmo setor) e livres (sem pré requisito, à vontade do gestor).
A estratégia do gestor pode seguir dois caminhos diferentes: passiva (quando busca acompanhar o índice de referência) e ativa (quando objetiva superar um benchmark). Esse tipo de fundo de investimento é mais arriscado dada a volatilidade das ações. A rentabilidade costuma ser maior que as dos fundos de renda fixa.
3. Fundos imobiliários (FII)
Focam em investimentos do mercado imobiliário. As cotas se atrelam a complexos de shoppings, hospitais, hotéis e residenciais. Podem ser compostos de imóveis já construídos ou em construção, seja no meio rural ou urbano.
A composição e funcionamento dos FIIs dependem do regulamento a eles atribuído. No entanto, não é permitido liquidar o valor antes do prazo e muitos vencimentos costumam ter datas indeterminadas. Ou seja, caso queira resgatar o valor antes do vencimento, é necessário vender a cota.
Sendo assim, é possível adquirir uma cota a partir da compra na B3 durante a oferta pública do fundo ou comprando de um cotista que esteja vendendo a sua parte. O investidor recebe aluguel periódico do fundo escolhido proporcional à cota adquirida.
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4. Fundos multimercado (FIM)
Um dos tipos de fundos de investimento mais “livres”. Neles, os gestores investem o patrimônio total nos ativos e nas proporções que quiserem. Para tal, eles seguem a melhor estratégia de acordo com o momento do mercado e as normas do fundo.
As principais estratégias são: macro (visando o médio e longo prazo), long and short (trabalhando com comprados e vendidos de renda variável), trading (analisando o curto prazo), juros (ganhando em marcação a mercado) e livre (sem regras de dinâmica pré definidas).
A diversidade e flexibilidade que esse fundo tem atrai muitos investidores e pode ser uma grande vantagem. Bem como o caráter altamente estratégico para a composição desse tipo de fundo de investimento.
5. Fundos cambiais
São investimentos atrelados a moedas estrangeiras, que acompanham a performance da unidade monetária de referência. É uma estratégia de ter parcela da carteira em moedas mais fortes como euro e dólar.
Esse tipo de fundo de investimento, geralmente, é aberto e de longo prazo. Ou seja, é possível o investidor aplicar em um fundo cambial a qualquer momento, mas é importante saber que é um investimento que demanda tempo.
Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), 80% do patrimônio deve – obrigatoriamente – atrelar-se a outras moedas. Enquanto os outros 20% podem ser de livre distribuição.
6. Fundos de previdência
Visam o longo prazo e objetivam a aposentadoria ou objetivos longínquos dos cotistas. São fundos em ascensão dadas as condições da previdência social no Brasil.
Por tratar-se de investimento longo, pode-se dividir em duas fases: fase de acumulação (na qual há os aportes e o rendimento) e a fase do usufruto (retirada do dinheiro em saque único ou parcelas).
A tributação de IR depende do tipo de fundo, se é PGBL (ideal para quem declara IR no formulário completo) ou VGBL (aconselhável para quem declara IR no formulário simples). As categorias de aplicação variam, mas as principais envolvem investimentos em: renda fixa, ações e multimercados.
7. Fundos de dívida externa
São aplicações em títulos de dívidas brasileiras. Abertos a qualquer investidor, visam recursos para o pagamento dos débitos e retornam o valor com juros ao cotista.
São fundos em que 80% do patrimônio líquido deve estar aplicado em dívidas do Brasil negociadas em outros países. E os 20% restantes são de livre aplicação.
A rentabilidade depende dos juros cobrados e do câmbio entre real e dólar. Porém, não costuma ser um fundo arriscado visto que se trata de renda fixa.
8. Fundo de Investimento em Cotas (FIC)
Os fundos que investem em outros fundos. Uma estratégia na qual o gestor trabalha na melhor forma de diversificar a carteira aplicando em cotas de fundos já existentes. Ou seja, esse fundo foca em adquirir partes de outros tipos de fundos de investimento.
Os FICs não compram ativos e sim cotas. De acordo com o CVM, no mínimo 95% do patrimônio total deve ser aplicado em cotas de outros fundos. Enquanto os outros 5% podem ser alocados em ativos de renda fixa.
Esse tipo de fundo de investimento é dividido em classes: renda fixa, referenciado, dívida externa, ações, curto prazo e cambial. E, assim como os demais, possui regulamento sobre o foco e a divisão do aporte total. Assim, os investidores não buscam bons resultados de ativos separadamente, mas do fundo como um todo.
9. Fundos de índices (ETF)
Aplicam em conjuntos de ações atreladas a índices, que são indicadores que representam o desempenho dos ativos, como Ibovespa, IBRX, SMLL.
Sendo assim, o investidor, ao aplicar nesse tipo de fundo de investimento, compra um conjunto de ativos que buscam seguir o progresso de determinado ETF. Além disso, a liquidez costuma ser alta (D+2), ou seja, o resgate acontece com dois dias úteis.
Um bom fundo ETF tem a rentabilidade acompanhando a curva dos índices. Alguns exemplos de fundos de índices são BOVA11(seguindo o índice Ibovespa), MILA11 (seguindo o índice MidLarge Cap) e SMALL11 (seguindo o índice Small Cap).
10. Fundos de criptomoedas
Como o nome indica, são constituídos por criptomoedas. Podem ser consideradas uma maneira de ter parte da carteira com criptos diversos sendo escolhidas por profissionais.
A porcentagem varia de acordo com a qualificação do investidor. Os fundos para investidores de varejo devem expor, no máximo, 20% para criptomoedas, já os mais profissionais podem ir de 40% até 100%.
Essa proporção pode ser uma vantagem, principalmente, quando se trata de segurança. Como as moedas virtuais são bastante voláteis, tê-las equilibradas em um fundo com títulos mais estáveis, deixam o investidor menos exposto.
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*Texto escrito sob supervisão de Álvara Bianca
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