Como investir no metaverso? Conheça 20 opções

O metaverso voltou a ser assunto depois de surgir na novela Travessia, da Globo. Entenda o seu impacto nos investimentos e conheça criptomoedas, fundos e ETFs, NFTs e ações de empresas para diversificar a carteira de olho nesse nicho!
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Por Daniel Keny e Luana Araujo - 27/10/2022
Atualizado em 15/12/2022
9 min de leitura

A novela Travessia, escrita por Gloria Perez, estreou na Globo há algumas semanas. Depois do sucesso de Pantanal, o folhetim tem a difícil missão de manter o público interessado e engajado no horário nobre.

Bom… não é exatamente isso que nos chamou a atenção. E sim o fato de que a trama aborda a construção de um shopping center no metaverso. O tema queridinho do Zuckerberg já teve momentos mais empolgantes, mas continua sendo um nicho interessante para quem gosta de investir em produtos de tecnologia.

Neste artigo, nosso foco será mostrar como investir no metaverso. Além de falar do seu impacto no mundo dos investimentos e esclarecer o contexto no qual se insere, iremos apresentar 20 ativos para você diversificar sua carteira. Boa leitura!

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O que é metaverso?

Antes de saber como investir no metaverso, é importante entender como ele funciona. Desse modo, imagine um mundo virtual onde podemos fazer praticamente tudo que fazemos no mundo real por meio de uma representação digital – o avatar. Trabalhar, ir às compras com moedas digitais, jogar, socializar… enfim, no metaverso, tudo isso é possível.

Embora o conceito não seja novo, ganhou mais destaque após a transição de marca do Facebook para Meta, no ano passado. A mudança de nome – e o investimento de US$ 10 bilhões – mostram o interesse da empresa em capitanear a popularização do metaverso e das experiências imersivas que a realidade virtual proporciona.

A maior diferença do metaverso para a internet como conhecemos é a experiência. Em vez de navegar, o usuário “vive” no ambiente virtual. A Globo tentou mostrar o conceito na novela Travessia, mas, apesar do esforço, alguns gaps da cena não passaram despercebidos no Twitter. Então, vamos entender melhor a estrutura do metaverso.

A importância da Web3 para o metaverso

Metaverso e Web3 não são a mesma coisa. A Web3 vai usar blockchain para facilitar as transações de moedas digitais. A descentralização é o core da Web3, ou seja, nessa versão da internet os usuários são livres para negociar sem intermediários, sem abrir mão de privacidade e segurança sobre suas propriedades digitais.

A tecnologia blockchain promove essa descentralização. No final do dia, a expectativa é de que os usuários possam trocar serviços e utilizar a internet sem depender tanto das big techs, que hoje dominam o mercado de tecnologia e geram forte impacto na sociedade, de forma geral.

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O mercado de criptoativos é, certamente, o melhor exemplo a ser observado.

Por outro lado, o metaverso é o mundo 3D, que emprega os avanços da Web3 para atingir seu objetivo de gerar conexões sociais e comerciais no ambiente digital, por meio de dispositivos de realidade virtual e realidade aumentada.

O metaverso depende de várias tecnologias avançadas, sendo a descentralização proporcionada pela Web3 uma característica importante para o seu bom funcionamento. Assim como o 5G, que garante a velocidade de conexão e a baixa latência para experiências interativas em tempo real, indispensáveis para a evolução do metaverso.

Tokenização das finanças

Entender como investir no metaverso passa por compreender a tokenização, que é a transformação de ativos físicos em ativos digitais. O ouro, por exemplo, é um ativo físico. Já as criptomoedas, como sabemos, são digitais e estão atreladas à tecnologia blockchain.

Essa mesma tecnologia que garante a segurança das transações com criptos viabiliza o processo de tokenização, que pode ser do ouro, para usar o mesmo exemplo. Mas vale também para ações, imóveis, obras de arte, objetos colecionáveis, commodities, entre outros.

Ao ser tokenizado, o ativo passa a ter sua representação digital validada, ou seja, não pode ser fraudado ou modificado. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou na Febraban Tech deste ano que a tokenização é a grande tendência para o setor financeiro.

Segundo a Anbima, os projetos de tokenização de ativos e valores mobiliários no Brasil e no mundo buscam destravar ou criar novos mercados onde o formato tradicional não funciona. De fato, a tokenização já chegou ao mercado de capitais com a emissão de debêntures e FIDCs, que marcaram o começo das operações da plataforma de ativos tokenizados Vórtx QR, a primeira regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Diante desses novos instrumentos financeiros, avanços na parte regulatória são necessários, daí a importância desse passo dado pela CVM, que já atua em outras iniciativas. Mas esse é um tema para outro artigo. Agora, vamos ao impacto do metaverso nos investimentos.

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O impacto do metaverso no mundo dos investimentos

Atendimento ao cliente, análise de crédito com especialistas, consultas sobre planos de aposentadoria, seminários de investimentos, programas de inclusão financeira criados por instituições do setor…  são todas possibilidades do metaverso. Em síntese, onde há troca de bens e serviços, há demanda por serviços financeiros, fator que atrai as empresas.

Se você acredita no potencial do metaverso, então faz sentido incluir essa tecnologia nos seus planos financeiros. Entretanto, assim como ocorre em outras áreas de investimentos, estar bem informado e posicionado ajuda a identificar as melhores oportunidades.

As companhias estão se esforçando para consolidar o metaverso e, segundo a Bloomberg, esse mercado atualmente vale cerca de US$ 800 bilhões. A estimativa é de que chegue a US$ 2,5 trilhões até 2030. Saber como investir no metaverso amplia o horizonte do investidor para esse mercado ainda emergente, mas um tanto promissor.

Claro, não dá para ignorar o fato de que o ano vem sendo desafiador para o mercado de ações, e as empresas de tecnologia, que vinham entregando bons resultados há anos, estão sofrendo com o baixo rendimento das ações.

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É importante considerar que, embora existam investimentos no metaverso confiáveis e com potencial de crescimento, há risco. As criptomoedas e NFTs são mais voláteis; já as ações de empresas do mundo físico podem gerar retornos a partir de tendências do metaverso. Por isso, a boa e velha diversificação deve orientar os aportes. Falaremos sobre algumas opções a seguir!

Como investir no metaverso?

Chegamos à cereja do bolo! Como investir no metaverso, afinal? Agora que já fizemos a travessia pelo conceito de metaverso e investimentos – o trocadilho com a novela que nos inspirou a fazer esse artigo não é mera coincidência -, vamos te apresentar opções.

Já existem diversos ativos no mercado, portanto elencamos quatro categorias para abrir um leque de escolhas e facilitar a sua vida: ações, fundos e ETFs, NFTs e criptomoedas. Cada uma delas com cinco dicas para você ficar de olho.

Ações

Investir em ações talvez seja o caminho mais fácil para começar. A Meta é a empresa mais óbvia dessa lista, que ainda conta com outras quatro grandes companhias de tecnologia. O caminho para investir nelas? Diretamente na bolsa americana ou por meio de BDRs.

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  • Meta Platforms (FBOK34):  empresa de tecnologia e internet, cujo foco é na expansão da experiência imersiva proporcionada pelo metaverso. Aplicar nesse ticker é investir em nomes conhecidos como Facebook, Instagram e Whatsapp.
  • Roblox (R2BL34): companhia que desenvolve e opera plataforma de entretenimento em ambiente virtual. Ela se subdivide em produtos que permitem o desenvolvimento, exploração, aprendizagem e automatização de fluxos de trabalho.
  • Intel (ITLC34): um dos destaques do setor de tecnologia. Atua na fabricação de tecnologias como chips, processadores, inovação e dados. Foca também em parcerias e investimentos relacionados ao metaverso.
  • Matterport (MTTR): empresa de digitalização espacial, que fornece ferramentas para criar “gêmeos digitais” de espaços físicos. Possui dados que possibilitam a projeção, construção, operação, promoção e entendimento de qualquer espaço.
  • Microsoft Corp. (MSFT): corporação que é um destaque no segmento de softwares e, nos últimos anos, tem investido em realidade virtual e realidade aumentada. A empresa busca a expansão de um metaverso próprio: o Mesh.

Fundos e ETFs

Caso você não se sinta à vontade para investir em ações de uma única empresa, pode optar por fundos ou fundos baseados em índices financeiros, é uma forma de reduzir a volatilidade e diversificar. A cesta dos ETFs conta com ações blue chips, como a Meta, além de empresas em crescimento.

  • Investo Vanek Metaverse ETF (NFTS11): o primeiro ETF negociado na B3 que tem exposição direta à criptomoedas relacionadas ao metaverso. O fundo segue o MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders, índice que acompanha o desempenho dos maiores ativos de mídia e entretenimento do ambiente virtual.
  • Fundo Trend Metaverso FIA BDR Nível I: criado pela XP Investimentos, replica o Bloomberg Metaverse Index. Esse fundo foca em investir em uma carteira com papéis atrelados a empresas envolvidas com o metaverso e é composto por cerca de 30 ações globais.
  • Fundo Vitreo Metaverso: criado pela corretora Vitreo, foca seus recursos em empresas que têm a tecnologia como setor principal. Sobretudo, em companhias que estejam trabalhando diretamente na construção dessa nova realidade.
  • Hashdex Crypto Metaverse FI (META11): fundo criado com o intuito de exposição aos mais diversos setores do metaverso e entretenimento digital. A cesta de ativos é composta por empresas que objetivam a expansão desse universo digital.
  • Roundhill Ball Metaverse ETF: o fundo segue o índice Ball Metaverse, que acompanha empresas que exercem atividades voltadas à expansão do metaverso, a “nova versão da internet”.

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NFTs

Os NFTs (tokens não-fungíveis) são representações de algo único no meio virtual, os mais comuns representam propriedade de arte digital e games. Após a explosão de popularidade em 2021, veio a queda, acompanhando o mercado de baixa. 

Apesar das flutuações nos preços de NTFs, são ativos que poderão ter destaque na economia cada vez mais digital. Segundo a Verified Market Research (VMR), empresa global de pesquisa e consultoria, o mercado de tokens não-fungíveis poderá valer US$ 231 bilhões até 2030.

  • Tamadoge: memecoin NFT do Metaverso Doge. Trata-se de um jogo NFT que propõe aos jogadores o Tamaverse, universo exclusivo com moeda própria, pets em NFT e possíveis ganhos em criptomoedas (play-to-earn). 
  • Adidas into the Metaverse: projeto que vendeu R$ 250 milhões em NFTs em três dias em 2021. Esse projeto forneceu ao comprador acesso exclusivo a acessórios virtuais, que puderam ser resgatados no ano seguinte. Em 2022, iniciou-se a segunda fase chamada “Into the Metaverse 2”.
  • NFT Worlds: jogo NFT baseado no universo de Minecraft. Os colecionadores podem comprar representações de mundos exploráveis e ilimitados e desenvolvê-los livremente criando diversas experiências.
  • Souls of Nature: projeto de jogo NFT que visa a criação e nutrição de um NFT animal exclusivo. No universo criado, os jogadores vivem em uma “alma animal” e recebem missões para ajudar o meio ambiente. 
  • MetaCity: coleção NFT em que pode-se criar uma vida virtual em um mundo onde tudo é possível. O token MetaCity possibilita comprar, alugar, projetar e construir prédios, cidades, produtos e serviços exclusivos.

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Criptomoedas

É possível investir em criptomoedas ligadas a projetos dos metaversos ou usadas dentro deles como moeda digital – vale lembrar que não existe um só metaverso. Por exemplo: as moedas SAND e MANA são nativas para suas respectivas plataformas de metaverso e permitem negociar imóveis digitais, entre outros itens.

Em suma, quanto mais popular essas plataformas se tornam, maiores as chances de retornos sobre os investimentos. As criptomoedas do metaverso podem ser compradas e vendidas em exchanges como Coinbase, Binance e Mercado Bitcoin.

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  • ApeCoin (APE): token de governança e utilidade em todo o ecossistema da Yuga Labs no metaverso. Quem adquire essa criptomoeda pode participar das votações de propostas, das decisões sobre o projeto e das decisões da comunidade ApeCoin.
  • The Sandbox (SAND): moeda que é utilizada para a compra de NFTs e outros tipos de propriedades dentro do universo The SandBox. Oferece aos usuários acesso e possibilidades em mundo de jogos virtuais do metaverso. 
  • Polygon (MATIC): criptomoeda criada para transações dentro da rede Polygon. É um utility token, podendo ser utilizado para participação em decisões do projeto, moeda operacional e staking.
  • Decentraland (MANA): token nativo da plataforma Decentraland, mundo 3D. Nele, os usuários podem criar terrenos em NFT e pagar produtos digitais utilizando a criptomoeda para as transações.
  • Axie Infinity (AXS): utility token que tem como principal valor a governança adquirida com ele. É um criptoativo, mas objetiva em primeiro lugar a possibilidade de influenciar nas decisões do universo criado pelo jogo.

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