Tipos de fundos imobiliários: conheça as categorias de FIIs

Você sabia que os FIIs são tão variados que até se dividem em grupos? Leia o artigo e conheça agora os tipos de fundos imobiliários!
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Por*Luana Araujo - 29/08/2022
Atualizado em 09/09/2022
4 min de leitura

Você provavelmente já ouviu falar em FIIs, ou, o nome completo, fundos de investimento imobiliário. Esse tipo de investimento é muito conhecido e apresenta uma grande variedade no mercado. 

Desde os investimentos em shoppings até as aplicações em outros fundos, os FIIs atendem a todos os gostos. E, por isso, dividem-se em algumas categorias. Continue a leitura para conferir tudo sobre os tipos de fundos imobiliários.

O que são Fundos de Investimento Imobiliário?

Antes de explicar o que são os FIIs em si, é importante reiterar o que são fundos de investimento. Os fundos funcionam por meio de aplicações coletivas geridas por um administrador. Há uma série de regras dependendo do tipo de fundo, que pode ser de renda fixa, de ações, cambiais e muitos outros.

Com isso, entende-se que os fundos de investimento imobiliário são um tipo de fundo que concentram seus produtos na área imobiliária. Há diversas possibilidades de ativos dentro do setor de imóveis. E, por isso, os FIIs se dividem em tipos de fundos imobiliários, os quais você verá com detalhes adiante.

Para investir em fundos de investimento imobiliários, basta ter uma conta aberta em uma corretora de valores e buscar o código do FII de interesse. Depois disso, o investidor deve adquirir a quantidade de cotas que o interessa, existem cotas de bons fundos por menos de R$100

O rendimento, na maioria das vezes, volta ao investidor por meio de recebimento de aluguéis mensais. Uma grande vantagem desse tipo de ativo é que não há cobrança de Imposto de Renda nos proventos, no entanto, é importante atentar-se que há essa cobrança ao vender as cotas.

Para ficar por dentro do assunto:

O que é IFIX? Conheça o índice dos Fundos Imobiliários!

Investimento imobiliário: 5 jeitos de investir sem comprar um imóvel

Conheça 10 tipos de fundos de investimento

Tipos de fundos imobiliários

Fundos de tijolo

Esse é um dos tipos de fundos imobiliários mais famosos e procurados, conhecido também como fundos de renda. Eles são compostos por ativos imobiliários físicos, que objetivam o aluguel para os mais diversos fins.

Sendo assim, o investidor que decide aplicar em fundos de tijolo terá seu rendimento por meio dos aluguéis desses imóveis. Existem diversos empreendimentos que podem exemplificar esse tipo de FII, dentre eles:

  • Shoppings
  • Lajes Corporativas
  • Galpões Logísticos
  • Hotéis
  • Imóveis educacionais
  • Hospitais
  • Agências bancárias
  • Imóveis residenciais 
Gráfico gerado pelo app do Gorila mostrando o desempenho do FII de tijolo KNRI11, focado em imóveis comerciais e centros de distribuição.

Fundos de papel

A composição desse tipo de fundo é dada por meio de títulos relacionados ao mercado de imóveis. Eles são chamados também de fundos de recebíveis e são compostos, em geral, de CRIs, LCIs, LHs, CEPACs, FIDCs e até cotas de outros FIIs atrelados a letras e certificados do meio imobiliário.

Ou seja, os fundos de papel possuem contratos do setor, pagos a partir da participação dos investidores por meio da compra de cotas. O lucro mensal do fundo é distribuído por meio de proventos. Esse é um dos tipos de fundos imobiliários considerados bastante seguros visto que os certificados que os compõem se atrelam à renda fixa. 

Gráfico gerado pelo app do Gorila mostrando o desempenho do FII de papel RBVO11, cujo ativo predominante é o CRI.

Fundos de fundos (FOFs)

Como o próprio nome diz, são fundos que adquirem cotas de outros fundos. Funcionam como um mix de estratégias, pois buscam unir diversos fundos em um só. É uma opção que pode diminuir riscos e equilibrar ganhos, visto que mistura produtos e táticas. 

O investidor ao comprar cotas de FOFs aciona vários outros fundos. Um ponto de atenção sobre esse fundo de investimento é que nele há taxação dupla: a taxa de administração do FOF e dos fundos que o compõem. Por isso, é importante estudar bastante o fundo e confiar na gestão profissional por trás dele.

Gráfico gerado pelo app do Gorila mostrando o desempenho do FII de fundos BCFF11, do banco BTG Pactual.

Fundos de desenvolvimento

O foco desses fundos é a viabilização da construção de imóveis. Ou seja, o investidor aplica em projetos imobiliários que ainda estão em desenvolvimento. O lucro vem da venda ou do aluguel desses imóveis depois da construção finalizada.

Dentre os tipos de fundos imobiliários é um dos que apresenta mais risco. Por depender de inúmeros fatores como o decorrer da obra, prazos e vendas, esse FII costuma corresponder a perfis mais arrojados. O retorno de obras bem sucedidas, porém, costuma ser consideravelmente alto.

Gráfico gerado pelo app do Gorila mostrando o desempenho do FII de desenvolvimento MFII11, focado principalmente em projetos residenciais.

Fundos híbridos (Papel e Tijolo)

Como o nome indica, esses fundos misturam características de outros. Os componentes dessa mistura são os de tijolo e os de papel. Com isso, entende-se que os FIIs híbridos são compostos tanto de imóveis físicos quanto de contratos do setor imobiliário.

Assim, os administradores combinam os produtos de forma mais “livre”, visto que obtêm uma alta gama de possibilidades. É comum que a proporção da carteira do fundo varie de acordo com o momento do mercado. Por exemplo, em cenários de Selic alta, os FIIs de papel compõem a maior parte, e na valorização de imóveis, os de tijolo viram a maioria.

Gráfico gerado pelo app do Gorila mostrando o desempenho do FII híbrido MXRF11, um dos maiores FIIs dessa categoria.

Leia também:

Melhores fundos imobiliários 2022: análise do 1° semestre

FIIs dividendos: confira os melhores pagadores em 2022

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*Texto escrito sob supervisão de Álvara Bianca

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