Open Investment: por que o mercado precisa entender que o jogo mudou

A transparência e a acessibilidade de dados estão revolucionando o cenário de investimentos.
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Por Guilherme Assis - 24/08/2023
Atualizado em 26/10/2023
8 min de leitura

O Open Investment faz parte do movimento maior de Open Finance, que visa tornar os serviços financeiros mais acessíveis, transparentes e eficientes.

Neste artigo, vamos falar sobre isso e por que esse movimento vai mudar as dinâmicas do mercado, além de explicar como se adequar a essa realidade usando soluções especialistas e por meio de APIs. Confira.

O que é o Open Investment?

Open Investment, no contexto de Open Banking ou Open Finance, refere-se à integração e compartilhamento de dados financeiros e serviços de investimento através de APIs (Application Programming Interfaces) seguras e padronizadas. É um componente do movimento maior de Open Finance, que visa tornar os serviços financeiros mais transparentes, acessíveis e eficientes.

  • Transparência e Acesso: o Open Investment permite que os investidores tenham uma visão clara e abrangente de seus portfólios de investimento, incluindo ativos mantidos em diferentes instituições financeiras. Isso pode facilitar o gerenciamento de portfólio e a tomada de decisões de investimento.
  • Interoperabilidade: Através do uso de APIs, diferentes plataformas e serviços podem interagir entre si, permitindo uma integração mais suave de produtos de investimento, ferramentas de análise e outros serviços financeiros.
  • Personalização: Com o compartilhamento seguro de dados, os provedores de serviços podem oferecer soluções mais personalizadas e eficientes, adaptadas às necessidades individuais dos investidores.
  • Inovação e Competição: o Open Investment pode fomentar a inovação e a competição no mercado de investimentos, permitindo que novos entrantes ofereçam produtos e serviços competitivos. Isso pode levar a mais escolhas e melhores taxas para os consumidores.
  • Conformidade e Segurança: O compartilhamento de dados ocorre dentro de um framework regulatório, garantindo que os dados do investidor sejam tratados com segurança e confidencialidade.

Em suma, Open Investment é um conceito que envolve o uso de tecnologia e padrões abertos para integrar serviços de investimento, promovendo maior transparência, eficiência e acessibilidade no setor financeiro. Isso se alinha com os princípios mais amplos de Open Finance e Open Banking, buscando beneficiar tanto os consumidores quanto os provedores de serviços financeiros.

Essa estrutura é regulada e supervisionada pelo Banco Central em parceria com outros órgãos reguladores e auto-reguladores, como CVM e ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Leia também:
Open Finance: A experiência do cliente e os desafios técnicos moldam o futuro do sistema
GorilaCORE: entenda como funciona a API do Gorila

Por que o Open Investment é importante?

Em um mundo financeiro em rápida evolução, o Open Investment emerge como um farol de mudança, prometendo remodelar a forma como os investidores e as instituições interagem. Não é apenas uma tendência passageira, mas uma transformação fundamental que toca no cerne da relação entre consumidores e provedores de serviços financeiros.

Imagine um investidor de hoje, armado com informações transparentes sobre todo o seu portfólio, não limitado por barreiras institucionais. Ele pode visualizar, comparar e gerenciar seus ativos com um grau de controle nunca antes possível. Essa transparência não é apenas uma conveniência; é uma revolução na tomada de decisões de investimento.

A interoperabilidade, que uma vez foi um sonho distante, agora é uma realidade tangível. Diferentes plataformas e serviços estão falando a mesma língua, criando uma teia integrada de oportunidades. Isso facilita uma resposta rápida às mudanças no mercado e às necessidades dos investidores, tornando o setor financeiro mais ágil e resiliente.

Agora, imagine uma nova era de personalização, onde cada produto, cada serviço, é meticulosamente adaptado às necessidades individuais do investidor. Isso vai além da mera customização; é uma jornada rumo a uma experiência de cliente profundamente centrada e individualizada.

Essa mudança também abre as portas para uma onda de inovação e competição. Novos players estão entrando em campo, desafiando os veteranos, e redefinindo o que significa competir no espaço financeiro. A paisagem está mudando, e quem não se adaptar corre o risco de ser deixado para trás.

Essa é a promessa e o desafio do Open Investment. Não é algo que possa ser ignorado ou relegado a uma estratégia futura. É uma realidade atual, pulsante e vital que está redefinindo a forma como o mercado funciona.

As instituições que reconhecem essa mudança – que abraçam a transparência, a interoperabilidade, a personalização e a inovação -, não só atenderão às demandas dos consumidores modernos, mas se posicionarão como líderes na paisagem financeira em transformação. 

Ignorar o Open Investment não é uma opção; o momento é de ação para todos aqueles que querem permanecer relevantes e prósperos em um mundo onde o investimento é aberto, integrado, e infinitamente acessível.

Os desafios de implementação do Open Investment

Em um mercado com dezenas de milhares de produtos de investimento e centenas de instituições financeiras, a implementação do Open Investment não é uma tarefa simples. Essa complexidade revela vários desafios críticos:

  • Diversidade de Produtos e Padrões: Com uma vasta gama de produtos, cada um com suas próprias características e padrões, criar uma abordagem unificada é uma tarefa monumental.
  • Segurança e Autenticação: A troca segura de dados e a autenticação apropriada são essenciais para manter a integridade e a confidencialidade das informações financeiras.
  • Padronização da Informação: A variedade de dados exige um esforço concentrado na padronização, garantindo que informações de diferentes fontes possam ser comparadas e analisadas de maneira uniforme.
  • Troca Performática de Informações: A transferência eficiente de dados entre instituições requer soluções robustas que possam lidar com grandes volumes de informações sem perda de desempenho.
  • Consistência dos Dados: Talvez o maior desafio de todos, a consistência dos dados exige rigor na coleta, processamento e análise das informações. A falta de consistência pode levar a conclusões errôneas e decisões mal informadas.

Após a superação desses desafios, as instituições ainda são deixadas com dados crus, que precisam ser trabalhados e enriquecidos para ter valor. É aqui que entram soluções especializadas como o GorilaCORE, que transformam esses dados transacionais brutos em insights acionáveis e desempenham um papel crucial no teste de consistência desses dados e criação de novas experiências. A garantia de precisão e confiabilidade na análise é vital para a eficácia do Open Investment.

Além disso, vale destacar que, embora a implementação completa do Open Investment seja um processo que leva tempo, existem recursos já disponíveis que podem acelerar a inovação. Silos de dados como a B3 já possuem uma massa crítica de informações que podem ser utilizadas na criação de novas experiências, agindo como catalisadores na jornada do Open Investment.

A mensagem é clara: o Open Investment não é apenas uma visão futura, mas uma realidade em andamento, com ferramentas e recursos disponíveis agora. As instituições que adotam essa abordagem e se engajam com parceiros e recursos certos estarão na vanguarda da próxima onda de inovação financeira.

A jornada rumo ao Open Investment não é fácil, mas é vital. A combinação de soluções especializadas, como o GorilaCORE, e o aproveitamento de recursos, como os dados da B3, oferece um caminho promissor. O potencial para uma experiência de investimento mais transparente, acessível e personalizada espera no horizonte, e o caminho para chegar lá começa com a compreensão e enfrentamento desses desafios.

A experiência é o que importa

No passado, o mundo dos investimentos era caracterizado por uma seleção limitada de produtos e pouca competição. A venda de investimentos era, em muitos aspectos, uma proposição direta e uniforme. Mas os tempos mudaram.

Hoje, com dezenas de milhares de produtos e uma competição acirrada, o cenário é radicalmente diferente. Não se trata mais de vender produtos individualmente, mas de vender histórias de exposição em cima de portfólios. Isso significa criar contexto, personalizar ofertas e garantir que o consumidor entenda o que está acontecendo com seus investimentos.

Esta mudança não se aplica apenas à venda de novos produtos de investimento; ela permeia toda a análise do portfólio existente e como ele se insere na realidade do cliente e nos eventos globais do mercado. A entrega dessas informações pode ocorrer de diversas maneiras: front-ends mobile ou web, relatórios em PDF ou até mesmo através de conversas com profissionais de investimento, como gerentes e consultores.

Mas a experiência não se limita ao consumidor final. Existe uma cadeia de experiências intermediárias e importantes, abrangendo consultores financeiros e áreas de BI (Business Intelligence) das instituições financeiras. Esses profissionais passarão a ter ferramentas para entender melhor como cada cliente está progredindo e o que é necessário para ajudá-lo em sua jornada de investidor.

O que importa no final do dia é a experiência. O consumidor moderno espera mais do que apenas produtos; espera histórias, contexto e personalização. Eles querem entender como seus investimentos se encaixam em um quadro mais amplo, como respondem a eventos mundiais e como servem às suas necessidades e objetivos individuais.

A transformação que o Open Investment traz é profunda e abrangente, afetando todas as facetas da indústria. Ela coloca a experiência no centro da equação, reconhecendo que a venda de investimentos não é mais uma questão de simples transações, mas de relacionamentos, compreensão e serviço personalizado.

Para as instituições financeiras, adaptar-se a essa nova realidade significa repensar a maneira como abordam os investimentos. Isso requer uma mentalidade centrada no cliente, tecnologias inovadoras e uma disposição para abraçar a complexidade e diversidade do mercado moderno.

Nesse novo mundo, soluções como o GorilaCORE desempenham um papel vital, fornecendo as ferramentas e insights necessários para criar experiências significativas e personalizadas. A jornada rumo a uma nova era de investimentos começou, e a experiência está no cerne dessa transformação.

Tecnologias em ascensão com o Open Investment: De Produtos para Portfólios

No setor financeiro e de investimentos, existe um volume gigantesco de informações e dados que circulam a todo momento. Esse volume expressivo desafia as instituições financeiras em relação a transformar esses dados crus de preço e transações de produtos em portfólios de investimento coesos, para que essas instituições possam entender seus clientes e criar experiências superiores em suas plataformas.

Quando se trata de investimentos, entregar cálculos de rentabilidade, patrimônio e taxas de retorno é essencial para nortear as escolhas dos investidores. Oferecer informações precisas sobre séries históricas de preços e benchmarks de índices e bolsas também é fundamental.

Neste ponto, o papel das APIs é crucial, pois elas vão permitir que as empresas utilizem soluções especializadas para disponibilizar essas informações e otimizar o trabalho da sua área de TI. Assim, empresas reconhecerão que a capacidade rápida de aprimorar a experiência de um produto ou serviço pode ser melhor alcançada terceirizando para um provedor ou fornecedor de serviços especializado em calcular portfólios.

O GorilaCORE, uma das soluções do Gorila, é uma API que disponibiliza todo o mecanismo de cálculo de última geração do Gorila para empresas parceiras, oferecendo a possibilidade de escalar o cálculo de cotização de portfólios de investimentos. Com isso, é possível entregar uma visão completa do portfólio na interface de sites, aplicativos ou mesmo usar esses dados para derivar inteligência sobre a base de clientes.

Quer saber mais? Clique e conheça.

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