[TAG SUMMIT 2023] Inovação e Diversificação: Tendências na Renda Variável

Acompanhe a discussão do painel sobre renda variável no TAG Summit 2023 e saiba quais são as empresas destaque dos portfólios dos principais gestores.
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Por Ednael Ferreira - 09/08/2023
Atualizado em 13/11/2023
3 min de leitura

O TAG Summit 2023 reuniu grandes nomes do mercado de wealth management para falar dos principais tópicos do setor. Para conduzir a discussão sobre renda variável o evento contou com Cesar Paiva, portfólio Manager da Real Investor, Gustavo Salomão, CIO da Norte Asset Management, e Werner Roger, CIO da Trígono Capital. Os especialistas se reuniram no painel “Inovação e Diversificação: Tendências na Renda Variável”, mediado por Cléber Nicolav, da Inovar Previdência. Leia a seguir os destaques da discussão. 

Salomão iniciou relembrando o cenário de dois anos atrás, quando o Ibovespa estava com 122k pontos, a expectativa de juros era de 9% e os juros americanos estavam em 1,5%. A reviravolta gerou uma mudança de perspectiva no mercado, o que ocasionou uma onda de resgates nos fundos de renda variável.

“Nós olhamos muito o macro, é o ar que a gente respira, olhando para isso a gente antecipa o que vai acontecer”, comentou o CIO da Norte, citando como a gestora se anteviu ao cenário que foi desenhado nos anos seguintes. 

Sobre o presente, Salomão analisou que estamos no início de um processo de grande corte de juros e desinflação. É esperada então uma melhora de resultados das empresas e um aumento de apetite de risco, além da reversão do processo de desinvestimento. “O momento de se posicionar é agora. No meio do ano que vem os juros estarão abaixo de 10%; os EUA vão iniciar o corte de juros provavelmente no 1T24. Sem dúvidas é o momento ideal para investir em bolsa”, completou. 

Já Roger não enxerga o cenário com tanto otimismo: “Estimular o crescimento só com a Selic é ineficiente”, disse. O CIO da Trígono apontou dificuldades para melhora do cenário, como o déficit primário alto, a dívida pública sem financiamento e a dúvida sobre a aprovação do arcabouço fiscal. 

Nesse contexto, Roger revelou que a exposição da Trígono é bastante globalizada. A gestora aplica em empresas que, apesar de brasileiras, conseguem crescer independentemente do cenário local. Além disso, comentou que uma quantidade menor de ativos faz parte de sua estratégia: “10 empresas não são 30 ou 40”.

Algumas empresas dos portfólios dos gestores

Durante o bate-papo, Nicolav pediu que os participantes comentassem a escolha de algumas empresas de seus portfólios. 

Salomão destacou a Cury (CURY3) e a Direcional (DIRR3), duas empresas do setor de construção civil focadas no público de baixa renda. O gestor ponderou que são duas companhias diretamente impactadas pelos programas de governo como o “Minha Casa, Minha Vida”, que conta com apoio da gestão Lula. “A gente gosta do setor como um todo, temos posição nele desde o ano passado, quando os juros ainda estavam subindo”, disse. 

O CIO da Norte também salientou a direção da empresa, que, segundo ele, conta com especialistas do setor que executam todas as etapas do processo de operação com muita eficiência. Salomão apontou também que essas empresas sempre entregam mais do que o esperado pelo mercado. A Curry teve alta de 90% num período de alta de juros, enquanto a Direcional valorizou 40%, de acordo com o especialista. 

Salomão também destacou a Sigma Lithium (SGML), mineradora de lítio que inovou mundialmente ao extrair o metal com técnica de empilhamento de rejeito. A técnica permite que a companhia seja a única no mundo a colocar um selo verde em seu produto. Do ano passado para cá, o valor da empresa triplicou e o cenário do boom de carros elétricos nos países desenvolvidos é promissor, pois o lítio é usado em baterias.

Paiva elencou a Aliansce Sonae (ALSO3) e a Neoenergia (NEOE3). A primeira – empresa de shoppings centers – foi uma oportunidade gerada na crise da Covid-19 e vem crescendo com o número de fusões, sendo o maior player da América Latina atualmente e com promessa de bons dividendos no ano que vem. Já a empresa de energia teve suas entregas de projetos antes do prazo e preço baixo na bolsa destacados pelo Portfolio Manager da Real Investor. 

Tupy (TUPY3) e a Ferbasa (FESA4) foram destacadas por Werner. Enquanto a Ferbasa foi escolhida por questões ESG, a metalúrgica Tupy chamou a atenção por dominar 50% do mercado fora da China, ter triplicado de tamanho desde 2018 e estar desenvolvendo uma tecnologia de reciclagem de baterias sem gerar carbono, além de já ter contrato para fornecer motores de hidrogênio para a Alemanha.

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