Relatório da Inflação, BCE e BoE no radar dos investidores

MORNING CALL 15-12-2022

Brasil
Internamente, os ativos locais devem refletir o cenário de maior cautela advindo do exterior, enquanto os investidores digerem o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, à procura de maiores informações sobre o cenário fiscal mencionado no comunicado do Copom, e acompanham os desdobramentos da PEC da Transição na Câmara e a votação da constitucionalidade do orçamento secreto no STF.
Europa
As principais bolsas do continente operavam no vermelho pela manhã, no mesmo sentido do último fechamento, digerindo a alta dos juros norte-americanos, os dados mais fracos da atividade chinesa e apreensivos para a nova rodada de decisões de Bancos Centrais.
Após o Banco Nacional da Suíça elevar os juros pela terceira vez consecutiva, a 1% a.a., as decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) prometem guiar os mercados nesta quinta-feira. É esperado que ambas instituições desacelerem o ritmo de aperto monetário para uma alta de 50 bps da taxa de juros, frente a sinais de que a inflação já atingiu o pico e de desaceleração da economia do continente. Investidores também se atentam ao pronunciamento da presidente do BCE, Christine Lagarde, após a decisão.
EUA
Os índices futuros de Nova York estendem as perdas da véspera nesta manhã, com os investidores digerindo a decisão do FOMC de ontem e a postura mais hawkish adotada por Powell em seu discurso e na revisão das projeções, que apontam para extensão do aperto monetário dos EUA no ano que vem.
A agenda econômica está repleta de indicadores que podem trazer mais luz sobre o estado atual da economia norte-americana, dentre eles, as vendas no varejo e a produção industrial de novembro e os dados de atividade dos Feds regionais.
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Ásia
Os mercados asiáticos encerraram em baixa, puxados por dados aquém do esperado da economia chinesa e pela manutenção da política monetária do país em território acomodatício. A produção industrial desacelerou para 2,2% em novembro, ante os 5% verificados em outubro, na comparação anual, enquanto as vendas no varejo despencaram 5,9%, contra expectativas de -3,3%.
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