Melhores ações novembro 2021: altas e baixas

Com o surgimento de uma nova variante do coronavírus  — ômicron —, o mercado de ações ficou ainda mais cauteloso e o Ibovespa acumulou perdas de 1,53%, aos 101.915 pontos, no último mês. Apesar do cenário negativo, algumas empresas conseguiram ganhos consideráveis na bolsa. Acompanhe quais foram as melhores ações em novembro de 2021.

Melhores ações novembro 2021: maiores altas no Ibovespa

5 maiores altas de novembro no Ibovespa

Fonte: Broadcast

1 – TIM (TIMS3)

O grande destaque de novembro ficou por conta da TIM (TIMS3) acumulando alta de 22,99% em seus papéis. A operadora de telefonia foi beneficiada por dois motivos: o primeiro deles é por conta de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria pela redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o setor de telecomunicações.

Outro fator que impulsionou os papéis da Tim foi a oferta de US$ 12 bilhões feita pelo fundo norte-americano KKR pela Telecom Italia, controladora da operadora brasileira. 

2 – Locamerica (LCAM3)

A Unidas (LCAM3), ex-Locamerica, obteve ganhos de 17,44% na bolsa em novembro. Segundo balanço do 3T21, a empresa teve alta de 116,5% no lucro líquido recorrente, com R$ 267,3 milhões.

Entre os destaques do documento está a recuperação da margem do Aluguel de Carros e Seminovos que, por mais um trimestre consecutivo, apresentaram nível recorde. 

3 – Dexco (DXCO3)

Em novembro, as ações da Dexco (DXCO3), ex-Duratex, tiveram retornos positivos na casa dos 16%. Uma notícia positiva foi que a empresa conseguiu revogar a liminar que havia suspendido temporariamente as operações da unidade de produção de louças sanitárias de Queimados, no Rio de Janeiro.

4 – Energisa (ENGI11)

Ainda entre as melhores ações de novembro de 2021 está a Energisa (ENGI11). Apesar de acumular alta de 14,82% na B3, o balanço do 3T21 trouxe um lucro líquido de R$ 863,9 milhões, uma baixa de -6,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. 

Além disso, nas áreas de concessão do Grupo Energisa (ENGI11), o consumo consolidado de energia elétrica apresentou redução de 2,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

5 – Suzano (SUZB3)

Fechando o top 5 do Ibovespa de novembro, a Suzano (SUZB3) alcançou ganhos de 14,08%. As ações da produtora de papel e celulose foram favorecidas pelo cenário de aversão ao risco e desvalorização do real ante o dólar. Além disso, elevou o preço da tonelada da celulose para seus clientes na Ásia. 

Melhores ações novembro 2021: maiores baixas no Ibovespa

5 maiores baixas de novembro no Ibovespa

Fonte: Broadcast

1 – Natura (NTCO3)

Amargando perdas de 31,39%, a Natura (NTCO3) foi a maior baixa do Ibovespa em novembro. O resultado do balanço da empresa no terceiro trimestre indicou queda de 28,6% no lucro líquido consolidado, com R$ 296,6 milhões. Aliado a isso, os resultados da Avon foram piores do que o esperado. 

Entretanto, a Natura iniciou estudos para listagem primária para a NYSE (bolsa de valores de Nova York), ao mesmo tempo em que mantém a dupla listagem por meio de BDRs listados na B3. 

2 – Locaweb (LWSA3)

O mercado esperava que o balanço da Locaweb (LWSA3) fosse melhor, dessa forma, os papéis caíram 27,92% em novembro. A empresa de hospedagem de sites registrou um lucro líquido ajustado de R$ 25,6 milhões no 3T21, um aumento de 96,5% na comparação com o mesmo período de 2020.

Vale dizer que o lucro líquido ajustado exclui diversas despesas, como as que estão relacionadas desde o IPO da Locaweb em fevereiro de 2020. Assim, feito esses ajustes, a companhia teria registrado um prejuízo de R$ 3,7 milhões, revertendo lucro de R$ 7,8 milhões de um ano antes.

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3 – Magazine Luiza (MGLU3)

Em novembro, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) recuaram 27,84% na bolsa. Desde julho, a ação já caiu mais de 60%. O balanço do terceiro trimestre teve lucro líquido ajustado de R$ 22,6 milhões, um recuo de 89,53% em relação ao mesmo período de 2020. 

Somado a isso, as vendas nas lojas físicas apresentaram queda. É interessante pontuar que os bens duráveis costumam ser vendidos a crédito, que tende a ficar mais caro com os juros elevados.

Além disso, quanto maior o número de concorrentes, menores são as receitas. Magalu tem visto isso com o avanço de empresas no e-commerce como Americanas, Mercado Livre, Amazon, Aliexpress e Shopee. 

4 – Assaí (ASAI3)

Os papéis do Assaí (ASAI3) não performaram como desejado, sendo que as perdas em novembro chegaram a 16,61%. Apesar do desempenho na bolsa, a empresa viu o seu lucro líquido do terceiro trimestre somar R$ 538 milhões, crescimento de 33,8% sobre um ano antes.

Uma notícia que movimentou o mercado foi o Grupo Pão de Açúcar ter vendido 71 pontos do Extra Hiper para o Assaí. Com a mudança, o Assaí estima atingir 25 bilhões de reais em receita bruta. 

5 – Banco Pan (BPAN4)

Na quinta colocação entre as maiores baixas está o Banco Pan. O ticker BPAN4 recuou 15,27%, apesar da empresa ter divulgado no último balanço um lucro líquido de R$ 191 milhões, crescimento de 12% em relação ao mesmo período de 2020.

Ainda entre os destaques, o Banco Pan havia informado em outubro a aquisição da Mosaico (MOSI3), dona dos sites de comparação Buscapé e Zoom.

Contexto de novembro

A variante ômicron e suas proporções indefinidas dominaram os radares. A bolsa de valores acumulou perda de 1,53% em novembro, porém no ano a queda chega a 14,37%. Das 92 ações do Ibovespa, 55 caíram no último mês. 

Somado a isso, incertezas fiscais e políticas rodearam o cenário doméstico. A PEC dos Precatórios está em votação no Senado. A proposta abre espaço fiscal de mais de R$ 100 bilhões no Orçamento de 2022 e permite ampliação do Auxílio Brasil.

Em mês de Black Friday, as empresas varejistas continuam amargando perdas. O aumento constante da taxa Selic, atualmente em 7,75% a.a.,e da inflação, impactam o poder de compra das pessoas. Segundo o Boletim Focus, de 29 de novembro, o IPCA deve fechar o ano em 10,15% e a Selic em 9,25%. 

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Já no cenário externo, pela primeira vez, Jerome Powell, presidente do banco central americano (Federal Reserve, o Fed), admitiu que a inflação americana não é nada “temporária” ou “transitória” como antes afirmava ser. O dólar, no acumulado do último mês, caiu 0,18%, cotado a R$ 5,63. 

E para os fãs de criptomoedas, a construtora Even passou a aceitar Bitcoin e Ethereum para pagamento de até 100% de imóveis. E seguindo lógica pouco racional, no domingo (28), a moeda digital ômicron disparou 400%, subindo para US$ 711, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) nomear a nova variante do coronavírus de ômicron. 

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