Copom mantém Selic em 13,75% a.a.
Sem grandes surpresas, o Banco Central repetiu o tom cauteloso adotado na última reunião e reforçou que a taxa Selic deverá permanecer em território contracionista por tempo suficientemente prolongado, enquanto permanecerá vigilante para possíveis eventos que alterem a condução da política monetária.
A autoridade monetária entende que o quadro inflacionário brasileiro se mantém fragilizado, ao mesmo tempo em que o grau de moderação da atividade se intensificou desde a última reunião, com destaque para a surpresa negativa do PIB do terceiro trimestre.
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No balanço de riscos, permanece o processo de normalização da política monetária ao redor do mundo, que tem gerado um cenário de desaceleração das principais economias globais, além dos novos obstáculos fiscais, que devem levantar um alerta aos países emergentes.
As expectativas sobre o arcabouço fiscal brasileiro se deterioraram desde a última reunião, com destaque para a tramitação da PEC da Transição no Senado. Internamente, a intensificação dos riscos fiscais exerce pressão contrária ao processo de suavização da inflação, dificultando principalmente a ancoragem das expectativas dos investidores. O Banco Central afirmou que acompanhará de perto os desdobramentos da política fiscal, a fim de definir seus próximos passos.
É esperado que o início do processo de acomodação monetária se dê apenas na segunda metade do ano que vem.
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