Investimentos alternativos: opções para diversificar

Há muitos ativos a se explorar que vão além dos tradicionais. Conheça uma forma de diversificar o portfólio por meio dos investimentos alternativos!
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Por *Luana Araujo - 21/12/2022
Atualizado em 19/12/2022
5 min de leitura

A diversificação da carteira é um dos pontos-chave para o sucesso do investidor. Sendo assim, uma das principais questões que permeiam o mundo dos investimentos é pensar em estratégias de diversificação que funcionam. Uma delas é aplicar em investimentos alternativos, aqueles não convencionais já conhecidos.

Esse foi um dos temas abordados no Congresso Internacional da Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro). Veja os pontos de atenção que foram discutidos sobre essa temática.

O que são investimentos alternativos?

Como o próprio nome indica, são investimentos alternativos aqueles que não se encaixam nas categorias convencionais de aplicação de capital. Ou seja, fogem da lógica dos investimentos tradicionais, que são oferecidos por bancos e corretoras e variam com as condições do mercado. Segundo pesquisas, esse tipo de aplicação vem ganhando destaque pelo alto risco e, consequentemente, possíveis ganhos elevados. 

De acordo com o Financial Times, em 2020, os investimentos alternativos movimentaram $7 trilhões no mundo. Em 2021, as aplicações em investimentos deste tipo atingiram o pico no Brasil, alcançando R$35 bilhões, segundo dados da ABVCAP e KPGM. Nesse mesmo ano, a XP levantou R$ 2,5 bilhões por meio de 16 novos fundos de investimentos alternativos.

No Congresso da Planejar, foram abordados alguns desses investimentos e formas de mostrar ao cliente como eles podem ser muito lucrativos. Confira!

Imóvel é investimento?

O primeiro palestrante a falar na plenária foi Carlos Martins, sócio fundador, responsável pela implementação e gestão da área de negócios imobiliários da Kinea. O primeiro ponto abordado foi a resistência dos clientes aos FIIs e os desafios em substituir os investimentos em imóveis físicos para os fundos de investimento imobiliários em suas carteiras. 

Uma das justificativas para essa resistência é o olhar que se adquire em cada aplicação. Ao investir em FIIs, o investidor busca acompanhar o CDI; no entanto, ao adquirir um imóvel físico, ele olha para o real estate, algo muito mais palpável.

Segundo o gestor, o brasileiro médio gosta do mercado imobiliário e é conservador em seus investimentos. Então, cabe ao advisor orientar os clientes quanto às vantagens dos FIIs e, para isso, há alguns desafios educacionais a serem superados.

Para isso, pontua algumas atitudes interessantes. A primeira delas é ter calma e paciência de incentivar o cliente a entender o mercado e não tomar atitudes precipitadas. A segunda é mostrar que o ganho imediato, observado pelo yield, não deve ser o único meio avaliativo. A terceira, deixar claro que há muitos FIIs bons na B3 por valores acessíveis, ou seja, dá para começar aos poucos e ir entendendo a dinâmica com calma. E, a última, é mostrar que o momento de baixa é um bom momento para a compra fundo imobiliário que fica bastante descontado e pode render muito futuramente. 

Na atual circunstância fala-se muito sobre o declínio de alguns tipos de FIIs, mas o gestor da Kinea afirma que é um dos melhores momentos para comprá-los. Carlos Martins diria para o investidor médio que “vê um ciclo interessante para quem quer investir em fundo imobiliário, afinal, ele não quebra, no máximo reduz dividendo, sendo um ativo potente em renda futura.” 

Leia também:

Investimento imobiliário: 5 jeitos de investir sem comprar um imóvel

Tipos de fundos imobiliários: conheça as categorias de FIIs

De olho nas práticas ESG!

Luiz Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss, climatech de negociações de créditos de carbono em blockchain, abordou justamente um tema no qual ele é especialista: investimentos ESG. Adaime é um dos dez principais criadores de conteúdo voltado à governança ambiental, social e corporativa, segundo o LinkedIn.

Estamos passando por um desafio existencial: o nível de urgência do planeta. Andaime trouxe alguns dados ambientais importantes e afirmou que as novas gerações se preocupam muito mais com o meio ambiente, cerca de 93% dos millennials só investem em produtos com preocupação socioambiental.

O CEO da Moss diz que é essencial “provocar os clientes a pensar em ESG não como modinha, mas como uma classe ativos que têm potencial de retorno altíssimo, que gira em cerca de 80% a 100% por ano, em dólares”. A questão do crédito de carbono está em alta e o potencial de valorização estimado é bastante alto. 

Além disso, Luiz Felipe Andaime apontou dicas de como os planejadores podem contribuir para esse processo de trazer clientes para investimentos ESG. A primeira é analisar o risco positivo ou negativo que as empresas têm em termos de valor de destruição ambiental. A segunda, é notar que setores como mineração, petróleo, siderurgia queimam muito carbono e o preço disso vai chegar com a necessidade de recompensar o crédito de carbono. Por fim, a terceira dica é que, no Brasil, há poucos investimentos de ESG e a tendência mundial aponta para um crescimento expressivo. 

Saiba mais:

Conheça os Fundos ESG: alternativa de investimento sustentável

Mariana Sang e Bárbara Barroso mostram por que o ESG está mudando o mercado

O boom dos ETFs

Por fim, foi a vez de Rohan Reddy se apresentar para falar sobre ETFs. Ele é CFA e diretor de research na Global X ETFs. Reddy afirma que o cenário é atraente e que o crescimento de investidores em ETFs nos últimos anos é notório e tende a continuar aumentando.

O mercado brasileiro tem pouco grau de diversificação, o brasileiro em geral é conservador. Ao ser perguntado sobre o que diria para os consultores sobre como conversar com os clientes para que se lancem ao mercado internacional, Rohan Reddy foi certeiro: “tem que entender a tolerância do investidor para investir no exterior, pois eles acham difícil investir no que não entendem, por isso é preciso sim entender um pouco do mercado internacional para entrar com segurança.”

Assim, o CFA aponta a necessidade de educar o investidor aos poucos, ir mostrando como os investimentos se comportam com o tempo e começar com uma pequena porcentagem da carteira no exterior.

Reddy destaca inteligência artificial, veículos elétricos e robótica como áreas com tendência de alto retorno, assim como os fundos de private equity. Para aplicar nesses produtos, Rohan recomenda investir em fundos de longo prazo como fundos mútuos e ETFs. 

Leia mais sobre esse tema:

ETF: saiba o que é e como investir

ETF: “A gente tem um potencial inexplorado no Brasil” – Isabela Cassilha

Acompanhe as tendências do mercado e os investimentos alternativos com o Gorila

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