Mariana Sang e Bárbara Barroso mostram por que o ESG está mudando o mercado
A sigla ESG está mudando o mercado dos investimentos. Ela representa as estratégias de empresas que possuem uma agenda proativa nos âmbitos de environment, social and governance (meio ambiente, social e governança).
Companhias que adotam essa atitude consciente e responsável despertam cada vez mais a atenção dos investidores. Para tratar desse tema, o Gorila bateu um papo com as especialistas em Investimentos Sustentáveis e de Impacto do BTG Pactual: a diretora Mariana Sang e analista Bárbara Barroso.
A área da empresa onde atuam juntas é recente – foi criada em 2020 –, e há grandes perspectivas de expansão para ela: “Temos visto várias empresas criando cargos de ESG e, cada vez mais, as pessoas se interessando por esse tema e criando cargos novos para implementar essas análises”, disse Sang.
Explicando sobre a criação e o retorno sólido dos produtos financeiros que criam no banco, Barroso acrescentou: “A gente vai entregar produtos que tenham retorno igual a qualquer outro produto que o BTG oferece em outras áreas”.
Mas o que é ESG na prática afinal?
“São formas das empresas incorporarem em suas análises os fatores dessas três esferas”, respondeu Barroso.
Segundo Sang, na esfera ambiental são estudadas, por exemplo, a gestão de recursos naturais. No campo social, são analisados aspectos como stakeholders, satisfação dos clientes e funcionários, além do grau de diversidade e inclusão promovido. Já na governança, são avaliados administração, práticas anticorrupção, códigos de ética e conduta, dentre outros.
O que faz uma empresa ser ESG?
Sang explicou que “existem vários graus de produtos ESG”. Há os fundos de impacto, que “são empresas que mudam a gestão em prol da sustentabilidade”. E existem ainda os fundos que “investem em empresas com as melhores notas de sustentabilidade”. “Isso depende muito do gestor do fundo”, adicionou.
Nesse sentido, “Não existe um selo ESG, mas a empresa consegue tomar medidas para melhorar nesses aspectos”, afirmou Barroso.
Ao longo da conversa, nossas convidadas trouxeram exemplos de empresas que são reconhecidas por seu compromisso com a pauta ESG no Brasil. Depois, falaram sobre selos que certificam a execução de boas práticas de sustentabilidade. Disseram ainda que esses selos podem servir de parâmetro para escolher o seu fundo.
Barroso também disse que “Uma prática que garante credibilidade para as empresas que se comprometem com a agenda ESG é a contratação de consultoria externa especializada”.
O ESG é para todas as empresas?
Barroso esclareceu que todas as empresas conseguem melhorar seu ESG. Isso vale até mesmo para as companhias que são, por consequência de seu ramo de atuação, prejudiciais ao meio ambiente.
O que muda é que a diferença de setores faz com que umas tenham “desafios mais complexos” que as outras. Daí vem a importância do investidor fiscalizar e cobrar ações reais das empresas, evitando, assim, o chamado greenwashing, ressaltou.
O ESG também é monetariamente interessante
As especialistas do BTG Pactual defenderam a ideia de que é possível ganhar dinheiro e ser sustentável ao mesmo tempo. Isso acontece porque há mercado e também porque a sustentabilidade reduz riscos.
“Quando você incorpora os fatores ESG na análise de risco, isso quer dizer que, além dos fatores tradicionais, você está ampliando a sua gama de análise e vai mitigar esses riscos. Além de, claro, ser uma vantagem competitiva a longo prazo, porque você evita, no presente, coisas que podem acontecer no futuro”, comentou Sang.
Como será daqui para frente?
ESG é o futuro, afirmam. Barroso comparou que “O ESG é a nova roupagem da sustentabilidade que chegou no mercado de capitais”. Acrescentou ainda que “Hoje em dia as empresas que não estão incorporando esses fatores vão ter dificuldades no mercado já que todos os atores estão olhando para isso no momento”.
“No Brasil chegou mais agora, principalmente com o boom da pandemia. Mas na Europa é um mercado que está mais maduro por estar acontecendo há um tempo”, continuou a analista.
Diante desse cenário nacional, Sang apontou que “A CVM já está com isso em pauta, já vemos uma regulamentação sendo criada […] É um movimento natural do mercado, vai acontecer”.
Ademais, o bate-papo contou com uma análise sobre como estará o mercado de ESG daqui a 5 anos, além de recomendações de cursos para conhecer mais do tema.
Você vai perder essa chance de se preparar para a próxima revolução do mundo financeiro? Assista à live na íntegra e fique por dentro de tudo:
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Na conversa, também foi dito que os fundamentos do ESG podem ser encontrados em qualquer classe de ativo.
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*Texto escrito sob supervisão de Álvara Bianca
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