ETF: “A gente tem um potencial inexplorado no Brasil” – Isabela Cassilha
Você sabe como escolher um ETF? O Gorila convidou Isabela Cassilha, planejadora financeira e especialista em investimentos, para te ajudar nessa missão.
Cassilha participou da nossa live sobre como escolher os melhores ETFs e deu dicas valiosas para se dar bem investindo nesse tipo de ativo.
O que é um ETF?
ETF é a sigla para Exchange Traded Fund, que é um fundo que replica o desempenho de um índice e é negociado na Bolsa de Valores. Alguns índices que são replicados são, por exemplo, o Índice Ibovespa (IBOV) e o Índice Brasil 100 (IBrX 100).
Por estar atrelado ao índice, o ETF imita os ativos do indicador em sua composição. “É como se tivesse um espelho para replicar”, ilustra Cassilha. Assim, se um ETF é referenciado no Ibovespa, deve ser composto pelas mesmas ações do índice e nas mesmas proporções.
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“Esse tipo de investimento é muito indicado para iniciantes principalmente”, comenta Cassilha. “Quando a pessoa está começando no mercado financeiro e de ações, ao invés dela ter que procurar ativo por ativo, ela pode ingressar no ETF, onde tem uma cesta de ativos”, continua.
Tem para todos os gostos
Além dos iniciantes, qualquer investidor que busque diversificar a carteira pode se beneficiar com um ETF.
“Tem o ETF de renda fixa, de FII, tem de ouro, da China, da Europa. Enfim, tem para todos os gostos, todos os perfis, todos os bolsos. Tem muita opção, é preciso pesquisar”, aponta a planejadora financeira.
E a tendência é que, cada vez mais, surjam novas opções de ETF: “Se a gente vê os EUA, lá tem mais de 2.500 ETFs, aqui no Brasil são cerca de 30. Então, quando a gente compara esses dois países, a gente tem um potencial inexplorado no Brasil”, complementa.
Fora isso, também é um investimento para quem quer ficar exposto a algum tipo de setor. Se há algum que você acredita, há ETFs que se orientam por índice de consumo. É possível fazer o mesmo com uma dada região. Isso é interessante para quem não consegue fazer uma análise específica a dedo sobre um lugar ou campo de consumo.
Durante a live, Isabela Cassilha exemplifica tudo citando diversos tickers que estão em alta nas categorias de ETF que mencionou. Alguns deles foram o HASH11 (de criptoativos) e o XINA11 (focado em ações da China).
Nem tudo são flores
Assim como em qualquer ativo, o ETF também possui desvantagens. Uma delas é a tributação: “Nas ações, se eu vendo até 20 mil reais por mês, eu tenho a isenção. Nos ETFs eu não tenho essa isenção, independentemente do valor que eu venda, vou ter aqueles 15% que é alíquota sobre os meus rendimentos”, compara Cassilha.
“Outra desvantagem é a rentabilidade limitada, ou seja, eu não consigo ultrapassar aquele índice de mercado, pelo contrário, vou acompanhá-lo”, diz a especialista. Além de que “no meio daquela cesta de ativos eu posso ter algum que não tenha um fundamento que eu não curta tanto. Eu não consigo selecionar os ativos dentro dessa cesta”, completa.
No mais, Cassilha explica que as taxas de administração do fundo também podem ser vistas como desvantagens. Juntamente à liquidez que costuma ser diferente de uma ação comprada diretamente na bolsa.
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ETF ou fundo de gestão ativa?
Isabela Cassilha aconselha a ter os dois tipos de fundo: “Dentro da carteira há espaço para diversificar. As duas estratégias são interessantes, a gente precisa analisar o que faz mais sentido para pessoa, o que tem mais a ver com o perfil dela e os objetivos também”.
Contudo, uma vantagem que o ETF possui sobre os fundos tradicionais é o acompanhamento em tempo real da composição da cesta. O fundo tradicional possui um delay: “Você precisa ver a carteira de 3 meses antes. No ETF, não. Você tem ali a transparência e consegue acompanhar todos os dias como é que está evoluindo”, diz Cassilha.
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Dividendos, mas com a cara diferente
Muita gente prefere ações a ETFs por causa dos dividendos. Mas a concepção de que não se ganha dividendos nos ETFs está equivocada. Na verdade, o ETF recebe dividendos das ações e reinveste o dinheiro aumentando o valor da cota.
“Distribuem-se os dividendos, mas para o próprio fundo, não na conta da corretora. Então eu não vejo como uma desvantagem porque está fazendo seu dinheiro crescer de qualquer forma, a questão é que você não vai ter essa liberdade de escolher para onde direcionar esse valor”, opina a especialista.
Tickers, tickers e mais tickers
IBOV11, HASH11, FIND11, SMALL11, IVBB11, SPXI11, ISUS11, XINA11, GOLD11 e muitos outros. A lista de tickers de ETFs que Isabela Cassilha comenta na live está recheada das mais variadas opções. As dicas vão desde ETFs que seguem o padrão ESG até ETFs de renda fixa.
A principal dica é pesquisar antes de investir neles. Então separe o caderninho de notas para anotar os ETFs mais negociados na bolsa. Não perca tempo e veja o vídeo agora!
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*Texto escrito sob supervisão de Álvara Bianca
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