Inverno cripto: o que significa e quais são as tendências do mercado?

O Gorila convidou um especialista em criptomoedas para esclarecer dúvidas sobre o tema. Confira o que ele falou sobre inverno cripto e muito mais!
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Por*Luana Araujo - 15/09/2022
Atualizado em 28/09/2022
5 min de leitura

Você provavelmente já ouviu a expressão “inverno cripto”, mas sabe o que ela indica? Para explicar melhor o momento atual das criptos e indicar tendências desse mercado, convidamos um especialista no assunto. 

Lorenzo Frazzon, analista CNPI e consultor de investimentos da Passer Consultoria, esclareceu muitas questões sobre as moedas digitais. Além disso, ele defendeu os cripto ativos, os quais já conhece há cerca de 10 anos: “Tem que ter em carteira, respeitando seu perfil de investidor!”

Leia o artigo e confira tudo sobre o inverno cripto e as tendências desse mercado.

Contextualizando o histórico das criptomoedas

Antes de falar do momento atual, é importante passar por fatos importantes da trajetória das criptos.  

Em 2017, o Bitcoin – a moeda digital mais famosa – fechou o ano valorizado em cerca de 1300%, porém, no ano seguinte, acumulou perdas que cercaram os 70%. Até que, em 2019, todo o mercado cripto decaiu ainda mais devido às regulamentações e preocupações de segurança com os investimentos em cripto ativos. 

No entanto, a pandemia chegou e, no primeiro trimestre de 2020, o Bitcoin sofreu o primeiro impacto, registrando queda de 40%. Devido ao atrelamento ao halving e institucionalização das criptos, a recuperação foi rápida e em meados de abril de 2020, as moedas digitais já “respiravam” mais aliviadas. 

Em 2021, o cenário foi positivo com a valorização de 70% do Bitcoin e de 422% do Ethereum. Porém, em 2022, o mercado volta a cair por questões macroeconômicas e crise mundial decorrente da guerra Rússia e Ucrânia.

No entanto, em agosto de 2022, já é possível perceber uma reação dessas moedas que vem aumentando aos poucos. Dado o panorama, você pode estar se perguntando se a maré baixa das criptos acabou… Confira a resposta de Lorenzo Frazzon e alguns esclarecimentos sobre o cenário:

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O que é o inverno cripto?

Essa nomenclatura, muito utilizada em mídias do meio financeiro, diz respeito ao momento de desvalorização das criptomoedas sem perspectiva temporal de recuperação. A escolha do “inverno” pode se justificar tanto pela melancolia própria dessa estação do ano, quanto pelo momento de guardar as moedas na geladeira e focar em outras formas de investimento.

O especialista Lorenzo Frazzon diz que estamos fechando os primeiros 12 meses de inverno cripto. Ou seja, há cerca de um ano (meados de agosto de 2021) os criptoativos passaram a apresentar quedas subsequentes. Houve invernos anteriores entre 2014 e 2016 e também entre 2018 e 2020.

Fato é que os criptoativos têm ciclos e o inverno cripto faz parte deles. O período, apesar de desafiador, é positivo pois amadurece essas moedas e as estratégias para mantê-las “em pé”. 

O inverno cripto está acabando?

Para Frazzon, a resposta dessa pergunta de milhões de bitcoins é certeira: Não! Tendo como referência os períodos de inverno anteriores, é possível notar que a tendência é que ele se estenda mais um pouco.

O especialista afirma que “estamos do começo para o meio do inverno cripto” e que “ainda temos bons desafios”. Os motivos são vários, mas dois se destacam: cada vez mais regulações e desaceleração econômica global dado o contexto de crise e guerra.

Lorenzo Frazzon ainda aponta algo importante: “o investidor que não aguenta ver a oscilação não está preparado para investir em criptomoedas”. Por isso, é importante reconhecer seu perfil de investidor antes de aplicar para evitar frustrações!

Qual é o futuro das criptomoedas?

O cenário do futuro próximo para as criptomoedas não é super otimista… Como o especialista apontou, existem alguns desafios que precisam ser superados. O momento da macroeconomia e o cenário de crise econômica global não colaboram para uma rápida recuperação das moedas digitais. No entanto, apesar do momento de baixa, há muito potencial nas criptomoedas.

Para um futuro um pouco mais distante, Frazzon acredita que as criptos serão cada vez mais protagonistas visto que o mundo está cada vez mais digitalizado. Tudo indica que elas estarão presentes no nosso dia a dia. Mas, para que isso aconteça, algumas questões de usabilidade precisam ser trabalhadas.

Vale a pena investir nas moedas digitais?

Mais uma vez, Lorenzo Frazzon responde prontamente: “Vale! Tem que ter cripto na carteira, respeitando seu perfil de investidor”. O especialista diz que é importante cautela nesse momento, mas que é essencial aplicar nas moedas digitais.

Além disso, ele indica que a compra mês a mês é uma das melhores estratégias de aporte e que não adianta pensar em investir nesse mercado só depois que o inverno cripto acabar. É melhor comprar agora que está mais barato do que comprar daqui há alguns anos quando essas moedas se recuperarem completamente. Uma forma prática de investir nas moedas digitais é aplicar em ETFs, por exemplo.

Ele também traz uma proporção de cripto em carteira que acredita ser muito boa. Não importa o quanto de dinheiro esteja investido, Fazzon aponta que o ideal é que de 5% a 10% da carteira esteja em criptomoedas. Para ele, “5% é o número mágico falando de criptoativos!”.

Saiba mais:

Criptomoedas 2022: confira o perfil de quem investe

Melhores criptomoedas para investir em 2022: veja top 5

Criptos para ficar de olho!

Há várias criptomoedas interessantes, mas algumas se destacam na opinião do especialista Lorenzo Frazzon. Confira:

Bitcoin (BTC) 

O grande destaque das criptomoedas carrega o apelido de “ouro digital”. Todo o sistema envolvido se destaca pela descentralização e pela escalabilidade crescente. Investir em bitcoins é investir no grande destaque das criptomoedas.

Gráfico gerado pelo app do Gorila que registra a evolução da criptomoeda Bitcoin desde o início de sua circulação.

Ethereum (ETH) 

2022 está sendo um ano de muita evolução para essa criptomoeda. Da mínima que ela já teve, subiu 100%. Acredita-se que há espaço para melhorias e que, em breve, ele pode alcançar o bitcoin em termos de preço de compra.

Gráfico gerado pelo app do Gorila que registra a evolução da criptomoeda Ethereum desde o início de sua circulação.

Polkadot (DOT) 

Lorenzo Frazzon afirma que essa criptomoeda é “a mais fora da caixinha”. Ela é muito disruptiva ao inovar com os conceitos de ser layer 0 e de ser a blockchain das blockchains. Dada essa característica inovadora, é interessante comprá-la aos poucos. 

Gráfico gerado pelo app do Gorila que registra a evolução da criptomoeda Polkadot desde o início de sua circulação.

Polygon (MATIC)

Criptomoeda que vem ganhando destaque. Se apresenta como uma solução de escalabilidade. Recebeu no início do ano um aporte de US$ 450 milhões e foi utilizada pela Disney para tomar a frente da digitalização e tokenização da empresa. 

Gráfico gerado pelo app do Gorila que registra a evolução da criptomoeda Polygon desde o início de sua circulação.

O consultor de investimentos ainda citou outros criptoativos como Celo (CELO), UniLend (UFT), Monero (XMR), Helium (HNT), Solana (SOL). Você pode conferir a opinião de Lorenzo com detalhes na live.

Clique no vídeo abaixo e assista o papo na íntegra!

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