Melhores ações julho 2021: altas e baixas

O Gorila traz para você quais foram as melhores ações em julho de 2021 e os motivos responsáveis por esse desempenho favorável, apesar da volatilidade na Bolsa de Valores. Das 84 ações que compõem o principal índice da B3, 62 fecharam no vermelho. É isso mesmo!

Em julho, o Ibovespa registrou uma variação negativa de 3,94%, sendo que a queda acentuada ocorreu na última semana do mês. Entre as razões para o resultado estão temores fiscais com risco de Bolsa Família fora do teto de gastos, os ataques do presidente ao Judiciário e as acusações de fraude sem provas ao sistema eleitoral. 

Confira abaixo como foi o desempenho das maiores altas e baixas de julho.

Melhores ações julho 2021: maiores altas no Ibovespa

5 maiores altas de julho no Ibovespa

Fonte: Broadcast

1 – JBS (JBSS3)

A maior alta do mês de julho ficou por conta da JBS. As ações alcançaram uma valorização de 10,27% no período, impulsionado pela continuidade da forte demanda da China. A expectativa com os resultados do segundo trimestre de 2021, a serem divulgados no dia 11 de agosto, também animaram os investidores. 

2 – Cia Hering (HGTX3)

Os papéis da Hering (HGTX3) subiram 9,03% em julho e terminaram o último pregão cotados a R$ 37,20. No início do mês passado, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a combinação de negócios entre Hering e o Grupo Soma (SOMA3). 

Um fato que pode ser interessante aos acionistas é que a Hering produzirá camisas com carbono negativo. A empresa destinará R$ 6 milhões na descarbonização de processos.

3 – Rumo (RAIL3)

A terceira colocada do ranking das melhores ações em julho de 2021 foi a Rumo Logística, que inaugurou um novo trecho da Ferrovia Norte-Sul. Além disso, a empresa de logística do grupo Cosan planeja investir até R$ 12 bilhões na construção de uma ferrovia no Mato Grosso. A Rumo também anunciou que fará emissão de debêntures totalizando R$ 1,043 bilhão.

4 – Cosan (CSAN3)

Ao final do mês de julho, os papéis da Cosan (CSAN3) tiveram uma rentabilidade de 7,10% na B3. O destaque está na expectativa de IPO da Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell, que deve acontecer na próxima quinta, dia 5 de agosto. O período de reserva foi até segunda-feira (2), com a variação do preço por ação entre R$ 7,40 e R$ 9,60. 

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5 – Usiminas (USIM5)

Em julho, a Usiminas (USIM5) teve um resultado recorde com a venda de aço. O lucro líquido foi de R$ 4,54 bilhões no 2TRI21. Ainda no segundo trimestre, a siderúrgica reverteu prejuízo líquido de R$ 395 milhões apurado no mesmo período do ano anterior.

Já olhando o acumulado do semestre, o lucro da empresa foi de R$ 5,74 bilhões ante um prejuízo de R$ 819 milhões em 2020. 

Melhores ações julho 2021: maiores baixas no Ibovespa

5 maiores baixas de julho no Ibovespa

Fonte: Broadcast

1 – Americanas (AMER3)

Desde sua estreia na bolsa, as ações da Americanas (AMER3) amargaram queda de 25,58%. O papel é resultado da fusão da B2W (BTOW3) com a Lojas Americanas (LAME4). No pregão de estreia, em 19 de julho, houve uma forte queda de 8,94% de AMER3. De lá para cá a situação não se reverteu.

2 – Lojas Americanas (LAME4)

Apesar da fusão da Lojas Americanas (LAME4) com B2W (BTOW3), o mês passado não foi nada favorável à empresa. Analistas apontam que as projeções sobre os resultados, a serem divulgados no próximo dia 12 de agosto, podem decepcionar alguns investidores.

3 – Pão de Açúcar (PCAR3)

Os papéis do Pão de Açúcar (PCAR3) fecharam julho com forte baixa de 19,81%, puxados pela divulgação do balanço corporativo. No segundo trimestre de 2021, a empresa teve lucro líquido consolidado de R$ 4 milhões, recuo de 95,9% na comparação com o mesmo período de 2020.

4 – CVC (CVCB3)

O temor com a variante delta do coronavírus acabou por impactar empresas de turismo, como por exemplo a CVC. Os papéis CVC3 caíram quase 20% durante julho. A companhia divulgará os seus números para o segundo trimestre no próximo dia 13 de agosto.

5 – Via (VVAR3)

Apesar de concluir aquisição de 100% das quotas de emissão da fintech Celer, a Via, antiga Via Varejo, foi a quinta maior baixa em junho do Ibovespa, com preocupações com a inflação e política interna.

Além disso, a Via recebeu o aval do Banco Central para que o BanQi — banco digital — atue como instituição financeira, oferecendo empréstimos na modalidade de Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Contexto de julho

O cenário econômico de julho terminou com a notícia de possível alteração das regras do teto de gastos para aumentar o Bolsa Família. O ministro da Economia Paulo Guedes disse que para se chegar aos R$ 300 de benefício no novo programa, serão necessários gastos adicionais de R$ 25 a 30 bilhões. 

Outro ponto que incomoda os investidores é a tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e a Justiça Eleitoral. Bolsonaro quer que, a partir da eleição presidencial de 2022, os números que cada eleitor digita na urna eletrônica sejam impressos.

Enquanto a bolsa caiu 3,94%, o dólar acumulou alta de 4,76%. O IFIX, por sua vez, subiu 2,51% – um alívio para os investidores que ficaram apreensivos com a possibilidade de terem seus rendimentos tributados na proposta de Reforma Tributária.

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Por fim, nesta semana, tem reunião do Copom para definir a nova taxa de juros do Brasil com expectativa de alta de 1 ponto percentual. Segundo o último boletim Focus, as projeções para a Selic, em 2021 e 2022, são de 7,00% ao ano.

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