Conheça 5 opções de investimento para aposentadoria
Quando você imagina que irá se aposentar? Essa pergunta pode parecer difícil num primeiro momento, mas é preciso planejamento, além de conhecer opções de investimento a longo prazo, para ter tranquilidade nessa fase: a tão aguardada aposentadoria.
Depois de anos de trabalho, esse deveria ser um momento de calmaria para quem por tantos anos contribuiu. Entretanto, de acordo com a pesquisa “Raio-X do investidor brasileiro”, divulgada em 2020 pela Anbima, pouco mais da metade da população brasileira (51%) acredita que seu sustento virá apenas do benefício do governo. Ainda segundo o estudo, 47% dos entrevistados disseram que as despesas na aposentadoria devem aumentar, como gastos com saúde.
Diante desse cenário, preparamos um artigo explicando o que você deve considerar e como investir pensando em investimento a longo prazo, como no caso da aposentadoria. Acompanhe!
1 – Previdência privada
Para quem não quer depender do INSS ou mesmo deseja complementar a aposentadoria, uma alternativa são os planos de previdência privada. Eles são compostos por fundos de investimento especialmente constituídos, sendo adquiridos por meio de instituições autorizadas. Algumas empresas possuem planos exclusivos para seus funcionários.
No geral, existem dois tipos de previdência: o Plano Garantidor de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Garantidor de Benefício Livre (VGBL). A principal diferença entre eles é que no PGBL há a vantagem de abater 12% da renda bruta anual na declaração de Imposto de Renda.
Outra diferença é que no VGBL o imposto é cobrando somente sobre a rentabilidade do plano, enquanto que no PGBL o imposto é sobre o total investido.
É importante dizer que nos planos de previdência há dois momentos: acumulação de recursos e recebimento de benefícios. O primeiro consiste no período de fazer aportes para construir seu patrimônio visando o longo prazo. Já o segundo ponto está relacionado à forma de receber o benefício: resgate total, renda vitalícia ou renda mensal por um período determinado.
2 – Tesouro IPCA
Conhecidos como Tesouro IPCA+, consistem em títulos do Tesouro Direto indexados à inflação. Nele, o investidor faz o aporte e ao final do período recebe a quantia aplicada acrescida de juros.
Essa forma de investimento também garante poder de compra do dinheiro porque o título é remunerado pela variação da inflação acrescida de uma taxa prefixada (ex: IPCA 2035 + 3,63%). Isto é, protege o seu capital com o passar dos anos e possíveis crises.
Os títulos do Tesouro IPCA+ são indicados para objetivos de longo prazo, como por exemplo quem está planejando a aposentadoria e tem um perfil mais conservador.
Um dos pontos positivos desse investimento é saber quanto será sua rentabilidade real se mantiver o título até o vencimento. Além disso, por ser emitido pelo governo, tem o menor risco de mercado.
O investimento mínimo é baixo começando em R$ 41,51. Já os vencimentos são longos e variam de 5 a mais de 30 anos. Não possuem taxa de administração, porém há incidência de Imposto de Renda seguindo a cobrança regressiva de acordo com o tempo do investimento, além de taxa de custódia da bolsa.
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3 – Debêntures
A debênture é um título de dívida privada (de uma empresa) que oferece direito de crédito ao investidor. Ou seja, você terá o direito a receber o valor investido mais uma remuneração do emissor (geralmente juros) no vencimento do título, ou em parcelas semestrais ou anuais.
Em vez de tomar um empréstimo junto ao banco, uma companhia pode realizar uma emissão de debêntures para captar recursos e aplicar em projetos ou reestruturar dívidas da empresa.
Há ainda as debêntures incentivadas, que são isentas da cobrança de Imposto de Renda. Elas buscam financiar projetos de infraestrutura, como melhoria de rodovias, construção de portos e aeroportos.
As demais debêntures seguem tabela regressiva de IR, que varia conforme o tempo de aplicação, de menos de 180 dias (22,5%) a mais de 720 dias (15%).
O tipo de rendimento (prefixado ou pós-fixado), as taxas, o vencimento, o investimento mínimo e as garantias variam conforme o papel. Geralmente são investimentos a longo prazo e o vencimento costuma ter em média 10 anos.
Já sobre a rentabilidade, algumas debêntures são híbridas e oferecem um rendimento fixo acrescido de uma taxa como o IPCA, por exemplo IPCA+4%. Isso garante aumento de seu poder de compra.
Esse tipo de investimento não tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Há o risco de crédito da empresa, que pode estar em situação difícil, por exemplo, e oferecer excelentes retornos. É preciso analisar todas as informações antes de variar o portfólio.
4 – Fundos de investimento
Os fundos de investimentos reúnem recursos de várias pessoas, com a finalidade de serem aplicados de maneira conjunta no mercado financeiro. A rentabilidade obtida é dividida entre essas pessoas, sendo proporcional ao investimento feito por cada um.
Há fundos que podem ser de curto ou longo prazo, este mais indicado para quem quer planejar um investimento voltado à aposentadoria. A vantagem é que as alíquotas relativas ao Imposto de Renda vão decrescendo conforme o tempo de permanência do investimento, chegando a 15% após 2 anos.
Quanto à forma de aplicar os recursos, existem vários tipos de fundos de investimento que seguem determinada estratégia, como de ações, de previdência, multimercado. Procure um que se encaixe melhor no seu perfil de investidor.
Já em relação aos custos, há uma taxa de administração e alguns fundos cobram taxa de performance, caso o rendimento supere a variação do benchmark previamente determinado.
Os fundos de investimento não contam com proteção do FGC, porém todo fundo é regulamentado pela ANBIMA e pela CVM. Estes são responsáveis pela fiscalização e classificação de todas as atividades desse tipo de investimento.
5 – Fundos de previdência
Outra alternativa aos planos de previdência é investir em fundos dessa categoria. Nessa forma de investimento, o dinheiro aplicado é investido pelo gestor do fundo e só pode ser resgatado integralmente após cumprido um prazo de carência (no mínimo de 60 dias e no máximo 2 anos a partir da contratação). Perceba que o prazo é geralmente menor se comparado aos planos tradicionais de previdência.
Existem quatro macro categorias de fundos de previdência onde os recursos podem ser aplicados: renda fixa, ações, balanceado e multimercados.
Dicas para a aposentadoria
Qual renda que você deseja ter ao se aposentar? Para responder a essa pergunta tenha em mente quantos anos ainda restam até o momento da sua aposentadoria e qual o valor que você consegue poupar do orçamento para investir.
Por ser um investimento a longo prazo, é preciso dar o primeiro passo e ter disciplina para desfrutar lá na frente de momentos tranquilos e quem sabe não depender apenas do governo. Lembrando que, pelo INSS, a aposentadoria pode variar entre o salário mínimo de R$ 1.045,00 e o teto de R$ 6.101,06 em 2020.
Através do site Meu INSS, é possível calcular quantos anos faltam para se aposentar – seja pela aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição.
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