[TAG SUMMIT 2023] Oportunidades em Expansão: Navegando pelo Mercado Imobiliário


O mercado imobiliário também esteve em pauta no TAG Summit 2023 por meio do painel “Oportunidades em Expansão: Navegando pelo Mercado Imobiliário”, que contou com a mediação de Marcos Papaterra, da TAG, e a participação de Alessandro Vedrossi, Co-Head de Real Estate e Managing Partner da Valora Invest, Pedro Daltro, da SPX Capital, e Ricardo Almendra, CEO da RBR Asset Management.
Sobre a recente crise, Vedrossi revelou que grande parte do portfólio da Valora está alocado em crédito, por isso, os fundos continuaram crescendo e foi possível fazer muitas operações de NTNB com taxas atrativas. Foi em meio à crise também que surgiu o Valora Hedge Fund (VGHF11), criado em fevereiro de 2021, apontado como o primeiro fundo imobiliário multiestratégia do mercado e que hoje conta com quase 250 mil cotistas.
Daltro relatou que os últimos dois anos serviram para construir um portfólio que ornou com o ciclo de juros e revelou que a SPX faz uso de estratégias macros na área de FIIs. Na mesma linha, Almendra contou que a RBR fez uma gestão extremamente ativa nos últimos 3 anos, com muita alocação em crédito e inicia agora a transição para alocações em tijolo.
Vedrossi aconselhou que para se ter sucesso é preciso conhecer bem o mercado imobiliário, “conhecer o equity para fazer dívida”, relata. O especialista destacou a importância de se ter um trabalho proativo no acompanhamento das operações.
Daltro complementou dizendo que a experiência vale muito na compreensão do setor imobiliário, que é cíclico. “As coisas não são sempre iguais, mas rimam”, analisou.
Em relação às perspectivas para o futuro do setor, Vedrossi declarou: “somos cautelosos por definição”. O Co-Head de Real Estate da Valora acredita que a taxa de juros hoje é o pico dos próximos 12 ou 18 meses.
Daltro está positivo para o novo ciclo imobiliário. “Ainda não estamos vendo investidores estrangeiros voltarem. Quando isso acontecer, será ainda mais positivo”. Segundo o especialista, esse retorno deve ocorrer em cerca de 18 meses.
Também positivo, Almendra afirmou que a RBR voltou a comprar devido à volta da maior previsibilidade de custos nas construções residenciais na capital paulista. De acordo com ele, em 2022 isso era possível, pois não havia como saber o custo total de uma construção.
