Veja o que faz um planejador financeiro e quando é preciso contratá-lo

A busca por planejador financeiro cresceu. Entenda como esse profissional ajuda as pessoas a atingirem suas metas ligadas ao dinheiro.
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PorEdnael Ferreira - 21/09/2021
Atualizado em 25/07/2022
5 min de leitura

Cuidar das próprias finanças não é uma tarefa fácil. Por esse motivo, muitos recorrem a um planejador financeiro. Esse profissional, assim como um médico, dá o diagnóstico e o remédio para o nosso bolso. 

A figura do planejador financeiro é nova para nós. Ela ganhou espaço nos últimos 5 anos. Com o aumento da procura por educação financeira, o brasileiro tem se conscientizado cada vez mais da importância de organizar seu dinheiro.

Para suprir essa demanda que surgiu, aumenta também o número de pessoas que possuem a certificação CFP. Ela prova que o profissional está apto para exercer a função de planejador financeiro.

Segundo a Financial Planning Standards Board (FPSB), o Brasil é o segundo país com maior crescimento de planejadores financeiros CFP. Em 2020, saltamos da 8ª para 5ª posição no ranking global dessa profissão. O aumento de portadores do título foi de 15,83%. 

Você já parou para pensar se precisa de um deles? Continue lendo o artigo para saber mais sobre essa profissão!

O que é um planejador financeiro?

Um planejador financeiro cuida dos recursos financeiros de uma pessoa ou família. Ele ajuda os clientes a alcançarem seus objetivos ligados ao dinheiro.

Espera-se que ele consiga fazer isso de maneiras diferentes. O profissional auxilia aqueles que desejam, por exemplo:

  • viver de rendimentos de aplicações financeiras;
  • sair das dívidas;
  • assegurar o futuro dos filhos;
  • ou se aposentar sem preocupações. 

Para ajudar no cumprimento das metas, o planejador financeiro precisa conhecer a realidade do cliente. Só assim será possível criar um plano de ação.

O entendimento do momento atual do cliente envolve algumas perguntas. É comum que o planejador financeiro precise saber, por exemplo:

  • a renda mensal;
  • os gastos fixos e variáveis do mês;
  • a relação com as dívidas;
  • e se já existe uma reserva de emergência.

O que faz um planejador financeiro?

De acordo com a Planejar, a Associação Brasileira de Planejamento Financeiro, a atividade do planejador financeiro envolve o uso de dados para:

  • coleta;
  • análise;
  • e síntese.

Na coleta de dados, são feitas reuniões para troca de informações. Após isso, os dados são organizados para análise.

Durante a análise, o planejador financeiro pensa nos problemas e avalia resultados. Depois, ele faz estratégias para o cliente.

Já na síntese de dados, esse profissional resume as informações para avaliar as estratégias feitas. No final desse processo, ele cria um plano financeiro. 

Para fazer tudo isso, a Planejar diz que o perfil de competências de um planejador financeiro envolve certas habilidades. São elas a responsabilidade profissional, a prática, a comunicação e a cognição. 

O planejador financeiro coleta, analisa e sintetiza informações. Depois apresenta planos financeiros de acordo com o perfil e objetivos do cliente. 

Como saber se preciso de um planejador financeiro?

A maioria dos planos e objetivos têm como ponto de partida um planejamento financeiro. Preparamos o bolso para fazer aquela viagem especial, casar ou estudar fora. Então, no final das contas, o planejamento financeiro também é sobre realizar sonhos.

Ao fazê-lo, ganhamos controle sobre o nosso dinheiro. Com isso, conseguimos lidar com imprevistos e podemos cumprir nossas metas.

Mas não é fácil criar esse plano. 

Para montá-lo, é preciso dedicação, tempo e estudo. Marcio Passer, CFP e fundador da Passer Invest, diz que: “Com grana, a gente tem que ser racional. […] Tem que ter a visão de curto, médio e longo prazo”.

“Então a dica é botar tudo no papel e estimar se na situação que você se encontra hoje é possível chegar lá”, completa. 

Se você não se sente seguro o suficiente, precisa de mais conhecimento e tempo para montar um planejamento financeiro, você pode recorrer a um profissional que cuide disso para você.

Conversamos com Passer e ele contou como funciona seu trabalho. Assista à gravação da nossa live e descubra se contratar um planejador financeiro é a melhor opção:

Como alguém se torna um planejador financeiro?

A profissão de planejador financeiro ainda não é regulamentada por lei no Brasil, então não há uma formação específica para praticá-la. Contudo, ela exige conhecimento e responsabilidade de quem a exerce. Por isso, muitas empresas exigem certificações como requisitos para contratação. 

A certificação mais respeitada hoje é a Certified Financial Planner, a CFP, que possui reconhecimento internacional. No Brasil, é a Planejar responsável por emiti-la.

Para obter certificação, é necessário:

  • ter formação em nível superior em uma instituição reconhecida pelo MEC;
  • possuir um ano de experiência em uma ou mais áreas compreendidas no escopo da Certificação CFP;
  • além de realizar um exame de 140 questões de múltipla escolha e acertar, pelo menos, 70% delas. 

A prova abrange 6 áreas:

  • Planejamento Financeiro e Ética;
  • Gestão de Investimentos;
  • Planejamento da Aposentadoria;
  • Gestão de Riscos e Seguros;
  • Planejamento Fiscal;
  • Planejamento Sucessório.

Fora isso, após a aprovação é preciso apresentar 30 créditos de educação continuada a cada 2 anos para manter o certificado válido. 

Logo, dado ao rigoroso processo ao qual são submetidos os profissionais que possuem a CFP, é recomendado que seu planejador financeiro tenha essa certificação.

Vale ressaltar que a CFP dá ao profissional a habilitação para orientar seus clientes na alocação de recursos por classe de ativos. Isso quer dizer que o planejador financeiro só pode recomendar a porcentagem por tipo de ativo na carteira do cliente. Caso ele queira recomendar ativos financeiros em específico, é preciso ter a licença de Consultor de Valores Mobiliários da CVM

Quanto custa um esse serviço?

O preço e a frequência da consulta com o planejador financeiro variam bastante. Você pode marcar uma única consulta por ano ou recorrer a ele todos os meses, ou semestres. A cobrança pode ocorrer por consulta ou ainda através de mensalidades. Além disso, há também aqueles que optam por cobrar um percentual dos seus investimentos.

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*Texto escrito sob supervisão de Álvara Bianca

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