“Quem vai incomodar o status quo?” – Henrique Bredda

O Gorila conversou com Henrique Bredda, sócio-fundador e gestor dos fundos da família Black. Confira os destaques desse bate-papo.
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PorAlvara Bianca - 13/01/2021
Atualizado em 27/07/2022
3 min de leitura

“Além do Valuation – tecnologia e cultura nas empresas” foi o fio condutor da live do Gorila que contou com a presença de Henrique Bredda, sócio-fundador e gestor dos fundos da família Black. O bate-papo com Guilherme Assis, CEO do Gorila, aconteceu no dia 8 de dezembro de 2020 pelo Instagram. 

Atuando no mercado financeiro desde 2002, Bredda avalia que para você atribuir valor justo a uma empresa é importante entender quais são as vantagens competitivas e quais são as ameaças. Dessa forma, é possível saber o risco que está correndo. 

”Fazer conta de quanto uma empresa vale continua sendo o valor presente do fluxo de caixa futuro. Se a empresa não está dando lucro agora, em algum momento tem que dar. Você investe por causa disso. Você coloca alguma grana porque aquilo vai te dar retorno e aquilo tem que ser via geração de caixa”, reforça Bredda.

Tecnologia

Em relação à tecnologia nas empresas, Bredda observa ainda algumas dificuldades na implementação. “Transformação digital não é só dar um tablet na mão de todo mundo. Não é sair do ábaco e ir para uma calculadora eletrônica. A transformação digital começa na cultura da empresa pensar num formato bem mais aberto, dinâmico, horizontal e criativo”. 

Também destacou que hoje uma vantagem competitiva é adaptabilidade e flexibilidade, visto o ritmo como as coisas estão mudando. “Se a empresa é ‘quadradona’, ela pode morrer porque ela não se adapta a uma nova forma de acessar o cliente”. 

Em meio a essa transformação, quem são os grandes heróis do mundo? Bredda comenta que houve uma mudança: antes nomes como Goldman Sachs e Kodak imperavam e hoje vêm se destacando Jeff Bezos (Amazon) e Jack Ma (Alibaba). 

“E não precisa ir muito longe. Aqui no nosso quintal um grande exemplo é a Magalu. O que eles têm que os outros não têm? Cultura muito forte, muito orientada ao cliente e pessoas muito boas no que fazem. Não dá pra ter uma grande estrela, você tem que ter uma constelação”, pontua. 

Investimentos no exterior e novos entrantes 

De acordo com o gestor dos fundos da família Black, o movimento de pessoas físicas investindo lá fora é bom a longo prazo porque diversifica geograficamente e faz com que o investidor entre em contato com outras empresas e aprenda mais. 

Entretanto, Bredda comenta que as pessoas têm medo de investir em empresas brasileiras com receio de que gigantes estrangeiras tomem o seu lugar no mercado, mas a ameaça vem de baixo, não de cima. 

“Quem incomodou a Localiza? A Movida, veio de baixo. Quem incomodou os bancos? A XP, que veio de baixo. Quem incomoda os grandes bancos agora? As fintechs. Quem vai incomodar o status quo? Hoje em dia escala, tempo e histórico não são mais garantia. Então isso abre muito o leque”, finaliza. 

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Confira aqui a live com Henrique Bredda. 

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assessor de investimentosinvestimentos no exteriorlive

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