Grupamento de ações: entenda como funciona e o caso da Oi

O grupamento de ações representa uma junção de papéis com o intuito de aumentar seu valor de negociação. Veja como fica o caso da Oi.
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Por Alvara Bianca - 19/10/2022
Atualizado em 15/12/2022
4 min de leitura

Quem investe em ações pode já ter se deparado com algum evento que alterou o número de seus papéis, como, por exemplo, bonificação, desdobramento ou grupamento de ações. 

Hoje o foco deste conteúdo é explicar como acontece o grupamento de ações. De forma bem simples, o grupamento representa uma junção de papéis com o intuito de aumentar seu valor de negociação.

Também conhecida como inplit, essa estratégia serve para melhorar a liquidez e os preços das ações quando estas estão cotadas a preços muito baixos no mercado. 

Quando a empresa resolve fazer esse processo, o acionista não sofre alteração no valor do patrimônio. O que muda é a quantidade final de ações que passa a ser menor, porém o preço delas é maior. 

Continue a leitura para mais detalhes. 

Por que existe o grupamento de ações?

Desde 2015, a Bolsa de Valores notifica as empresas que têm ações ou units sendo negociadas abaixo de R$ 1, as famosas Penny Stocks, a partir do 30º pregão consecutivo. 

Pelas regras da B3, passado esse período, a empresa é notificada para apresentar um modo de reverter a situação em até 15 dias. Caso não seja feito algum procedimento, a companhia pode sofrer desde multa até suspensão das negociações em Bolsa.

Leia também: 
Penny stocks: saiba como funcionam as ações que valem centavos
Gorila de Ouro: 4 filmes sobre investimentos que valem sua atenção!

O maior ponto de atenção é que quando as ações estão cotadas a um preço muito baixo, isso aumenta a volatilidade dos papéis e, como consequência, os riscos.

Sabe por que isso acontece? Por se tratar de uma ação com valor muito reduzido, qualquer diferença de centavos corresponde a uma variação percentual intensa. 

Vamos ver um exemplo: 

Se um ação que custa R$ 10 sofre uma variação de 10% caso haja uma oscilação de R$ 1. Esta mesma oscilação em uma ação de R$ 40, representaria uma variação de 2,5%, ou seja, 4 vezes menor.

Como funciona o grupamento de ações?

Quando o conselho de administração de uma empresa decide realizar o grupamento de ações, ele espera que os investidores tenham um maior interesse pelo ativo. 

Dessa forma, com quantidade de ações reduzidas, o preço do ativo aumentará, diminuindo assim a volatilidade.

Saiba mais: 
Como funciona o desdobramento de ações

Na prática, se um acionista tem 100 ações ao preço de R$ 2 cada, terá um investimento total de R$ 200. No caso da empresa resolver “grupar” cinco ações em uma, o investidor terá 20 ações ao preço de R$ 10  cada e seu investimento valerá os mesmos R$ 200.

Exemplos de grupamento de ações

Oi (OIBR3 e OIBR4)

Recentemente, o conselho de administração da Oi (OIBR3) aprovou o agrupamento de ações na proporção de 50 papéis para um. Ou seja, 50 ações OIBR3 ou OIBR4, se transformaram em 1 ação OIBR3 ou OIBR4, respectivamente. Sendo assim, o capital social da Oi passará a ser dividido por cerca de 132 milhões de ações e não mais 6,6 bilhões de ações.

Os American Depositary Shares (ADSs) da companhia não serão objeto do grupamento de ações. 

A proposta ainda precisa ser aprovada pela assembleia geral extraordinária (AGE), a ser convocada para o dia 18 de novembro. 

O objetivo da operação é o enquadramento da cotação das ações de emissão da companhia em valor igual ou superior a R$ 1.

Dessa forma, se cada papel é negociado a R$ 0,70, após o grupamento 50 papéis terão o valor de R$ 35.

No caso do investidor ter sobre de ações, a diferença é paga em dinheiro. Exemplo: se a pessoa tem 62 ações, 50 delas serão convertidas para uma ação de valor mais alto e as outras cinco, que restaram, serão pagas pelo valor da cotação.

Vale lembrar que desde fevereiro, a ação da Oi não é negociada acima de R$ 1. Assim o grupamento se faz necessário para atender as regras da bolsa de valores. 

No dia 1º de junho, a B3 havia liberado a companhia a seguir negociando abaixo de R$ 1. Entretanto, o prazo, que começou a contar em 1° de julho, valia por 30 pregões e já se encerrou.

Após o anúncio do grupamento, no pregão do dia 18/10, as ações ordinárias (OIBR3) encerraram cotadas a R$ 0,32, com queda de 11,11%, ou R$ 0,04, e as preferenciais (OIBR4), a R$ 0,73, desvalorização de 9,88%, equivalente a R$ 0,08.

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