MORNING CALL – 30/11/20

Mercados Globais: A volta do mercado americano após a Black Friday devolve liquidez às bolsas, que caem neste último pregão de novembro pela realização de lucros. Há também uma postura cautelosa com a evolução da pandemia no mundo e com o novo embate entre Washington e Pequim: A notícia de que os EUA estão prestes a incluir a fabricante de chips (SMIC) e a produtora de petróleo e gás (CNOOC) da China à “lista de entidades” (restringindo acesso a investidores americanos) marca nova escalada da tensão entre as potências, em plena transição do governo Trump para o de Biden. Nem mesmo o PMI industrial da China vindo melhor que o esperado e no maior patamar em três anos (52,1 pontos), ou a injeção inesperada de liquidez do Banco Central da China de ~US$ 30,4 bilhões conseguiram melhorar o humor dos mercados.

Política: Ainda que a reeleição para as presidências da Câmara e do Senado tome a atenção, há expectativa de que a agenda de reformas e o Orçamento de 2021 ganhem foco no Congresso. Ontem o presidente Bolsonaro repetiu que “quem falar em Renda Cidadã, vai levar cartão vermelho”.

Ibovespa: No último pregão o Ibovespa encerrou aos 110.575 pontos (+ 0,32%). Hoje a tendência é acompanhar o movimento de realização de lucros global.

Ações: Destaques de alta foram construção (EZTC3 +6% e CYRE3+3,5%), papel & celulose (SUZB3 +4,0%, KLBN11 +3,7%) e ferro (VALE3 +2,5%). Nas perdas foram COGN3 -3,9% e VVAR3 -3,75%.

Juros: Juros caíram na sexta-feira, principalmente nos trechos intermediários e longos, reduzindo a inclinação da curva. Atenção hoje para o resultado primário do setor público.

Câmbio: Dólar à vista encerrou o último pregão aos R$ 5,3256 (-0,18%). A entrada de capital estrangeiro vem dando suporte à valorização do real.

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