Corretoras de Investimentos

Já sabemos que a poupança não é a melhor alternativa para quem quer investir, não é mesmo? No meio dessa jornada, temos as corretoras de investimento. Entenda como funcionam esses “shoppings financeiros”.
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Por Gorila - 08/01/2018
Atualizado em 28/07/2022
5 min de leitura

Caríssimos investidores, é com grande alegria que vamos falar sobre um assunto muito importante para quem quer investir de forma independente e dar um “up” nas suas economias. São as corretoras de investimentos!

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E não é à toa que muitas pessoas estão dando o hasta la vista na poupança e investindo o seu estimado dinheiro por meio dessas plataformas: as corretoras vêm abraçando um modelo de negócios bem popular “na gringa”, o conceito de shoppings financeiros (a corretora americana Charles Schwab, por exemplo,  é uma grande referência nesse segmento!).

Na prática, essas instituições funcionam como um “supermercado” de investimentos, com vários setores, onde você encontra produtos de renda fixa, ações, fundos de investimento, Títulos Públicos e por aí vai…

Elas não te oferecem aqueles serviços clássicos que os grandes bancos têm: não há agências, cartões de débito ou crédito, conta salário, programas de pontuação ou mesmo crédito consignado. É simplesmente um lugar focado em investimentos!

Dessa forma, não é possível “sacar” o dinheiro em um caixa eletrônico diretamente da sua conta na corretora: primeiro você deve transferir o dinheiro para sua conta corrente tradicional, em um banco tradicional (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Safra e afins) ou para a sua conta digital (Banco Inter, Original, Neon, Next, entre outros…) e só então utilizá-lo nas movimentações comuns, como pagamentos no cartão de crédito, débito ou mesmo saques em dinheiro.

Mas porque abrir uma conta em uma corretora de investimentos e aplicar por essa “lojinha” ao invés dos bancos?

Por via de regra, nos bancos você encontra mais produtos da casa, com as “marcas” institucionais Itaú, Bradesco, Santander e etc… É como se você fosse ao supermercado e encontrasse nas prateleiras majoritariamente produtos da própria marca do Extra, Carrefour, Pão de Açúcar (e convenhamos, geralmente não são os melhores!).

Nos bancos é mais ou menos isso: as opções de investimento são mais limitadas e frequentemente menos atrativas em termos de rentabilidades, custos (taxas de administração no caso dos fundos, taxas de corretagem para as ações, taxas de câmbio nas moedas, e por aí vai…).

Não é que eles não ofereçam produtos de “marcas” diferentes – oferecem sim! Porém, a variedade frequentemente é bem menor do que em um shopping financeiro. A Easynvest por exemplo, possui mais de 60 fundos de investimentos em sua plataforma, enquanto o pacote “básicão” da conta corrente do Banco do Brasil te dá acesso a cerca de 37 fundos (todos eles são do próprio Banco do Brasil).

Outro detalhe muito importante é que em algumas instituições bancárias o “filé mignon” dos investimentos só fica disponível a clientes de altíssima renda. Lê-se aqui cliente com patrimônio na casa dos milhões, também conhecidos como clientes do segmento private

As corretoras de investimentos conseguem democratizar o acesso a muitos desses investimentos, até então indisponíveis aos “clientes comuns”. Isso significa que com aportes menores você também pode investir em produtos de alta qualidade, com taxas e rentabilidades mais competitivas.

Resumo esperto do Professor: As Vantagens e Desvantagens das corretoras de investimentos

 

Vantagens

Variedade de produtos

Alta variedade de produtos: trabalham com diferentes emissores e gestores, inclusive para o pequeno investidor (aplicações mínimas são mais baixas que a dos grandes bancos).

Custos mais atrativos

Taxas de custódia, corretagem e até mesmo de câmbio frequentemente são mais baixas que as dos bancos!

Qualificação dos Profissionais

Nas corretoras não há a figura do gerente. Ao invés dele, o cliente pode solicitar informações sobre produtos e investimentos aos assessores de investimentos. No geral, o nível de conhecimento técnico deles é maior do que o dos gerentes. É comum que eles possuam alguma certificação profissional reconhecida pelo mercado financeiro, como o CPA-20 (Certificação Profissional ANBIMA – Série 20), CEA (Certificação de Especialista em Investimentos ANBIMA), CFP (Certified Financial Planner concedida pelo IBCPF), entre outros. 


Desvantagens

Desvantagens

Serviços financeiros restritos

Justamente por não serem bancos, as corretoras não oferecem serviços de cartão de débito, crédito ou saques em espécie. A conta é exclusivamente para investimentos, demandando movimentações constantes para aportes e resgates. Isso significa que para que você tenha liquidez e possa comprar um bem ou serviço (como comida ou táxi) precisará fazer uma movimentação adicional para a sua conta corrente no banco e então fica apto a gastar a bufunfa.

Conflito de interesses entre Assessores e Clientes

Os assessores de investimentos ou agentes autônomos de investimentos atuam como vendedores das corretoras e estão aptos a receber e registrar as ordens de investimentos dos clientes. Ainda que eles não possuam uma orientação expressa para vender o fundo X ou o título de capitalização Y, são remunerados por rebates (entende-se comissões!) que variam de produto para produto. Então, o conflito de interesses ainda existe, pois a opinião desses profissionais não necessariamente é isenta! A solução para esse entrave seria os consultores de investimentos credenciados, pois eles não são remunerados nem pelos bancos nem pelas corretoras e é o cliente quem paga diretamente ao profissional.

Quanto aos riscos de se investir via uma corretora (algo inclusive muito questionado pelos investidores e que gera um certo preconceito ou medo nas pessoas), eis os devidos esclarecimentos:

Os riscos estão muito mais relacionados com o tipo de investimento (ações, fundos alavancados, opções, entre outros) do que com a corretora ou banco em si.

Mas em última instância, se num cenário de “apocalipse do fim dos tempos” a corretora quebrar, o sistema financeiro possui normas e mecanismos de segurança que protegem o investidor. Exemplo: o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) resguarda investimentos em até R$250.000,00 por instituição financeira e por CPF (teto de R$1.000.000, conforme atualização do FGC em Dezembro desse ano!).

Recados paroquiais do Gorila: para movimentar dinheiro entre as suas contas bancárias e a conta corrente na sua corretora, você só pode realizar transferências e retiradas de mesma titularidade, ou sejamovimentação entre contas com CPFs ou CNPJs iguais!

Basicamente, é isso que você precisa saber pra engatar a primeira marcha e ter uma visão mais aprofundada sobre o maravilhoso mundo das corretoras. A gente sabe que o assunto dá o que falar e se você ficou com alguma dúvida, crítica ou tem uma experiência a ser compartilhada sobre as corretoras, é só chamar a gente no Facebook, Instagram, Twitter ou Linkedin!

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Leia mais no Guia de Corretoras:

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