Veja como funciona a nova política de tarifação da B3

Para estimular mais o crescimento do mercado de capitais, a B3 eliminará a tarifa de manutenção de conta para todas as corretoras
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Por Alvara Bianca - 10/01/2020
Atualizado em 01/08/2022
2 min de leitura

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No dia 2 de janeiro, a B3 anunciou um novo modelo de tarifação do mercado de ações. O Gorila vem agora explicar afinal o que mudou e porque está rolando até um abaixo-assinado contra a medida. 

Com as mudanças, a taxa mensal de manutenção de conta, que hoje vai até R$110 ao ano, será zerada permitindo assim que as corretoras ampliem a base de clientes pessoa física – o Gorila ressalta que várias corretoras já praticam essa isenção. Além disso, a tarifa cobrada na negociação de ações na B3 também cairá cerca de 10% para as pessoas físicas em geral. 

Os clientes que tiverem até R$20 mil de saldo em custódia numa mesma corretora serão isentos das demais taxas de manutenção de conta, como as cobranças sobre o pagamento de proventos e valor em custódia.

Segundo a B3, esse conjunto de medidas atinge cerca de 730 mil investidores pessoa física que hoje têm saldo em contas de renda variável. Isso equivale a 65% dos investidores no Brasil. 

Tarifação sobre proventos

Porém, o ponto de maior discussão da nova política de tarifação da B3 é sobre o processamento de proventos financeiros – dividendos e juros sobre capital próprio. Sim, isso representa uma tarifa. 

Nas redes sociais, o documento intitulado “CPMF dos proventos” já recolheu mais de 19 mil assinaturas pedindo a elevação do valor de isenção dessa tarifa para custódias de até R$ 200 mil, ante os R$ 20 mil definidos pela bolsa. 

Essa tarifa consiste em cobrar 0,12% sobre proventos financeiros (dividendos e juros sobre capital próprio). O valor máximo a ser cobrado de cada um é de R$ 5 mil. Vale dizer que as contas de investidores com saldo até R$ 20 mil estarão isentos dessa cobrança. A taxação atinge quem tem ações e cotas de fundos imobiliários. 

Tarifa sobre valor em custódia

Como é hoje: Tabela progressiva que varia de 0,0130% a 0,0005% ao ano sobre valor em custódia. Isento para aplicações de até R$ 300 mil. 

Como fica: Isenta para aplicações até R$ 20 mil. 

R$ 20.000,01 a R$ 300 mil – 0,05% a 0,02% ao ano sobre valor em custódia.

Acima de R$ 300.000,01 – 0,0130% a 0,0005% ao ano sobre valor em custódia.

Isso significa que as tarifas são menores para investidores com maiores volumes.

Polêmicas à parte, as medidas foram anunciadas pela B3 como um incentivo para o crescimento da base de pessoas físicas na bolsa. O número de contas ativas na B3 saltou de 643 mil em janeiro de 2018 para 1,5 milhão de investidores em outubro de 2019, sendo que cerca de um terço dessas contas tem até R$5 mil investidos em renda variável. 

Recapitulando as mudanças feitas pela B3:

E aí, o que você achou dessa nova política de tarifação da B3? A expectativa é que as mudanças sejam implementadas ao longo do ano.  

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