[TAG SUMMIT 2023] Multiverso Financeiro e suas possibilidades

No quinto painel do primeiro dia do TAG Summit 2023, especialistas discutiram as possibilidades de investimento no cenário atual.
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PorBruno Borin - 08/08/2023
2 min de leitura

Com o momento atual da geopolítica global e – principalmente – do cenário brasileiro, muitos podem argumentar que não é o momento ideal para estar alocado de maneira agressiva na Bolsa. Mas ainda assim existem possibilidades bem atraentes para os investidores.

No quinto painel do primeiro dia do TAG Summit 2023, mediado por Cleiton Augusto Oliveira Pires da Néos Previdência, os especialistas André Caldas (Clave Capital), Paolo Di Sora (RPS Capital) e Rodrigo Maranhão (Kadima Asset) discutiram algumas possibilidades do cenário atual.

Segundo Caldas, o momento é de um otimismo cauteloso: a apresentação do arcabouço fiscal, o papel do BC e as oportunidades que setores domésticos podem se beneficiar destes fatores sustentam o otimismo. “Mas precisamos ser cautelosos porque estamos no Brasil”, pondera.

Para Di Sora, os juros devem cair em um ritmo moderado, mas o fundamento do país melhorou muito nos últimos seis meses. O profissional afirma que não acredita que o Brasil está num “vôo de galinha”, como em outros momentos, mas sim com um bom fundamento do ponto de vista macroeconômico e com preços convidativos dos ativos, e destaca a importância de escolher boas gestoras para este momento.

No que diz respeito ao cenário externo, existem alguns fatores que impactam diretamente o mercado – principalmente de commodities. Segundo Di Sora, fatores como a geopolítica, controle de oferta e uma demanda forte vinda da China podem impactar diretamente os ativos ligados ao setor petroleiro, por exemplo. 

Os profissionais ainda destacaram que estamos em um momento de mudanças, com o setor de serviços muito mais valorizado após a pandemia, o que também pode impactar setores como de aço e minério – graças a um investimento menor em infraestrutura. E que agora também é um bom momento para voltar os olhos para o setor agrícola – o que pode ser uma grande oportunidade para o mercado brasileiro. 

Em relação aos Estados Unidos, os especialistas afirmam que apesar de certa euforia no mercado norte-americano nos últimos meses e de uma situação ainda incerta, o país continua sendo um lugar interessante para olhar, uma vez que ainda não estamos em um cenário de recessão global severa.

Para Rodrigo Maranhão, o momento exige modelos e abordagens diferentes e que tenham um controle de riscos. “Pegar um monte de produtos que todo mundo pensa do mesmo jeito não é diversificar”, afirma. 

Ele destaca a importância de gestoras que criem processos de investimentos robustos e que funcionem em diversos cenários. “É importante ter um controle de risco para que as suas perdas não destruam seus momentos bons”, reforça.

Reforçando este ponto de vista, Di Sora afirmou que está animado com o que acredita que vem para a Bolsa no próximo ano, e que acredita que é um bom momento para entrar na Bolsa com um gestor ou produto que dê a garantia de algum nível de proteção – caso o cenário internacional e/ou doméstico não se desenvolvam da maneira que acredita no momento.

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