[TAG SUMMIT 2023] Além do Convencional: Descobrindo Novos Caminhos
A necessidade de diversificação também foi pauta na quinta edição do TAG Summit. Com a participação de Cesar Collier (Siguler Guff), Edgard Erasmi (Polígono Capital) e Maurício Lima (Invest Tech), e mediação de Roberto DIB (TAG), o painel “Além do Convencional: Descobrindo Novos Caminhos” trouxe luz à importância dos investimentos alternativos em momentos turbulentos.
A respeito do crédito privado, apesar do grande potencial ainda há um grande espaço para ser preenchido no Brasil: segundo Collier, o investidor estrangeiro participa de 2% do crédito total no país. “Se houvesse algum tipo de isenção, seria uma explosão. O potencial de crédito privado no Brasil é de 10 vezes”, afirmou o sócio e responsável pelas operações na Latam da Siguler Guff.
Segundo Erasmi, a única certeza que temos é que o Brasil vai passar por uma crise a cada dois anos – seja ela política, de setores macro ou micro da economia. “Sempre que olhamos um crédito, o que tentamos entender é o retorno que será gerado, independentemente do cenário macro que vivemos. Porque o Brasil vai ser sempre o Brasil”, comentou.
O CEO da Polígono ainda afirmou que é difícil montar portfólios imunes aos ciclos econômicos que vivemos, mas a volatilidade gera muitas oportunidades para investimentos alternativos em geral.
Lima – que é co-fundador e CEO da Invest Tech – comentou a respeito do uso da tecnologia no mercado: “se a gente não olhar para a tecnologia aplicada ao nosso negócio, vamos ficar para trás”. Segundo ele, o fundo de venture capital já usa a Inteligência Artificial há algum tempo para tomar decisões, mapear oportunidades de investimentos e também o mercado.
Erasmi complementou que a tecnologia é um diferencial para acompanhar o mercado, seja de crédito privado, private equity ou outras alternativas. “Todo o discurso de crédito, como a gente enxerga o mercado e como ele vai mudar ao longo do tempo, a tecnologia é pedra fundamental disso”, afirmou.
Para Collier, existem muitas maneiras de ter retorno e liquidez a partir da criatividade e, claro, de uma operação muito bem estruturada. Erasmi complementou que para isso é importante entender a necessidade do cliente: “para cada cliente existe um tipo de solução”, reforçou.
Citando crises e até o início da pandemia como exemplos de momentos críticos mas que também abriram brechas e possibilidades no mercado, os painelistas concordaram que a volatilidade pode gerar muitas oportunidades a serem exploradas e que, neste campo, o mercado brasileiro é um terreno muito fértil.
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