Especialistas do Open Finance discutem as relações entre wealth management e o sistema aberto

O painel sobre Open Investments do Wealth Trends trouxe “notícias das trincheiras” através de especialistas que estão diretamente ligados à implantação do Open Finance.
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PorEdnael Ferreira - 10/05/2024
Atualizado em 19/05/2024
3 min de leitura

Desde o início de 2021, o Open Finance tem redefinido o relacionamento entre clientes e instituições financeiras no Brasil. Com a implementação do Open Investments em setembro de 2023, uma nova fase se iniciou, ampliando o acesso da população brasileira a serviços financeiros, especialmente no campo dos investimentos. 

Neste contexto, surge uma nova fronteira para o wealth management à medida que os investidores ganham acesso a uma gama mais ampla de produtos e serviços transformam a maneira como gerenciam seu patrimônio e planejam seu futuro financeiro. 

O Wealth Trends, organizado pelo Gorila, reuniu especialistas da vanguarda do Open Finance para analisar como as mudanças introduzidas pelo Open Investments estão moldando o futuro da indústria de wealth management. 

Rubens Vidigal, sócio da Vidigal Neto Advogados e conselheiro Independente do Open Finance no Brasil; Jae Lee, COO da klavi, e Frederico Padilha, CPO do Gorila e especialista em investimentos do Open Finance, foram os nomes reunidos para debater sobre o tópico, sob a moderação de Leonardo Teixeira, managing partner da Iporanga Ventures. 

Leonardo Teixeira (Iporanga Ventures), Jae Lee (Klavi), Frederico Padilha (Gorila) e Rubens Vidigal (Vidigal Neto Advogados) no painel de Open Investments do Wealth Trends.

Os progressos e desafios do Open Finance

Vidigal destacou a importância de transferir o poder e controle das informações financeiras para os clientes, enfatizando os progressos e desafios enfrentados até o momento. “Hoje temos 43 milhões de clientes ativos. Se você olhar por CPF, são 28 milhões de consentimentos. É algo relevante. O Reino Unido, que começou muito antes, tem 12 milhões”, pontuou.

O foco do conselho do Open Finance para o atual momento, segundo ele, é melhorar a qualidade dos dados, simplificar os processos e permitir que novos entrantes gerem e transmitam informações. Além disso, ele mencionou a importância dos serviços conectados, como as transferências inteligentes, que podem ser úteis no planejamento de investimentos.

Lee chamou a atenção para o papel do Open Investments na migração dos investidores da poupança para produtos mais sofisticados. Isso é endossado por discursos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. 

No ano passado, em entrevista à BlackRock Brasil, o presidente da autarquia declarou que a agenda de inovação do sistema financeiro nacional planeja o que ele chamou de “Poupança de Dados”, um sistema que visa pagar os usuários de bancos, fintechs e outros participantes do sistema financeiro, pelos dados compartilhados no sistema

Segundo Campos Neto, à medida que o sistema financeiro acumula mais informações sobre um cliente, os custos das operações diminuem, e há também a oportunidade de criar produtos sob medida para atender às necessidades específicas dos clientes.

Para se adaptar a esse contexto, o COO da klavi destacou a importância de ter recursos tecnológicos que “garantam a escalabilidade de maneira segura dentro do regulatório”. 

O papel da cotização no Open Investments

Garantir a precisão e integridade dos dados transferidos entre as instituições financeiras é essencial para fornecer informações confiáveis aos clientes e realizar transações precisas. É preciso que as informações transacionais sejam corretas para garantir que a cotização do portfólio seja feita com qualidade. 

Frederico Padilha, CPO do Gorila.

Quando pensamos em volume, o problema aumenta: “a cotização de investimentos em escala é extremamente complexa”, afirmou Padilha. Apesar disso, o CPO declarou que as soluções de consolidação do Gorila estão prontas para atender a essa demanda: “estamos preparados para a fase de Open Investments começar a gerar experiências de investimentos com inteligência”. 

Os participantes do painel demonstraram otimismo e alta expectativa em relação ao Open Investments. Vidigal garantiu que o conselho do Open Finance no Brasil se preocupa com a simplicidade nos processos que envolvem regulação e qualidade dos dados, ao passo que Lee se respaldou no sucesso da fase dois para pensar no Open Investments.

Foi consenso no painel que o Open Investments traz como mudança de paradigma a centralidade no cliente e o nivelamento da competição, sendo, portanto, um caminho sem volta. 

Os participantes também destacaram que a inevitabilidade e irreversibilidade das mudanças que essas iniciativas estão trazendo para a estrutura do setor financeiro colocam em evidência a necessidade de esforço dos escritórios para oferecer serviços de alta qualidade e uma experiência positiva ao cliente. 

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