Radar de mercado: Ibovespa busca sustentar alta mensal em fevereiro

Apesar da alta verificada nos principais índices internacionais, o Ibovespa recua na sessão, impulsionado pela queda dos bancos e a cautela com a Petrobras.
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PorFelipe Lima - 29/02/2024
2 min de leitura

Em meio à divulgação dos indicadores econômicos nos Estados Unidos, abordando inflação, renda, consumo e desemprego, os principais índice operam sem direção definida, com o Dow Jones recuando 0,07% enquanto o S&P 500 e o Nasdaq avançam 0,23% e 0,39% respectivamente. Os mercados parecem ter concentrado sua atenção na desaceleração anual da taxa do PCE e na satisfação por não terem sido surpreendidos por pressões inflacionárias. Como resultado, as bolsas de valores em Nova York registraram ganhos durante a manhã, enquanto os retornos dos Treasuries sustentam a trajetória descendente. O dólar, por sua vez, opera em leve alta ante o real, avançando 0,06% a R$4,9719, em sessão marcada por alta volatilidade devido a disputa pelo fechamento da Ptax de fevereiro.

Na cena local, o Ibovespa opera em queda de 0,85% aos 129.050 pontos, em busca de sustentar a alta mensal. No entanto, esse desempenho contrasta com a elevação observada na maioria dos índices das bolsas americanas. Globalmente, os investidores estão atentos à avaliação do PCE de janeiro, divulgado anteriormente, que se manteve conforme o esperado. A perspectiva geral sugere que o Fed, o banco central dos Estados Unidos, poderá iniciar cortes nas taxas a partir de junho, embora persistam incertezas. Diante da incerteza em relação à política monetária dos EUA e considerando os recentes tumultos políticos, as ações de grandes bancos e da Petrobras registram queda, apesar do leve avanço nos preços do petróleo internacional.

No mercado futuro, os contratos de juros apresentam viés de queda, em meio à divulgação do PCE nos Estados Unidos, alinhada às expectativas, o que trouxe um alívio perceptível à curva de juros futuros. Isso ocorre simultaneamente à diminuição dos retornos dos Treasuries, resultando em taxas que iniciam a tarde mantendo-se próximo da estabilidade, com uma tendência de leve queda nas porções mais longas da curva. A realização de leilões de LTN e NTN-F, caracterizados por lotes menores e menor risco (DV01), contribui adicionalmente para aliviar a pressão sobre a curva de juros, conforme relatado por um operador. Adicionalmente, o mercado reage à taxa de desemprego da PNAD Contínua, que se posiciona abaixo da mediana, mas tal dado não exerceu influência significativa nas taxas, as quais iniciaram o dia em uma trajetória ascendente.

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