Radar de mercado: Juros operam em alta, em linha ao movimento dos Treasuries

Em meio à agenda esvaziada, o Ibovespa busca sustentar a alta apresentada em fevereiro. Por outro lado, os juros avançam em linha ao movimento dos Treasuries.
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PorFelipe Lima - 26/02/2024
2 min de leitura

No cenário internacional,a agenda macroeconômica apresenta poucos eventos significativos nas principais economias globais, resultando em uma falta de ímpeto nos mercados internacionais hoje. Os rendimentos dos Treasuries estão em alta, após leilão anunciado mais cedo. Em relação às moedas, o dólar está registrando movimentos mistos em relação aos seus concorrentes. Enquanto isso, em Nova York, as bolsas estão operando sem direção definida após um robusto rali na semana anterior, enquanto na Europa, observa-se uma inclinação para baixa. Dessa forma, o S&P 500 recua 0,11%, enquanto o Nasdaq e o Dow Jones avançam 0,27% e 0,02% respectivamente.

Na cena local, o Ibovespa enfrenta desafios para manter-se em território positivo neste mês, antecedendo a divulgação de uma série de indicadores significativos tanto no Brasil quanto no exterior ao longo desta semana. O índice está operando em uma faixa de estabilidade, sustentado pelo movimento de alta da Petrobras, a qual acompanha o desempenho positivo da commodity no exterior. Neste cenário, os investidores estão se preparando para analisar uma variedade de dados que podem influenciar as decisões da política monetária nos próximos dias.

No mercado futuro, os contratos de juros estão atingindo novos picos nesta tarde, em conjunto com os rendimentos dos Treasuries, registrando um avanço de até oito pontos. No entanto, a escassez de eventos na agenda está reduzindo a liquidez nas negociações, levando os investidores a adotarem uma postura de espera em antecipação ao IPCA-15 de fevereiro, que será divulgado amanhã. Ao longo da semana, também estão programadas divulgações importantes, incluindo o PIB do Brasil, o PIB dos Estados Unidos e o índice de preços PCE, que é a preferência do Fed.

No câmbio, o dólar opera em queda de 0,13% ante o real, negociado a R$4,9886 alinhado à desvalorização da moeda americana em relação a seus pares (DXY -0,10%) e algumas divisas emergentes e vinculadas a commodities. Os investidores estão realizando lucros de forma moderada no mercado de câmbio, em meio a uma agenda com poucos eventos hoje e uma liquidez limitada. Entretanto, o declínio de mais de 3% no preço do minério de ferro na China hoje está contribuindo para conter a queda do dólar, de acordo com operadores. Além disso, a especulação sobre um possível movimento de saída de capitais do país pode ter contribuído para um aumento pontual no meio da manhã.

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