Radar de mercado: Ibovespa opera em alta, na contramão dos principais pares internacionais
Após o feriado nos Estados Unidos, o cenário acionário em Wall Street adotou uma atitude cautelosa em relação ao risco, enquanto avalia os futuros movimentos do Federal Reserve e se prepara para a divulgação da ata da última reunião monetária agendada para amanhã. Consequentemente, as taxas dos Treasuries experimentaram uma queda, com a T-note de 2 anos renovando seus patamares mínimos. O Nasdaq e o S&P 500 recuam 1,20% e 0,85% respectivamente, pressionados pelo recuo das big techs, enquanto o Dow Jones registra queda de 0,34%.
Na cena local, o Ibovespa avança 0,33% aos 129.463 pontos, na contramão dos principais pares internacionais, os quais registram queda nos Estados Unidos, à espera da ata referente ao último encontro do FOMC que será divulgada amanhã. Por aqui, o Ibovespa é impulsionado pelo setor financeiro, especialmente os ativos dos grandes bancos, após recomendação de compra de algumas ações. Além disso, o recuo dos Treasuries no cenário internacional, favorece o viés de alta apresentado pelo índice.
No mercado futuro, os contratos de juros apresentam viés de queda, à medida que o recuo do dólar e dos rendimentos das T-notes proporciona certo alívio à curva de juros nesta terça-feira, resultando em uma diminuição de até 5 pontos-base nas taxas. Contudo, a liquidez do mercado está comprometida devido à falta de impulsores para as transações, enquanto os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed, programada para amanhã, a qual pode oferecer uma melhor orientação para as apostas em relação ao início dos cortes dos Fed Funds, atualmente precificado para junho. Além disso, os investidores permanecem atento ao desenrolar do cenário político.
No câmbio, o dólar à vista opera em queda pela quarta sessão consecutiva nesta terça-feira, recuando 0,56% a R$4,9301, com uma melhoria no volume de transações em comparação com as sessões anteriores pós-Carnaval. Em um cenário sem indicadores significativos tanto nacional quanto internacionalmente, a ajuste na taxa de câmbio acompanha a queda global do dólar em relação às principais moedas e diversas emergentes e vinculadas a commodities. Esse movimento ocorre após um inédito corte de 0,25 pontos-base nas taxas de referência de cinco anos na China, que ficaram em 3,95%, ultrapassando as expectativas do mercado.
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