Radar de Mercado: AMER3 volta a pesar no Ibovespa

Ações da varejista têm forte queda, após o TJRJ conceder 30 dias para entrada do pedido de recuperação judicial.
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PorRyan Rodrigues - 16/01/2023
2 min de leitura

Os ativos domésticos abrem a semana em forte queda, pressionados mais uma vez pelas ações da Americanas. Os papéis da varejista voltam a liderar as perdas, após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro conceder 30 dias para a empresa entrar com pedido de recuperação judicial. 

A notícia aumentou ainda mais as preocupações geradas pelo vínculo financeiro da companhia com os grandes bancos, levando à queda em bloco das ações do setor bancário (SANB11 -2,91%; BBDC4 -2,20%; BBDC3 -1,98%; ITSA4 -1,97%). 

O efeito Americanas também reflete na baixa das ações da Ambev (ABEV3 -3,10%). Os investidores estão receosos que acionistas como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que possuem papéis das duas empresas, vendam parte de suas ações da fabricante de bebidas para tentar conter a crise da varejista. 

Por outro lado, as demais ações do setor de varejo operam em alta, em um movimento de recuperação das baixas provocadas pela crise da Americanas (VIIA3 +13,08%; MGLU3 +11,08%; PCAR3 +2,99%). Empresas como Via Varejo e Magazine Luiza chegaram a entrar em leilão por oscilação máxima permitida, após o relatório do Citi apontar que ambas as companhias tinham todas as operações registradas corretamente em seu balanço.

A queda das ações ligadas a commodities também pressiona o Ibovespa. As siderúrgicas e metalúrgicas recuam em meio à queda do minério de ferro nas bolsas asiáticas (CMIN3 -2,18%; VALE3 -2,14%; GOAU4 -1,49%). A cautela dos investidores ocorre por dúvidas quanto ao ritmo da atividade chinesa, cujos dados serão divulgados ainda hoje.

As ações da Petrobras também registram queda, enquanto as demais petroleiras têm leve alta (PETR3 -2,09%; PETR4 -1,63%; PRIO3 +0,03%). Os papéis são pressionados pela baixa do petróleo no exterior, em um dia de menor liquidez, com as bolsas de Nova York fechadas pelo feriado de Martin Luther King.

A queda das commodities, por sua vez, repercute na leve alta do dólar, que reflete a cautela interna com o cenário fiscal. Hoje, o mercado acompanha a ida do ministro Fernando Haddad ao Fórum Econômico de Davos, onde deve falar das medidas econômicas do governo Lula. 

Por fim, a alta do dólar também ajuda a puxar os juros futuros. Os DIs operam em alta por toda a curva desde a manhã, também afetados pela piora no quadro inflacionário apontado pelas projeções do relatório Focus

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