Radar de mercado: Recuo dos Treasuries impulsiona fechamento da curva local

Os mercados americanos agem com cautela, aguardando novos indícios sobre a política monetária do Fed. A atenção está voltada para o discurso programado do presidente Jerome Powell, que ocorrerá amanhã no Congresso dos EUA. Nesta manhã, dados revelaram resiliência no setor de serviços, mas apontaram uma notável fraqueza na indústria dos EUA. Essas leituras mistas resultaram em quedas nas bolsas de Nova York, nos juros dos Treasuries e no dólar. A agenda esvaziada nos EUA pela manhã mantém os mercados em estado de expectativa, com foco também nas primárias eleitorais da “Superterça”. Dessa forma, o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq operam em queda de 0,87%, 0,72% e 1,60% respectivamente.

Na cena local, o Ibovespa começa a tarde em leve alta após registrar uma pequena queda durante a manhã, mantendo-se ao redor dos 128 mil pontos desde a abertura, com baixo volume de negociações. Ontem, o índice encerrou em baixa, impulsionado principalmente pela queda nas ações dos grandes bancos. Hoje, busca uma recuperação, enquanto os investidores permanecem céticos em relação à meta de crescimento de 5% anunciada pela China. A agenda esvaziada contribui para a falta de ímpeto na busca por risco, contrastando com a desvalorização das bolsas internacionais após ganhos recentes. O alívio vem dos juros futuros, que acompanham a redução nos rendimentos dos Treasuries, proporcionando suporte para alguns papéis do Índice Bovespa mais sensíveis às políticas monetárias.

Nesta terça-feira, os juros futuros apresentam uma tendência de queda, influenciados pela dinâmica dos retornos dos Treasuries. Além disso, o leilão realizado pelo Tesouro Nacional, com títulos NTN-B e LFT de lotes menores e menor risco (DV01), contribui para aliviar a pressão na curva de juros. O dia transcorre sem catalisadores significativos para o mercado, enquanto o fechamento da curva dos Treasuries ganha destaque devido a indicadores econômicos desfavoráveis nos Estados Unidos.