Presidentes dos bancos destacam como IA ajuda na formulação de produtos dentro das instituições

Áreas de produto dos bancos passaram por mudanças para adotar uma abordagem focada na jornada do cliente.
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Por Ednael Ferreira - 26/06/2024
2 min de leitura

A abertura do FEBRABAN TECH 2024 reuniu os presidentes de alguns dos principais bancos brasileiros para discutir o avanço da IA (inteligência artificial) e a necessidade de práticas sustentáveis nos próximos anos.

O primeiro painel contou com a participação de: Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco; Marcelo Noronha, Vice-presidente do Bradesco; Carlos Vieira, Presidente da Caixa Econômica Federal; Mario Leão, CEO do Santander Brasil.

Os participantes concordaram que a adoção da IA deve ser cuidadosa, garantindo que os sistemas sejam transparentes, justos e alinhados com os valores éticos da instituição.

Essa posição foi reforçada pelo discurso inicial de Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN, que destacou que a inteligência artificial apresenta desafios complexos e, por isso, sua evolução deve ser guiada por princípios de responsabilidade, ética e rigor científico.

Noronha, do Bradesco, afirmou que “Antes mesmo de qualquer desafio regulatório temos a responsabilidade reputacional”, para sublinhar a importância de construir e manter a confiança dos clientes e do mercado ao implementar tecnologias avançadas. 

Milton Maluhy Filho, do Itaú Unibanco, destacou que “A IA é um meio, não um fim. O fim é o cliente”. Ele também sublinhou a necessidade de os gestores compreenderem dados e tecnologia, além dos negócios, para maximizar as múltiplas oportunidades oferecidas pela IA para aprimorar a experiência do cliente através de interações mais eficientes e relevantes. 

Além disso, Maluhy abordou como a modernização contínua e a superação de sistemas legados devem ser incorporadas nas grandes instituições. Ele afirmou que a transformação deve ser diária e que a visão de tecnologia deve ser holística. “A área de tecnologia é todo mundo. Tecnologia é negócio”, falou.

Olhar cross em produto para melhorar a experiência do cliente

Há uma forte tendência de eliminação das áreas de produto isoladas em favor de uma integração de funções, promovendo maior colaboração entre departamentos e um foco mais centrado na jornada do cliente.

O modelo convencional, no qual a equipe de produto assume ter a solução, encaminha-a para o desenvolvimento e somente depois o cliente percebe que não atende às suas necessidades, mostra-se ineficiente.

“Você não pode errar com o que vai para a produção”, argumentou Maluhy. O diretor executivo do Itaú argumentou que a IA desempenha um papel essencial nesse processo de evolução, permitindo tomar previsões antes que os problemas ocorram, prever riscos e ajustar as soluções proativamente.

Mario Leão, do Santander, corroborou com Maluhy ao afirmar: “Éramos uma fábrica de produtos”. Noronha também contou como o Bradesco adotou uma abordagem semelhante, eliminando áreas de produto isoladas.

Os líderes executivos concordaram que essa evolução reflete uma necessidade crescente de adaptabilidade e agilidade, com foco na experiência e nas necessidades dos clientes, em vez de uma produção de produtos alheios às suas realidades.

febraban tech

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