Venda na Vale e nova diretriz de preço na Petrobras

Morning Call 28-07-22

Brasil
O principal índice da bolsa brasileira disparou 1,67% no último pregão, fechando acima dos 101 mil pontos, favorecido pelo maior otimismo do mercado diante da decisão do FOMC. Na sessão, o dólar tombou 1,84% frente ao real, após dados mais fracos da atividade americana poderem favorecer uma desaceleração do aperto monetário americano para as próximas reuniões. Pela manhã, o Ibovespa Futuro acompanhava a queda das bolsas de Nova York, enquanto o dólar seguia em queda. A agenda econômica de hoje está repleta de indicadores, com as últimas sondagens da FGV, dados de inflação e do mercado de trabalho no radar, além do avanço da temporada de balanços brasileira.
Mercado
A Vale anunciou o acordo de venda da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) para a ArcelorMittal, em movimentação que soma US$ 2,2 bilhões. A conclusão do negócio é esperada até o final do ano, enquanto ainda aguarda a aprovação do Cade. A Petrobras informou que a nova diretriz de formação de preços foi acatada, a fim de aproximar o conselho de administração da política de preços. Foi aprovado pelo conselho de administração da Intelbras a distribuição de R$ 41,4 milhões de dividendos a serem pagos aos acionista no dia 15 de agosto, à R$ 0,12 por ação.
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Temporada de Balanços
Após a Gol (GOLL4), Santander (SANB11) e Ambev (ABEV3) divulgarem seu resultados pela manhã, os investidores aguardam apreensivos a divulgação dos balanços da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3), após o fechamento de mercado. Mais cedo, a Gol reportou prejuízo líquido de R$ 2,85 bilhões no segundo trimestre, impactada principalmente pela grande volatilidade cambial no período. A Ambev registrou um resultado forte, com crescimento do lucro líquido de 3% na comparação anual, enquanto os números do Santander, apesar de acima das expectativas, não animaram tanto o mercado pela disparada das provisões. No cenário internacional, o resultados da Meta decepcionou, com queda tanto no faturamento, quanto no lucro e na quantidade de usuários de suas plataformas. Para encerrar os balanços das principais empresas americanas em valor de mercado, divulgam seus resultados a Amazon e a Apple.
EUA
Os índices futuros de Nova York recuam pela manhã, enquanto os investidores digerem a decisão do Federal Reserve da última quarta-feira e os novos resultados corporativos de grandes empresas de tecnologia na região. Os principais índices americanos encerraram o rali de ontem em forte alta, após o Banco Central dos EUA elevar a taxa básica de juros do país em 75 bps, como amplamente esperado pelo mercado. Apesar do tom hawkish adotado, o que animou o mercado foi o abandono das prescrições da autarquia para as próximas reuniões, podendo ser necessário acomodar a política monetária a uma atividade desaquecida. Ao longo do dia, os investidores se atentam aos dados mais recentes do PIB e do PCE do segundo trimestre, à espera de sinais que apontem para uma recessão técnica da economia norte-americana, e à continuidade da temporada de balanços.
Exterior
Na Europa, as bolsas operavam sem direção única pela manhã, enquanto os investidores digeriam o comunicado da reunião do Fed, que deixou em aberto os próximos passos da autarquia. Mais cedo, foi divulgada a confiança do consumidor da zona do euro, que caiu a seu nível mais baixo em quase dois anos em vista as preocupações de crise energética no continente. Na Ásia, os mercados finalizaram a sessão desta quinta-feira majoritariamente positivos, com exceção do índice de Hong Kong, acompanhando o bom desempenho de Wall Street no último fechamento. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,23%, em resposta à alta de 75 bps da taxa de juros local.
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