CSN e Copel distribuem proventos enquanto Minerva e Ultrapar miram aquisições
MORNING CALL 22-11-22
Brasil
Após alta de 0,9% na véspera, em sessão marcada pela alta volatilidade dos ativos brasileiros, o principal índice da bolsa deve novamente sofrer influência positiva do exterior, apesar dos sinais preocupantes passados pela China. Ontem, os papéis da Copel (CPLE6) se destacaram, após o governo do Paraná anunciar a possibilidade de privatização da companhia, chegando a saltar mais de 30% no pregão. A situação fiscal brasileira deve continuar ditando o ritmo dos mercados locais, que acompanham de perto os desdobramentos da PEC de transição e a discussão em torno do orçamento de 2023.
Mercados
No front corporativos, a CSN (CSNA3) anunciou a distribuição de R$ 1,56 bilhão em dividendos intermediários e a Copel (CPLE6) deve pagar R$ 970 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). A Minerva (BEEF3) negocia a compra da Breeders and Packers Uruguay, frigorífico do Uruguai, a fim de expandir sua atuação para outros países, e a Ultrapar comunicou a aquisição da totalidade das ações da NEOgás, por R$ 165 milhões, marcando sua entrada no setor de distribuição de gás natural comprimido.
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EUA
Os índices futuros de Nova York amanheceram em modesta alta, acompanhando o movimento dos mercados globais frente à busca por ativos de risco na sessão. Diante da agenda econômica esvaziada, os investidores aguardam os pronunciamentos de três membros do Federal Reserve, além dos dados mais recentes de atividade dos Feds regionais de Richmond e da Filadélfia. Ainda hoje, Dollar Tree, Baidu, HP e BestBuy reportam seus resultados do 3T22. Mais cedo, os juros dos Treasuries recuavam, enquanto o dólar acumulava ganhos contra as demais moedas globais.
Ásia
Apesar da persistência dos casos de Covid na China, os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, com exceção do índice de Hong Kong, que recuou 1,31%. A possibilidade de abrandamento da política de Covid-zero e de reabertura das principais cidades do país foi frustrada, com ainda mais restrições impostas em Pequim pelas próximas 48 horas.
Europa
As bolsas europeias ignoram os sinais da China e operam em território positivo pela manhã, apoiadas pela valorização do petróleo, ao passo que os investidores se atentam a possíveis sinalizações do BCE sobre o futuro da política monetária na região. A alta do petróleo se deve, em parte, às sanções do continente à commodity russa, que devem se intensificar no mês de dezembro, enquanto o teto de preços para produção do país e a possibilidade dos países membros da Opep elevarem a produção exercem pressões contrárias.
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