Morning Call: Petróleo em alta com tensão no Oriente Médio

Os contratos futuros do petróleo sobem mais de 2% nesta manhã, em meio a preocupações de que o conflito entre Israel e Gaza se alastre para outras partes do Oriente Médio.
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PorMariane Vas - 13/10/2023
2 min de leitura

Exterior

Os contratos futuros do petróleo sobem mais de 2% nesta manhã, em meio a preocupações de que o conflito entre Israel e Gaza se alastre para outras partes do Oriente Médio.

Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries e o dólar ante moedas principais recuam, depois de avançarem na sessão anterior na esteira de dados de inflação ao consumidor (CPI) mais fortes do que o esperado. O CPI americano avançou 0,4% em setembro e 3,7% em 12 meses, acima das expectativas (+0,3% e +3,6%, respectivamente). Os dados de inflação forte provocaram um aumento na chance de alta nos juros em dezembro, mas no fim da tarde era majoritária a possibilidade de manutenção, em 86,2% no monitoramento do CME Group.

Já na China, onde o problema é a persistência de pressões deflacionárias, o CPI ficou estável na comparação anual de setembro, contrariando expectativas de alta, alimentando temores sobre o desempenho da segunda maior economia do mundo.

Por fim, os mercados de ações europeus caem, apesar dos dados de produção industrial na zona do euro melhor que o esperado, de olho em sinais de juros do BCE, no conflito no Oriente Médio e na inflação e balança comercial da China.

Brasil

Os mercados locais devem passar por correção, após alta dos juros dos Treasuries e dólar durante o feriado local de ontem, além da queda das bolsas em Nova York em reação ao CPI americano e ao risco de um novo aumento de juros até o fim do ano.

As preocupações com os efeitos inflacionários e na política monetária global da escalada do conflito Israel e Hamas podem justificar demanda defensiva no dólar, mas o avanço do petróleo possa amenizar pressões na bolsa local e beneficiar as ações da Petrobras.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá conversar com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a sua fala em relação ao ritmo de corte da Selic, durante encontro com investidores em Marrakesh, no Marrocos, na quarta-feira, após os juros curtos subirem mais que os longos no mercado de renda fixa.

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