Itaúsa e Votorantim compram parte de concessionária

Morning Call 06-07-22

Brasil
Apesar de ensaiar recuperação ao final da tarde, os esforços não foram suficientes para que o principal índice da bolsa brasileira encerrasse a sessão de ontem no campo positivo, caindo 0,32%. O movimento foi impulsionado, principalmente, pela derrocada dos contratos futuros de petróleo, que recuaram 11%, puxando para baixo as ações do setor, como PETR4, RRRP3 e PRIO3. Os riscos fiscais seguiram pressionando o câmbio, que avançou para o maior patamar desde janeiro de 2022, à medida que a PEC dos Auxílios tramita na Câmara dos Deputados e poderá ser votada a partir desta quinta-feira. Mais cedo, em meio a agenda de indicadores esvaziada, o Ibovespa Futuro operava em baixa ao passo que o mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC) americano.
Mercado
Ontem, a Itaúsa (ITSA4) assinou, junto à Votorantim, a aquisição de 14,86% da participação na concessionária CCR, volume correspondente a 300 milhões de ações que eram detidas pela Andrade Gutierrez, com a negociação avaliada em R$ 4,1 bilhões. Os negócios da Emergência Participações, controlada da Ambipar e da HPX, uma Spac negociada na bolsa de Nova York, devem ser combinados ainda este ano, com a transição da empresa brasileira para o mercado americano. A Multiplan registrou vendas totais de R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre do ano, volume recorde para o período e alta de 64,5% em relação ao ano anterior. Além disso, o Grupo NC está em processo de negociação para a aquisição da gigante do setor farmacêutico Hypera.
EUA
Após fechamento misto na véspera, os índices futuros de Nova York amanheceram sem direção única. As atenções dos investidores se voltarão, hoje, para a divulgação da ata da última reunião do FOMC, ocasião na qual o Banco Central americano decidiu elevar a taxa de juros básica da economia em 75 bps, ritmo mais acelerado em 28 anos. O mercado procura novas pistas para o futuro da política monetária na região e possíveis sinalizações ao risco de recessão local. Ainda hoje, devem ser divulgados o relatório JOLTS, com dados de abertura de vagas de emprego para maio, e o PMI Composto do país, enquanto os investidores digerem a nova inversão da curva de juros, em que os títulos curtos superaram os títulos longos.
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Ásia
Os mercados asiáticos encerraram o pregão desta quarta-feira majoritariamente em baixa, acompanhando a apreensão das bolsas internacionais para a divulgação da ata do FOMC e a escalada dos caso de Covid-19 na principal economia do continente. Após a aceleração do número de casos no início da semana, o governo chinês voltou a decretar lockdowns em cidades ao leste do país e a aplicar o programa de testagem em massa em Xangai. O risco de imposição de novas medidas restritivas que prejudiquem a retomada da atividade no país fez com que as bolsas do continente recuassem. Na China, o índice de Xangai despencou 1,43%, enquanto em Hong Kong e no Japão as bolsas caíram, respectivamente, 1,22% e 1,20%. A maior queda ficou com o índice Kospi, da Coréia do Sul, que derreteu 2,13%.
Europa
As bolsas europeias ensaiavam leve recuperação nesta manhã, para reverter o fechamento negativo de ontem, apesar dos indicadores divulgados recentemente apontarem para uma inevitável recessão no bloco econômico do continente. A greve dos petroleiros na Noruega foi encerrada ontem, aliviando as pressões sobre os contratos futuros de gás natural, que atingiram sua máxima no dia anterior, ao passo que os preços do barril do petróleo tinham leve alta após despencarem na sessão anterior. Ainda ontem, a Finlândia e a Suécia assinaram o contrato de adesão à Otan. Hoje, o mercado aguarda a ata do FOMC e a reunião não-monetária do Banco Central Europeu (ECB).
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