Morning Call: Payroll, Opep e estímulos na China


Exterior
Os futuros das bolsas de Nova York sobem nesta manhã, após perdas nas últimas duas sessões. O Nasdaq é impulsionado pelo salto de 8,4% dos papeis da Amazon no pré-mercado depois do lucro maior do que o esperado no segundo trimestre, enquanto o papel da Apple chegou a cair 1,6% mais cedo após decepção com a receita registrada.
Investidores estão à espera do payroll, que será determinante para a trajetória dos juros americanos. A expectativa é de que os Estados Unidos tenha gerado 205 mil empregos em julho, mantido a taxa de desemprego em 3,6% e elevado o salário médio por hora 0,3% ante o mês anterior e 4,2% na comparação anual. Caso se confirme, o resultado de criação de vagas praticamente repetirá os 209 mil postos gerados em junho, após o setor privado no país ter criado 324 mil empregos em julho, bem acima da expectativa de analistas (+183 mil postos).
Na Europa, as bolsas estão mistas. Mais cedo o euro chegou a ganhar breve força após um inesperado aumento nas encomendas à indústria da Alemanha, porém as vendas no varejo frustraram os investidores, ao reportar queda de 0,3% em junho na zona do euro, abaixo das expectativas de alta de 0,2%.
O petróleo tem alta, de olho no encontro da Opep, que deve confirmar os cortes na oferta antecipados ontem pela Arábia Saudita e Rússia. Por fim, na China, as bolsas subiram após o banco central local (PBoC) prometer de ser mais flexível e usar instrumentos de política monetária, incluindo cortes de compulsórios, para garantir liquidez “razoavelmente ampla” no sistema bancário.
Brasil
A melhora das Bolsas internacionais e promessa de mais estímulos na China pode ajudar nos mercados locais, enquanto os investidores reagem à série de balanços de empresas e bancos, como Petrobras e Bradesco. No caso da estatal, além da forte queda no lucro, as atenções ficam sobre os dividendos e a decisão do conselho de administração sobre negociação com credores da Sete Brasil.
Os juros futuros e o câmbio devem se ajustar à volatilidade do dólar e rendimentos dos Treasuries em meio à espera do payroll e da publicação da ata da reunião do Copom de agosto, na próxima terça-feira. A expectativa é que a ata traga os argumentos que embasaram a decisão de um corte mais agressivo da Selic, o ponto de vista dos diretores que votaram por um corte menor de 0,25 ponto, dado o placar dividido (5X4) da decisão, e possíveis citações ao cenário fiscal, que não constou no balanço de riscos do comunicado da reunião.
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