Melhores ações maio 2021: altas e baixas
O Gorila traz para você quais foram as melhores ações em maio de 2021 e os motivos responsáveis por esse desempenho favorável.
Em maio, o Ibovespa chegou a marca histórica de 126.215,73 pontos, renovando o recorde nominal (sem descontar a inflação). Neste ano, o principal índice da Bolsa de Valores soma alta de 6,05%, valor quase igual ao acumulado em maio, de 6,16%. Dos 84 papéis que compõem o Ibovespa, 64 tiveram resultado positivo no mês.
Confira abaixo as maiores altas e baixas de maio.
Melhores ações maio 2021: maiores altas no Ibovespa
5 maiores altas de maio no Ibovespa
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Fonte: Broadcast
1 – Eneva (ENEV3)
A ação que mais brilhou em maio no Ibovespa foi a Eneva (ENEV3), avançando quase 26%. O resultado foi puxado pela crise energética que ganhou força na última semana do mês, com analistas vendo a companhia como uma das beneficiadas por ter exposição à energia térmica.
2 – BRF (BRFS3)
A segunda colocada do ranking das melhores ações em maio de 2021 foi a BRF (BRFS3), refletindo um cenário ainda positivo para commodities com exportações indo bem.
Além disso, há a especulação de uma fusão entre a BRF e a Marfrig. Nesse mês, a Marfrig comprou 24,23% do capital social da BRF por cerca de US$ 830 milhões (R$ 4,4 bilhões).
Em comunicado, a Marfrig disse que a aquisição visa diversificar seus investimentos em um segmento que possui complementaridades com seu setor de atuação, porém não pretende eleger membros para a administração da empresa.
3 – Cielo (CIEL3)
Os papéis da Cielo (CIEL3) obtiveram uma valorização de 22,51% em maio. Um dos fatores chaves foi a notícia de que a Alelo terá uma plataforma própria de adquirência, mas que não deixará de usar as maquininhas da Cielo.
Nem mesmo a renúncia de Paulo Rogério Caffarelli da presidência da empresa, que será substituído por Gustavo Henrique Santos de Sousa – até então Diretor de Relações com Investidores, abalou a performance das ações.
4 – Hering (HGTX3)
Depois da fusão com o Grupo Soma, anunciada em abril, a Hering continua bem no Ibovespa e teve uma alta de 20,50% em seus papéis.
Apesar disso, uma notícia chamou a atenção dos investidores de forma negativa: a Hering informou à CVM que comprou R$ 60 milhões em ações enquanto negociava com a Soma (SOMA3).
5 – Ambev (ABEV3)
Os resultados do primeiro trimestres contribuíram para a valorização de mais de 20% nas ações da Ambev (ABEV3) em maio. A empresa registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,761 bilhões no 1T21, alta de 125% ante o mesmo período de 2020.
Melhores ações maio 2021: maiores baixas no Ibovespa
5 maiores baixas de maio no Ibovespa
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Fonte: Broadcast
1 – Banco Inter (BIDI11)
A maior baixa do Ibovespa em maio foi do Banco Inter. O ticker BIDI11 registrou baixa de mais de 11%, em seu primeiro mês fazendo parte do benchmark da B3.
Vale lembrar que o Banco Inter desdobrou suas ações na proporção de um para três no mês de maio. Além disso, a empresa de maquininhas Stone anunciou que vai investir até R$ 2,5 bilhões no Banco Inter, e para isso vai realizar um follow on na bolsa.
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Com o aporte, a Stone terá direito a um assento no conselho do Inter, entrará para o acordo de acionistas e afirma que a parceria poderá levar seus clientes ao shopping virtual (marketplace) do banco, entre outros benefícios.
2 – Usiminas (USIM5)
Em meio a um movimento de investidores embolsando lucros, a Usiminas (USIM5) também registrou queda em maio, ocasionado, inclusive, pela alta volatilidade do minério e do aço.
Além disso, a CSN vendeu 56 milhões de ações preferenciais da Usiminas (cerca de R$ 1,3 bilhão), representando metade da posição na companhia.
3 – Suzano (SUZB3)
Os ativos da Suzano foram impactados nas últimas semanas com a queda dos preços da celulose de fibra curta. Com isso, os papéis da empresa fecharam o mês com baixa de 11,61%.
Um ponto positivo destacado por analistas é o investimento no projeto Cerrado, que prevê R$ 14,7 bilhões para erguer uma nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo (MS).
4 – B2W (BTOW3)
A B2W (BTOW3) teve um aumento de mais de 50% em seu prejuízo, que é de R$ 163,6 milhões, mesmo com crescimento de vendas de 90% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2020. Com isso, a companhia foi a 4ª pior ação do Ibovespa em maio.
Além disso, a empresa tem pela frente os desafios da fusão que está em curso com a Lojas Americanas (LAME4), sua controladora.
5 – Locaweb (LWSA3)
Em seu primeiro mês como integrante do Ibovespa, as ações da Locaweb (LWSA3) tiveram queda de quase 10%. Os papéis da companhia têm um peso de 0,557% no índice.
No balanço divulgado do 1T21, a Locaweb apresentou um prejuízo líquido de R$ 8,4 milhões, uma alta no prejuízo de 268,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Contexto de maio
Entre os fatores que beneficiaram a subida da bolsa estão a reabertura da economia depois de um segundo período de lockdown. A demanda reprimida na ponta de consumo e o processo de vacinação contribuíram para esse resultado.
Segundo boletim Focus, do Banco Central, o mercado elevou pela 6ª semana a projeção para o PIB do País em 2021, de expansão de 3,52%, para avanço de 3,96%. Já a estimativa para a Selic foi elevada de 5,50% a.a para 5,75% a.a em 2021. Para 2022, a projeção se manteve em 6,50% a.a.
Além disso, a CPI da pandemia segue investigando supostas omissões e irregularidades nas ações do governo federal durante a pandemia de COVID-19 no Brasil.
Ainda na política, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a reforma administrativa, uma notícia bem recebida pelo mercado.
No cenário internacional, a inflação nos Estados Unidos despertou a preocupação nos investidores quanto à possibilidade de um aperto monetário precoce pelo Banco Central americano, Fed.
Já o dólar teve queda somada em maio de 3,81% — o segundo mês seguido de perdas. Entretanto, no ano, a moeda americana acumula valorização de 0,70% frente ao real.
Em maio, também houve a forte volatilidade do bitcoin, após as quedas recentes na esteira da decisão da China de controlar operações com moedas digitais para evitar riscos financeiros.
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