Veja os principais pontos da live com Fábio Akira, da BlueLine
No dia 21 de maio, o cenário econômico do Brasil foi o fio condutor da live do Gorila com Fábio Akira, da BlueLine. Nosso CEO, Guilherme Assis, foi o mediador da conversa que abordou a questão do câmbio, inflação, desconfiança fiscal, orçamento engessado e se é preciso aumentar os impostos. Acompanhe como foi a live com Fábio Akira, da BlueLine!
Sócio responsável pela Área de Economia da BlueLine Asset Management, Fábio Akira possui 27 anos de atuação no mercado financeiro. Foi durante muitos anos o economista-chefe para Brasil no JP Morgan, sendo responsável pelo suporte à Tesouraria e outras linhas de negócios do Banco.
“Minha carreira profissional começou nas consultorias macroeconômica na década de 90, antes mesmo do Plano Real. O meu desafio no início da carreira era fazer previsão de inflação da próxima semana. A taxa de inflação naquela época era de 45% ao mês. Era uma realidade bastante diferente de agora. Mas deu para aprender bastante naquele momento”, comenta Akira.
Cenário pós-pandemia
A conversa começou analisando o cenário pós-Covid. “Essa crise já chegou e pegou o Brasil mal posicionado do ponto de vista de crescimento econômico, de performance fiscal, e mesmo do ponto de vista de estabilidade e coordenação política”.
Do ponto de vista de crescimento, Akira destaca que não é só uma questão de performance ruim no curto prazo: “Analisando o crescimento do Brasil no longo prazo vemos uma redução bastante significativa da performance no últimos 10 anos. Não é uma questão de meses atrás”.
“A renda per capita do Brasil de 2000 a 2010 cresceu num ritmo de 2, 2,5% em média. E nessa década, mesmo sem considerar 2020, estávamos com crescimento zero de renda per capita. Claramente já estava demonstrando uma dificuldade de ter uma performance de crescimento mais acelerado. Ela estava intimamente ligada a uma necessidade de fundamentos, de ganho de produtividade”, comenta Akira.
Desafios fiscais para os próximos anos
Akira aponta que nos próximos anos o desafio fiscal será grande. “Dados de projeção fiscal indicam que o déficit primário do Brasil neste ano vai atingir cerca de 9, 9,5% do PIB. E desse total, cerca de 50% foram os gastos emergenciais necessários para tentar compensar os efeitos da pandemia. Porém, ¼ disso é resultado da recessão. É uma queda de arrecadação brutal derivada da recessão“.
Um outro ponto levantado é o fato de o orçamento ser muito engessado. “O que a crise do Covid deixou bem claro é que a questão da rigidez orçamentária. Significa o quão flexível o governo é para modificar as prioridades do orçamento e direcionar gastos para aquilo que é necessário em determinado momento. E a pandemia mostrou isso.”
Houve uma dificuldade grande em mudar as prioridades do governo porque o orçamento é muito engessado com pessoal, com pensões, com outras transferências.
“Tivemos que aprovar a ‘PEC da Guerra’. É interessante ter um orçamento mais flexível com menos rigidez, até para estar preparado para momentos como esse”.
Ainda quer saber se é preciso aumentar os impostos no Brasil? Confira a transmissão completa da live com Fábio Akira, da BlueLine, para descobrir.
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