Finanças comportamentais: Você investe de forma racional?

Entenda os vieses das finanças comportamentais, faça o teste e descubra se você investe de forma racional ou enviesada.
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PorMariane Vas - 30/12/2020
Atualizado em 26/07/2022
4 min de leitura

Hoje vamos falar sobre finanças comportamentais. A teoria clássica da economia assume que os indivíduos são completamente racionais, tomam decisões pautadas na lógica e escolhem a melhor opção. Mas sabemos que a vida não é assim: compramos por impulso, priorizamos conselhos de outros ao invés de fundamentos técnicos e perpetuamos investimentos ruins.

As finanças comportamentais estudam a influência do aspecto emocional na tomada de decisão do investidor. Como você acha que vem levando sua vida financeira? Depois do resultado do teste, veja os vieses cognitivos que comprometem o sucesso da sua carteira.

Teste

Como você acha que investe? Faça o teste e confira!

Vieses comportamentais

Inércia: Muitas vezes deixamos o dinheiro parado em investimentos ineficientes, pela comodidade ou desgosto por mudanças. Já é sabido que a poupança não é mais uma opção atrativa, mas mesmo assim muitos mantêm seu dinheiro rendendo pouco, ao invés de aplicar em alternativas de mesmo risco e liquidez, mas rentabilidade melhor. 

“O medo do desconhecido é maior do que a insatisfação com a realidade atual.”

Comportamento de manada: Na era dos “influencers”, esse viés está cada vez mais comum: copiar o que os outros estão fazendo. As decisões deixam de ser pautadas nos fundamentos e na racionalidade do negócio, para apenas seguir o que a maioria está fazendo pelo medo de perder uma grande oportunidade. Este efeito é uma bola de neve e já foi a razão de grandes bolhas financeiras.

Desconsiderar riscos: Todo investimento tem algum risco, mas muitos não os levam em consideração, ou os subestimam devido a uma má avaliação. Tal ingenuidade é perigosa, pois dá a falsa ilusão de controle que pode levar a grandes perdas.

Falácia do apostador: As pessoas tendem a acreditar que um evento independente que aconteceu com frequência no passado deve influenciar a probabilidade de acontecer no futuro. Por exemplo, se uma moeda não viciada cai 10 vezes em coroa, qual deve ser o resultado do próximo lançamento? A resposta racional é: as chances de “cara ou coroa” são iguais. Mas no mundo real, costumamos deixar a estatística de lado e construímos falsas relações entre os acontecimentos.

Fugir dos custos e tentar sozinho: Consultores, assessores e outros agentes de investimentos são especialistas de mercado. Apesar disso, o ser humano tem aversão a pagar despesas adicionais, e muitos optam por investir sozinho para “economizar”. Isso pode levar a rentabilidades menores no longo prazo, porque o investidor iniciante (e até mesmo intermediário) não tem tanto conhecimento de mercado quanto um profissional formado, não tem tempo para se dedicar a análises profundas e/ou é mais suscetível a tomar decisões emocionais ao se tratar do seu próprio dinheiro. 

Viés de confirmação: Tendência em interpretar as informações de acordo com nossas próprias opiniões. Acabamos dando mais relevância às informações que reforçam nossa visão e ignoramos análises que discordam.

Excesso de confiança: Nosso cérebro costuma ser excessivamente otimista, buscando manter o nosso bem estar e minimizar nossa ansiedade. Isso nos leva à falsa certeza que os investimentos arriscados não darão prejuízos. 

Cálculo mental: Para maioria das decisões rotineiras, fazer um cálculo mental pode ser uma estratégia útil que salva tempo para tomar uma decisão, porém para situações complexas, simplificar uma conta e fazer uma análise rápida demais pode tornar-se uma armadilha.

Aversão à perda: Somos mais impactados por perdas que por ganhos. Se temos um investimento em declínio, é muito comum nos recusarmos a aceitar sua perda e insistir nele pelo medo de ter prejuízos. Da mesma forma, podemos liquidar um investimento promissor, com receio que ele comece a apresentar quedas.

Como se prevenir desses erros?

  1. Fique ligado nas notícias do mercado financeiro pelo nosso canal do Telegram. 
  2. Identifique qual o seu perfil de investimento e se atente às suas necessidades financeiras para o futuro. 
  3. Estude com calma os ativos que pretende investir, e procure um profissional de investimento confiável e certificado para te auxiliar. Conheça as certificações do mercado financeiro
  4. Diversifique seus investimentos e nunca aposte tudo em um único ativo.
  5. Acompanhe a sua carteira e analise como cada ativo desempenha. O Gorila consolida todas as suas aplicações e dá dados detalhados sobre sua performance.

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O CEO do Gorila, Guilherme Assis, participou do 7º Congresso sobre Economia e Finanças Comportamentais realizado pela FGV. Reveja o webinar.

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