Fechamento de mercado: Bolsas recuam e dólar se fortalece na sessão

O Ibovespa devolveu grande parte da valorização de ontem, impulsionado pelo desempenho negativo de Vale e Petrobras, que recuaram em meio à ruídos políticos.
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Por Felipe Lima - 28/02/2024
2 min de leitura

Sob a perspectiva internacional, a segunda avaliação dos indicadores econômicos dos Estados Unidos relativos ao quarto trimestre, abrangendo o PIB e a inflação medida pelo PCE, não influenciou de maneira significativa as projeções do mercado. Da mesma forma, a revisão positiva na inflação não causou surpresa, uma vez que o aumento já tinha sido indicado pelo CPI no mês anterior. Inicialmente, os retornos dos Treasuries diminuíram em resposta aos dados, mas o viés de baixa já era evidente desde o início do dia. Nesse ínterim, o dólar se fortaleceu em relação a outras moedas nesta manhã (USDBRL +0,77%), recuperando-se de perdas recentes. As bolsas de Nova York, representadas pelo Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, apresentam desempenho negativo de 0,06%, 0,17% e 0,55%, respectivamente, refletindo uma postura cautelosa à espera das declarações dos dirigentes do Fed mais tarde no dia, e da divulgação do PCE mensal no dia seguinte – um evento que os investidores observam com especial atenção.

No cenário doméstico, o Ibovespa encerrou em queda de 1,16%, situando-se em 130.155 pontos, refletindo a prudência observada nos mercados norte-americanos, que impacta de maneira ampla os ativos locais. O declínio do Ibovespa é atribuído a perturbações políticas relacionadas à Vale e Petrobras, com a petroleira recuando mais de 5,00%. Como resultado, o índice devolve parte dos ganhos do dia anterior e encontrou dificuldades para manter-se acima dos 130 mil pontos alcançados na última sessão. A um dia da divulgação do índice de preços preferido pelo Fed, o PCE de janeiro, o mercado confronta um crescimento do PIB no quarto trimestre abaixo das projeções e uma inflação nos Estados Unidos superior às expectativas.

No mercado futuro, os contratos de juros apresentaram viés de alta, com aumento de até quatro pontos, encontra respaldo na valorização do dólar e no fortalecimento dos retornos dos Treasuries. Isso ocorre em meio a um crescimento da economia americana um pouco aquém das expectativas e a uma inflação ligeiramente elevada. A deflação do IGP-M e as quedas nos índices de confiança do comércio e de serviços são relegadas a segundo plano, enquanto os investidores também digeriram os dados do Tesouro. A reação geral aos dados americanos é discreta, com o CME Group ainda indicando uma probabilidade maior de cortes de juros nos EUA a partir de junho (61,8%) após a divulgação dos dados. O mercado aguarda com maior expectativa os números de gastos com consumo, renda pessoal e o PCE dos Estados Unidos em janeiro, marcados para amanhã, sendo este último a medida de preços preferida pelo Fed, o banco central americano.

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