Fechamento de mercado: Petrobras derruba o índice, enquanto DIs e dólar recuam


No cenário externo, os principais índices fecharam sem direção definida em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 recuaram 0,58% e 0,17% respectivamente, enquanto o Nasdaq encerrou em alta, impulsionado pelo arrefecimento dos yields dos Treasuries, registrando alta de 0,36%. O mercado monitora a bateria de balanços corporativos das ‘big techs’ ao longo da semana, bem como a divulgação do PIB e do PCE na quinta e sexta-feira, indicadores de grande importância para determinar a trajetória da política monetária dos EUA.
Na cena local, o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 0,33% aos 112.785 pontos, após reverter o viés diversas vezes ao longo da sessão. O índice foi impulsionado pelos ativos da Petrobras, os quais recuaram 6.58% na sessão, a queda foi resultado da somatória entre dois fatores, por um lado a empresa informou que na próxima AGE (Assembleia Geral Extraordinária) uma das pautas será a revisão do estatuto, com foco nos critérios para indicação de executivos, o qual é administrado pela Lei das Estatais, enquanto a outra variável foi a queda do petróleo no mercado internacional, com o barril tipo Brent recuando 1,90%, negociado a US$90,42 o barril.
No mercado futuro, os contratos de juros fecharam em queda, assim como o dólar que perdeu terreno ante o real na sessão, impulsionados pela queda dos rendimentos das Treasuries de longo prazo, em meio ao arrefecimento do conflito no Oriente Médio. Apesar da indefinição do conflito entre Israel e o grupo terrorista do Hamas, a libertação de reféns pelo grupo radical, diminuiu a cautela quanto a possível escalabilidade geopolítica do conflito. Além disso, os contratos de juros repercutiram a queda das expectativas para a inflação e PIB evidenciadas no Boletim Focus, ademais o discurso de Campos Neto trouxe um certo pessimismo quanto ao fiscal do país e também a redução da liquidez para economias emergentes em meio ao juros altos nos EUA.