Fechamento de mercado: Ibovespa arrefece ganhos após revisão da projeção para o déficit de 2023

No cenário doméstico, o Ibovespa arrefeceu ganhos após elevação da projeção do governo para o déficit primário em 2023, porém o bom andamento da agenda política e o discurso de Campos Neto sustentaram a alta.
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PorFelipe Lima - 22/11/2023
2 min de leitura

Em Nova York, os principais índices avançaram na sessão, com o mercado precificando o fim do ciclo de aperto monetário do Fed em linha aos dados do mercado de trabalho, os quais apresentaram maior equilíbrio. Durante a manhã, divulgou-se os dados de seguro-desemprego referente a semana de 18 de novembro, os quais recuaram para 209 mil, abaixo do consenso (225k), fortalecendo a tese de que a atividade norte-americana, após meses de resiliência, começa a sentir o aperto monetário. Dessa forma, o Nasdaq, o S&P 500 e o Dow Jones avançaram 0,43% 0,41% e 0,53% respectivamente.

Na cena local, o Ibovespa fechou o dia em alta de 0,33% aos 126.035 pontos, com os investidores repercutindo o discurso de Campos Neto e à agenda política, porém o índice arrefeceu ganhos em meio ao ajuste da projeção do déficit primário para esse ano, com o governo elevando a projeção. O destaque negativo da sessão foi a Cemig, a qual apresentou maior recuo desde a pandemia, após o governador Romeu Zema afirmar que concordaria com a federalização da empresa em troca do abatimento da dívida do estado de Minas Gerais com a União.

No mercado futuro, os contratos de juros encerraram a sessão em queda, na esteira do disurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o qual sinalizou que os últimos dados apresentaram conjuntura benéfica para a continuação do ritmo de cortes na Selic, afirmando que a inflação caminha para dentro da banda da meta. Os DIs apresentavam queda acentuada ao longo da sessão, impulsionados pelo bom andamento de medidas arrecadatórias na CAE do Senado, porém, arrefeceram a trajetória em linha à elevação da projeção do governo para o déficit primário neste ano.

No câmbio, o dólar à vista ganhou terreno ante o real, avançando 0,08%, negociado a R$4,9021 na venda, com a divisa norte-americana sendo impulsionada pelo tom hawkish apresentado pela ata do FOMC divulgada ontem, além do números de pedidos de seguro-desemprego nos EUA recuarem abaixo das expectativas e a revisão da expectativa de inflação calculada pela Universidade de Michigan ser revisada para cima, atingindo 4,5% para os próximos 12 meses.

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