Fechamento de mercado: Ibovespa destoa dos principais pares dos EUA e encerra em alta

Em meio à alta inesperada da inflação nos EUA, os principais índices registraram perdas em Nova York. Por outro lado, o Ibovespa avançou na sessão, impulsionado pelo bom desempenho das commodities.
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PorFelipe Lima - 16/02/2024
2 min de leitura

Nos Estados Unidos, os principais índices encerraram a sessão em queda, à medida que os investidores reagiram à surpresa negativa do Índice de Preços ao Produtor (PPI) referente a janeiro no país, acompanhada pelo aumento nas expectativas de inflação de curto prazo. Esses eventos geraram uma reavaliação nas perspectivas de cortes de juros pelo Federal Reserve em junho, e até mesmo reduziram a probabilidade de um afrouxamento mais agressivo até o final do ano. Esse cenário impulsionou os ganhos do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, enquanto as bolsas de Nova York apresentaram queda, com o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones recuando 0,48%, 0,90% e 0,37% respectivamente.

Na cena local, o Ibovespa finalizou a sexta-feira em alta de 0,72% aos 128.725 pontos, em contrapartida às quedas nas bolsas americanas, que foram impactadas pelo desempenho acima do esperado do PPI dos Estados Unidos, atuando como um fator limitante, o Ibovespa registra uma elevação, impulsionada principalmente por ações ligadas a commodities. Isso ocorre em meio a um leve aumento nos preços do petróleo e do minério de ferro. A Vale, ativo de grande peso no índice, apresentou valorização de %, à medida que há expectativa positiva em relação ao término do feriado de uma semana pelo ano-novo lunar na China, que começou no último sábado, com a esperança de que tenha estimulado a economia local e reduzido as preocupações com uma desaceleração em Pequim.

No mercado futuro, os contratos de juros encerraram o dia em alta, em linha com o comportamento da curva dos Treasuries no mercado internacional, em resposta ao PPI dos Estados Unidos, que superou as previsões, ocorrendo três dias após a surpresa com o CPI de janeiro, também acima do estimado. Segundo informações do CME Group, o mercado reduziu a probabilidade de um corte de juros em junho, passando de 74,8% para 66,3%, e agora prevê um relaxamento menos agressivo até dezembro, com uma redução de 75 pontos-base, influenciado pelo desempenho do PPI. Esse impacto dos dados dos EUA se sobrepujou ao IGP-10, que indicou deflação em fevereiro.

No câmbio, o dólar perdeu terreno ante o real na última sessão da semana, registrando uma queda de 0,03%, cotado a R$4,9671, após ter apresentado alta durante a manhã. A moeda brasileira foi impulsionada pelo bom desempenho das commodities no exterior, o que somado ao arrefecimento da valorização do dólar ante os principais pares internacionais (DXY 0,00%), aliviou a pressão sob o real.

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