Fechamento de mercado: Bolsas avançam e juros recuam em meio aos dados mistos de atividade nos EUA

Os principais índices encerraram a sessão em alta, à medida que os juros fecharam, em meio aos dados mistos de atividade dos EUA e o maior apetite ao risco na Europa.
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PorFelipe Lima - 15/02/2024
2 min de leitura

No cenário global, os principais índices encerraram a sessão em alta, à medida que os investidores assimilaram dados mistos sobre o varejo, indústria, emprego e mercado imobiliário nos Estados Unidos, exercendo pressão sobre a moeda norte-americana em comparação com outras moedas e alimentando expectativas de uma redução mais acentuada nas taxas de juros pelo Fed ao longo deste ano, além da repercussão do apetite por risco vindo da Europa. Dessa forma, o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq finalizaram a sessão em alta de 0,58%, 0,91% e 0,30% respectivamente.

No cenário doméstico, o Ibovespa recuperou parte das perdas recentes, encerrando a quinta-feira em alta de 0,62% aos 127.804 pontos. O movimento positivo de hoje encontra suporte na valorização das principais bolsas dos Estados Unidos, além da queda nos rendimentos dos Treasuries, estimulando o fechamento da curva futura no Brasil, e em alguns desenvolvimentos corporativos locais. O ganho no índice é moderado, refletindo a falta de novidades internas, enquanto muitos investidores ainda estão fora do mercado após o período de carnaval, somado ao extenso feriado chinês e às incertezas relacionadas ao início do processo de redução das taxas de juros pelo Federal Reserve.

No segmento futuro, os contratos de juros finalizaram as negociações apresentando uma tendência de queda, seguindo a dinâmica da curva de rendimentos dos Treasuries, agravada por indicadores desfavoráveis nos setores varejista e industrial dos Estados Unidos. A liquidez no mercado é mais restrita em um dia com uma agenda local menos movimentada. Em uma sessão menos dinâmica, o Tesouro optou por reduzir a oferta nos leilões de títulos prefixados, diminuindo o risco para os participantes do mercado. Adicionalmente, o Boletim Focus indicou um aumento de 1,0 ponto base nas projeções de inflação para os anos de 2024 e 2025, porém o maior apetite ao risco do exterior prevaleceu.

No mercado cambial, o dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,07%, negociado a R$4,9686, após uma manhã predominantemente em declínio moderado, impulsionado pelo alívio nas taxas de juros dos Treasuries. Os investidores aguardam novas declarações dos dirigentes do Fed em busca de orientações sobre a trajetória da política monetária dos EUA, enquanto a inflação ao consumidor norte-americano surpreendeu negativamente as expectativas do mercado, provocando uma reavaliação do início do ciclo de redução das taxas de juros. Além disso, a alta das commodities no exterior, epecialmente do petróleo, auxiliaram o avanço da divisa brasileira.

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