Fechamento de mercado: Alta dos índices internacionais limita queda do Ibovespa


Nos Estados Unidos, os principais índices encerraram a sessão em alta, à medida que dirigentes do Fed e Janet Yellen, responsável pelo Tesouro, amenizaram a cautela dos investidores após a surpresa altista com o CPI de janeiro divulgado ontem. Dessa forma, o mercado realizou movimento de ajuste ante a queda de ontem, com autoridades monetárias afirmando que, apesar da inflação acima das expectativas, o mercado deve se concentrar na tendência de queda dos preços no longo prazo e também na força apresentada pela economia. Com isso, o S&P 500, o Dow Jones e o Nasadaq fecharam em alta de 0,96%, 0,40% e 1,30% respectivamente.
Na cena local, o Ibovespa finalizou a sessão marcada pela volta do feriado prolongado de Carnaval em queda, recuando 0,79% aos 127.018 pontos, com volume negociado bem abaixo da média e liquidez reduzida. O movimento apresentado pelo mercado é caracterizado como ajuste em meio à queda apresentada pelos principais pares internacionais ontem, após o CPI surpreender negativamente a mediana das projeções dos analistas. Além disso, o petróleo reverteu a trajetória no exterior, encerrando o dia em queda, impactando negativamente ativos correlacionados com a commodity.
No mercado futuro, os contratos de juros encerram a quarta-feira com viés de alta, principalmente na parte longa da curva. O movimento foi de ajuste ante a abertura da curva dos Treasuries reprecificando o início do ciclo de afrouxamento monetário após a alta inesperada da inflação ao consumidor norte-americano. Por outro lado, o movimento de alta no cenário doméstico foi limitado pela queda apresentada pelos yields dos Treasuries, à medida que novas comunicações de autoridades monetárias arrefeceram a aversão ao risco apresentada pelo mercado.
No câmbio, o dólar à vista encerrou em alta de 0,22%, negociado a R$4,9723, movimento considerado ‘leve’ ante as expectativas de que a divisa estadunidense poderia ultrapassar a casa dos R$5,00 na sessão. Por um lado, o movimento foi de ajuste em relação à deterioração dos ativos de risco apresentada ontem, enquanto por outro, a desaceleração da cautela dos investidores no mercado internacional, limitou a queda da moeda brasileira na sessão.