Fechamento de mercado: Ibovespa acumula queda pela segunda semana consecutiva em 2024
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários encerraram de forma mista, enquanto os investidores ajustavam suas perspectivas em relação ao início do ciclo de cortes de juros, influenciados pelos dados do PPI de dezembro. A divulgação do PPI pela manhã, surpreendeu ao apresentar deflação, levando os investidores a intensificar suas apostas no início do ciclo de cortes de juros nos EUA. Em respostar, os yields de dois anos, que são sensíveis à política monetária do Federal Reserve, registraram uma queda superior a 10 pontos-base durante a sessão. Além disso, os investidores reagiram aos resultados trimestrais mistos divulgados pelos principais bancos americanos referentes ao quarto trimestre de 2023. Dessa forma, o Nasdaq e o S&P 500 avançaram 0,02% e 0,08% respectivamente, enquanto o Dow Jones recuou 0,31%.
Soba a perspectiva doméstica, o Ibovespa fechou com uma leve alta, diferindo do desempenho das bolsas americanas que encerraram sem uma direção clara após a divulgação do PPI dos Estados Unidos. No cenário doméstico, as ações da Petrobras registraram ganhos em consonância com os movimentos do mercado de petróleo, enquanto os papéis da Vale tiveram uma queda em linha com o desempenho do minério. O Ibovespa encerrou a sessão com um avanço de 0,26%, atingindo os 130.987 pontos, e o volume de negociações foi de R$14,7 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 pregões. Ao longo da semana, o principal índice de ações brasileiro acumulou uma queda de 0,78%, iniciando o ano de 2024 com duas semanas consecutivas de retração.
No mercado futuro, os contratos de juros encerraram a sexta-feira com viés de queda, na esteira do movimento apresentado pelos Treasuries no mercado internacional, após a surpresa positiva quanto ao PPI de dezembro. Porém, vale ressaltar que apesar do fechamento da curva em conssonância aos juros no exterior, há uma pressão quanto ao cenário fiscal doméstico, o que deve impactar a curva na segunda-feira, quando o Ministro da Fazenda Fernando Haddad e o senador Rodrigo Pacheco discutirão sobre a MP da reoneração da folha de pagamentos.
No câmbio, o dólar à vista recuou 0,39% ante o real, negociado a R$4,8567, acumulando queda semanal de 0,31%. A moeda brasileira foi favorecida por fatores distintos, sendo eles a alta do petróleo no mercado internacional e o fechamento da curva dos Treasuries nos Estados Unidos, a qual se deu após a surpresa positiva apresentada pelo PPI de dezembro.