Fechamento de mercado: Cautela no exterior derruba o Ibovespa

Em meio à uma semana cheia de catalisadores, os principais índices registraram queda nesta segunda-feira, com a cautela no exterior à espera de comunicados do Fed.
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Por Felipe Lima - 04/03/2024
2 min de leitura

Nos Estados Unidos, os principais índices encerraram o dia em queda, seguindo máximas de fechamento alcançadas na sexta-feira pelo S&P500 e Nasdaq 100. Investidores adotaram uma postura de aversão ao risco, devido à iminência de uma série de dados econômicos a serem divulgados ao longo da semana, além do testemunho de Powell perante o Congresso. O Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 recuaram 0,25%, 0,12% e 0,42%, respectivamente. No decorrer da tarde, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, prognosticou que o Fed provavelmente realizará pelo menos dois cortes de 0,25 pontos percentuais ao longo de 2024. Contudo, Bostic enfatizou que a batalha contra a inflação ainda não está conquistada e que os preços dos serviços permanecem acima da média. Além disso, salientou que é necessário observar mais progressos e adquirir maior confiança para iniciar o ciclo de cortes de juros. Anteriormente, durante um discurso na semana passada, o membro do comitê falou sobre a possibilidade de os cortes começarem a partir de julho. Bostic é um dos membros votantes do FOMC em 2024.

Na cena local, o Ibovespa encerrou em queda, à medida que os investidores adotaram uma postura cautelosa diante de uma semana repleta de dados econômicos nos Estados Unidos, pronunciamentos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e resultados corporativos no Brasil. O Ibovespa registrou uma queda de 0,65%, encerrando o dia aos 128.340 pontos, com um volume de negócios de R$12,8 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 pregões. Em uma sessão sem grandes impulsionadores, a atenção dos investidores voltou-se para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participou da reunião do Conselho Político e Social (COPS) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela manhã. Campos Neto destacou a persistência da inflação de serviços tanto no Brasil quanto globalmente, gerando cautela entre os membros dos bancos centrais. Ele ressaltou ainda que, embora tenham apresentado uma tendência de queda, os núcleos de inflação têm declinado lentamente e permanecem em patamares elevados em diversos países.


No mercado futuro, os contratos de juros encerraram próximo à estabilidade, apesar do notável aumento nos Treasuries, que experimentaram uma queda na sessão anterior, em um contexto de liquidez reduzida devido à escassa agenda. As observações otimistas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em relação ao panorama fiscal, estão atuando como um fator de moderação para um avanço mais acentuado nas taxas. Campos Neto expressou confiança na perspectiva fiscal, indicando que as projeções de mercado para o resultado fiscal de 2024 podem ser superadas, com a possibilidade de o governo apresentar um déficit fiscal inferior às estimativas atuais, situando-se entre 0,7% e 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB).

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