Fechamento de mercado: Bolsas registram alta, dólar e juros cedem na sessão

O Ibovespa encerrou em alta, impulsionado pelo apetite ao risco observado no exterior, enquanto os juros e o dólar recuaram em linha à curva dos Treasuries.
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PorFelipe Lima - 01/03/2024
2 min de leitura

Nos Estados Unidos, os principais índices, encerraram a sessão em alta, o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones registraram avanços de 0,80%, 1,14% e 0,23%, respectivamente. O impulso foi resultado da consolidação das expectativas do mercado em torno dos potenciais cortes de juros pelo Fed em junho. Os dados divulgados hoje, que incluem o PMI industrial na leitura do ISM, o sentimento do consumidor e os investimentos em construção, reforçaram essa perspectiva. Significativamente, tanto o dólar quanto os juros dos Treasuries registraram quedas, com estes últimos também absorvendo a aprovação de um projeto pelo Congresso dos EUA, evitando assim a paralisação do governo até 8 de março.

No cenário local, o Ibovespa registrou um avanço de 0,12%, alcançando os 129.180 pontos. A primeira sessão de março se destacou pela notável volatilidade durante a abertura, impulsionada por dados de atividade discrepantes nos Estados Unidos e um aumento moderado nas bolsas. Contudo, ao longo da tarde, o índice obteve um impulso positivo, especialmente devido ao desempenho favorável da Petrobras. Os elementos como o crescimento projetado do PIB brasileiro em 2023, o aumento nos preços do petróleo e as expectativas de medidas de estímulo na China contribuíram de maneira positiva para o Índice Bovespa. Por outro lado, a queda nos preços do minério de ferro em Dalian e as incertezas em relação à diretoria da Vale exerceram uma influência negativa nas ações da mineradora, destacando-se pelo declínio em comparação com outras empresas do setor.

No segmento futuro do mercado, observou-se o fechamento da curva de juros, impulsionado pelo recuo dos Treasuries, enquanto a agenda local trouxe uma variedade de indicadores, com destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre e de 2023. Apesar da divulgação desses dados econômicos, os juros futuros permaneceram mais alinhados com a curva dos Treasuries, mantendo-se estáveis com uma inclinação para baixo devido à volatilidade dos yields e às declarações do Fed. Essa dinâmica ocorre em meio às incertezas em torno dos potenciais cortes de juros nos Estados Unidos. Embora o PIB tenha atendido às expectativas, com o PMI industrial exibindo vigor e o IPC-S sinalizando desaceleração, essas informações aparentemente não estão impactando a perspectiva de futuros cortes de 50 pontos-base da Selic pelo Copom, conforme indicado pelo Banco Central e reforçado pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo.

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