Entenda o que é Open Banking
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O Open Banking promete mudar a maneira como o mercado financeiro funciona. Essa revolução vai trazer mais facilidade aos usuários a partir da possibilidade de compartilhamento de informações bancária dos correntistas com outras instituições.
Hoje em dia são os bancos que têm a posse dos dados bancários dos clientes. Com o Open Banking, o usuário é que decide se ele quer ou não compartilhar seus dados com uma fintech, por exemplo.
A facilidade viria de ao invés da pessoa ter o trabalho de preencher cada informação sobre sua conta, o sistema integrado por API faria essa ponte com o novo produto financeiro. As instituições financeiras também ganham nesse processo de transferência da posse já que aumentaria as possibilidades de geração de negócios, além de agregar valor ao cliente.
Origem do Open Banking
A Europa é onde o conceito do Open Banking está mais presente. Em 2018, foi regulamentada a diretiva PSD2, ou Nova Diretiva de Serviços de Pagamento, que visa criar um mercado único de serviços de pagamento mais integrado, seguro e eficiente. Inclusive, o banco Santander na Europa já disponibiliza suas primeiras APIs. Através da plataforma SIBS API Market, há informação de conta e de iniciação de pagamentos.
Por enquanto, a regulamentação sobre o Open Banking no Brasil ainda está em debate. O Banco Central (BC) espera estabelecer uma regulação para esse modelo ainda este ano.
Vantagens
Cada vez mais as pessoas economizam o tempo que passariam na fila do banco para pagar contas ou fazer transferências bancárias utilizando o Internet Banking ou aplicativos para celular.
Isso já é uma realidade e dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) indicam que de 2016 para 2017 o volume de transações feitas pelos aplicativos das instituições financeiras cresceu 70%. Sem falar no crescimentos dos bancos 100% digitais, a exemplo do Nubank, banco Neon e Inter, que conquistam cada vez mais usuários que buscam a praticidade e menores taxas.
Com o Open Banking, os bancos podem fazer parcerias com outras empresas financeiras e trazer novos serviços mais úteis para facilitar a vida dos clientes. Outra vantagem é o custo reduzido uma vez que a tecnologia a startup já possui.
Segurança
A tecnologia utilizada para compartilhar e integrar dados e serviços de forma segura é via API (“Interface de Programação de Aplicativos”). Ela funciona como um tipo de “ponte” fazendo o intercâmbio entre informações com diferentes linguagens de programação.
Hoje em dia várias empresas já fazem esse compartilhamento de informação. O Facebook, por exemplo, tem uma das APIs mais utilizadas por vários serviços que precisam fazer login de novos usuários em suas plataformas.
Quando uma pessoa vai fazer cadastro no Uber já há essa integração e a pessoa pode escolher se registrar com o telefone celular ou clicar no botão referente ao login com o Facebook.
Exemplos de Open Banking
Além de oferecer os serviços de cartão de crédito e pagamentos, um dos APIs do Banco Next permite a oferta de um serviço de cashback feito pela fintech Get More. Assim, a devolução de parte do dinheiro gasto em uma das lojas parceiras vai direto para a conta do correntista.
Já o Banco do Brasil utiliza o OAuth (padrão internacional de segurança) para fornecer os dados necessários e autorizados para o aplicativo parceiro. O BB tem parceria com as várias plataformas dentre as quais: bxblue, que ajuda aposentados, pensionistas e funcionários públicos federais a compararem taxas do consignado entre bancos, e Dotz – Plataforma de Programas de Relacionamento e Operadora das Campanhas Ourocard BB.
E o Gorila já foi criado com a mentalidade no Open Banking para consolidar as informações financeiras em um único lugar. Estamos prontos para integrar com todos os bancos e corretoras que queiram levar mais transparência e comodidade aos investidores.
Viu só quantas possibilidades podem ser criadas através do Open Banking? E com a força das startups é possível trazer mais inovação e praticidade para os serviços.
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