Carta do Gestor (Junho 2023): AI Summary

O artigo a seguir foi inteiramente elaborado por meio de inteligência artificial (AI), confira:
Verde Asset
No cenário global, a economia está se recuperando rapidamente após a pandemia de COVID-19, com os bancos centrais mantendo as taxas de juros baixas para estimular o crescimento econômico. No entanto, há preocupações com a inflação em alguns países e a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China continua sendo um fator de risco. No cenário brasileiro, a economia está se recuperando gradualmente, com a retomada da atividade econômica e a queda da taxa de desemprego. O governo brasileiro tem implementado reformas importantes, como a reforma da previdência, mas a incerteza política ainda é um fator de risco.
O fundo voltou a ter pequena exposição vendida em bolsa global, além de continuar com relevante alocação no mercado brasileiro. A posição comprada em inflação implícita no Brasil foi mantida. Estamos tomados em juros na parte curta da curva, mas reduzimos substancialmente a compra em inflação nos EUA, passando a estar aplicados no juro real lá, e continuamos tomados no Japão. A posição em ouro foi mantida, e assim como a pequena alocação em petróleo. As posições em crédito high yield global e local também foram mantidas.
A exuberância dos mercados acionários, mesmo diante de um cenário onde a taxa de desconto segue subindo devido à lucratividade das empresas, tem se mostrado melhor que o temido, fruto de um bom controle de custos (especialmente no setor de tecnologia) e da resiliência do consumo na maioria dos mercados. A economia americana se mostrou mais robusta do que o consenso imaginava, resultado de balanços bastante sólidos (empresas e famílias tomaram dívida a taxas baratas na época do juro zero). Em outras palavras, a sensibilidade da economia a juros altos é menor do que imaginado. A pressão de custos, tanto do lado da energia e outras commodities, quanto do lado dos salários, ainda não se materializou de forma significativa.
O fundo teve ganhos nas posições em ações no Brasil, em operações de juros nos EUA e Europa, no livro de crédito e na posição de inflação implícita americana. As perdas vieram do hedge em inflação implícita no Brasil, das posições de commodities, especialmente ouro, bolsa global e juros no Japão.
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Kinea Investimentos
A Kinea apresenta uma visão cautelosa sobre o cenário econômico brasileiro e internacional, com destaque para a resiliência observada no primeiro semestre e a possibilidade de fadiga no segundo semestre.
No cenário internacional, a Kinea destaca a desaceleração da economia global e a expectativa de redução de juros, que tem impulsionado a bolsa de valores. No entanto, a gestora alerta que essa expectativa pode não se sustentar no decorrer do ano, o que justifica um posicionamento mais tático. A Kinea também destaca a importância de uma abordagem seletiva e diversificada, com foco em ativos de qualidade e com potencial de geração de valor. No cenário brasileiro, a Kinea reconhece a resiliência da economia no primeiro semestre, mas destaca que o cenário para o final do ano demanda mais cautela.
A gestora não vê um cenário de reaceleração econômica que justificaria uma sequência de upgrades nos lucros do setor privado. Além disso, as medidas fiscais anunciadas até o momento não são suficientes para atingir a meta para as contas públicas no próximo ano. A Kinea reforça a importância de uma visão de longo prazo e de uma gestão ativa e tática para enfrentar os desafios do cenário econômico atual.
Em relação aos resultados, a Kinea destaca que a gestão ativa e tática tem permitido a captura de oportunidades em um cenário de volatilidade. A gestora também destaca a importância de uma abordagem seletiva e diversificada, com foco em ativos de qualidade e com potencial de geração de valor.
A Kinea se mantém otimista em relação às perspectivas de crescimento do país, mas reconhece a importância de uma abordagem cautelosa e seletiva para proteger o patrimônio dos investidores. A carta do gestor também apresenta uma analogia com o filme Forrest Gump, destacando a importância de estar preparado para lidar com possíveis mudanças no cenário econômico, assim como o personagem do filme precisou estar preparado para lidar com os desafios que surgiram em sua jornada. A Kinea destaca que a gestão ativa e tática é fundamental para capturar oportunidades em um cenário de volatilidade e incerteza.
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Porto Asset
O relatório apresenta uma análise detalhada da economia brasileira e internacional, com projeções e perspectivas para o curto e médio prazo. O relatório começa destacando que o Copom sinalizou o começo dos cortes da taxa básica de juros a partir da reunião do início de agosto. Ainda assim, a inflação continua sendo uma preocupação, apesar da melhora recente. O relatório aponta que a inflação deve fechar o ano em torno de 6%, mas deve cair para 4% em 2024.
A situação fiscal do país também é abordada, com destaque para o desafio de equilibrar as contas públicas. O relatório aponta que a valorização cambial pode ser um fator de risco para as contas públicas no médio prazo. Na seção sobre a economia internacional, o relatório destaca a desaceleração da economia global, com destaque para a China e os Estados Unidos. Ainda assim, o relatório aponta que a economia brasileira tem se mantido resiliente em relação aos indicadores internacionais.
O relatório apresenta as projeções da Porto Asset Management para a inflação, o crescimento econômico e a taxa de juros no curto e médio prazo. A projeção é de que a economia brasileira cresça 2,5% em 2023 e 3% em 2024. A taxa de juros deve cair para 12% até o final de 2023 e para 9,75% até meados de 2024.
O relatório conclui que, apesar dos desafios, há motivos para otimismo em relação à economia brasileira. A expectativa é de que a inflação continue caindo e a economia continue se recuperando, impulsionada pelo aumento da confiança dos investidores e pela retomada do consumo.
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Ibiuna Investimentos
Os destaques positivos do mês incluíram ganhos na compra do Real e em investimentos de juros no Brasil, além de posições compradas no índice Ibovespa. No exterior, houve benefícios nas posições de moedas e nas bolsas americana e japonesa. No entanto, o livro de juros no G10 teve um desempenho negativo em junho. O setor de consumo discricionário, com destaque para a posição em SOMA3, e o setor financeiro, especialmente com a posição em PSSA3, tiveram as maiores contribuições positivas no mês. Além disso, o setor de energia continuou sendo um destaque positivo com a posição em PETR4. Os setores bancário e de utilidade pública foram os destaques positivos do mês, enquanto as principais posições negativas estiveram no setor financeiro, especialmente relacionadas à parcela de ativos estruturados.
O fundo Ibiuna Hedge FIC FIM teve um rendimento positivo em junho e acumula retornos favoráveis ao longo de diferentes períodos. A incerteza sobre o fim do ciclo de aperto monetário global continua afetando os preços dos ativos. Há expectativas de altas adicionais de juros nos próximos meses. No Brasil, os ativos tiveram bom desempenho em resposta a fatores positivos de curto prazo. A estratégia macro adota posições em juros no Brasil e no exterior, reduzindo exposição em juros curtos nos EUA. Há uma posição vendida em dólar e comprada em moedas de maior carrego. Na renda variável, há posições táticas no Ibovespa e na bolsa americana, além de exposição em ações brasileiras. O fundo também mantém alocação de risco em crédito e estratégias quantitativas.
No segundo semestre, o foco será o impacto do fim do aperto monetário global e o relaxamento monetário em outros países. Espera-se queda nos juros longos e enfraquecimento do dólar, afetando bolsas, câmbio e juros. A estratégia inclui posições em juros no Brasil, redução de juros curtos nos EUA, moedas de maior carrego, posição no Ibovespa e em ações brasileiras, e alocação em crédito e estratégias quantitativas.
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Dahlia Capital
O mercado já precifica uma queda na taxa de juros pelo Banco Central Brasileiro (BCB) na próxima reunião do COPOM em 2 de agosto. A desinflação global e no Brasil abre espaço para o início do ciclo de cortes de juros, e a provável aprovação de uma nova âncora fiscal minimamente crível reduz o risco de crescimento descontrolado da dívida pública brasileira.
Nos últimos meses, houve uma queda importante nas expectativas de inflação no país. Os economistas esperam uma deflação para o IGPM deste ano e uma queda rápida nas estimativas do IPCA para os próximos meses. Com a queda recente da gasolina, a apreciação do real e a queda nos preços dos alimentos, espera-se que o IPCA em junho seja próximo a zero ou até mesmo negativo.
Diante desse cenário, o mercado precifica o início do ciclo de corte de juros em agosto, levando os juros para abaixo de 10% no final de 2024. No entanto, é importante analisar como os juros impactam as ações e as empresas. O aumento dos juros afeta os múltiplos das empresas e as taxas de desconto utilizadas em modelos de avaliação, reduzindo o valor presente dos ativos.
Para as empresas, o impacto se reflete no custo da dívida, uma vez que a maior parte da dívida das empresas brasileiras é indexada à taxa SELIC. O aumento dos juros eleva as despesas financeiras das empresas, reduzindo seus lucros. Além disso, juros mais altos aumentam o custo de investimento em novos projetos ou expansão dos negócios, o que pode levar as empresas a adiar ou reduzir seus planos de investimento, limitando seu crescimento. Também pode haver uma redução no consumo, já que os consumidores têm menos acesso a crédito e enfrentam custos mais altos de financiamento.
Portanto, embora as ações possam já precificar a queda de juros, os efeitos nos múltiplos das empresas, no custo da dívida e nos planos de investimento e consumo devem ser considerados ao avaliar o impacto das mudanças na taxa de juros no mercado acionário.
Embora as curvas de juros futuras indiquem uma possível queda da taxa SELIC para abaixo de 10% no final de 2024, acredita-se que as ações ainda não precificam completamente essa redução. Modelos indicam que o mercado de ações no Brasil reflete algo próximo a 12%, enquanto o mercado de juros já antecipa uma SELIC abaixo de 10%.
Um modelo que considera o valor de mercado das empresas brasileiras em relação à base monetária nacional, os múltiplos de lucro de algumas empresas domésticas e a relação entre ações de alto e baixo valor de mercado sugere que os múltiplos das empresas ainda têm espaço para subir, especialmente as Small Caps.
Em maio, o mercado apresentou alta volatilidade, com dados econômicos mais fortes nos Estados Unidos e desaceleração na China, resultando em queda nos preços das commodities. No entanto, os ativos brasileiros tiveram desempenho positivo devido à expectativa de aprovação de um arcabouço fiscal mais restritivo.
À medida que nos aproximamos do final do ciclo de aperto de juros nos Estados Unidos e do início do ciclo de cortes no Brasil, há um aumento do risco nos fundos. Os portfólios são mantidos balanceados, com posições em ações, juros, moedas e commodities, e com proteções, principalmente contra uma desaceleração mais acentuada da economia americana.
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Exploritas
A estratégia adotada mantém uma visão cautelosa de curto prazo devido a incertezas na política fiscal do governo Lula e possíveis aumentos na carga tributária. As posições em juros estão sendo reduzidas, com foco em proteções na inclinação da curva, enquanto a preocupação com os juros longos pós-ciclo de cortes permanece. Além disso, há uma desconfiança em relação à exuberância da bolsa americana e aos riscos macroeconômicos não resolvidos, como a inflação. A estratégia busca aumentar as proteções da carteira, encurtar posições em juros, adotar uma abordagem seletiva em setores específicos da bolsa brasileira e permanecer atento ao cenário fiscal e internacional. A análise também destaca o risco de aumento da taxação sobre empresas locais e a qualidade da gestão das estatais sob o governo Lula.
O desempenho do fundo no mês foi negativo, com uma queda de -1,27%. O destaque negativo foi o book de ações, que teve perdas de 370 pontos base (bps) durante o período. Nas posições compradas, houve ganhos de 503 bps, enquanto nas posições vendidas houve perdas de 873 bps. Na parte macro, o fundo obteve ganhos de 152 bps, sendo 114 bps provenientes de juros na parte curta da curva e 38 bps relacionados ao câmbio. Nas posições de bonds, foram registrados ganhos de 61 bps, com 86 bps positivos vindos de bonds argentinos e 25 bps negativos vindos de bonds brasileiros.
No mês de junho, realizamos ajustes na estratégia, trocando parte da posição vendida em ações por puts para limitar possíveis perdas. Adicionamos posições compradas em bancos do Peru e no setor de aviação via Copa Airlines do Panamá. Encerramos a posição comprada em ações na Argentina devido aos desafios econômicos. Na parte de juros, estabelecemos posição comprada em inflação implícita e aproveitamos operações de curto prazo nos juros curtos. Mantemos cautela devido aos riscos na política e economia.
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Legacy Capital
A Carta Mensal de Junho de 2023 da Legacy Capital apresenta uma visão geral da economia dos EUA, que tem mostrado resiliência apesar de alguns sinais de desaceleração no mercado de trabalho. Os setores mais cíclicos, como veículos e propriedades residenciais, seguem mostrando força, a despeito do aperto das condições de crédito à compra destes bens. A inflação (core PCE) deverá registrar desaceleração nas próximas divulgações.
O documento também apresenta um panorama dos mercados em junho de 2023, destacando o crescimento das economias desenvolvidas e emergentes. As bolsas e moedas seguiram se apreciando, e as curvas de juros das economias centrais abriram. No Brasil e em outras economias emergentes, como México e Chile, os juros seguiram caindo, como reflexo da aproximação do corte de juros nestes países. O desempenho do fundo em relação ao CDI no mês de junho foi positivo, com as posições em juros locais e externos sendo as principais responsáveis pelo resultado.
A Legacy Capital apresenta uma análise do cenário econômico brasileiro, que segue positivo, com indicações de alta frequência sugerindo que a economia seguiu em expansão ao longo do 2T 23. A dinâmica do mercado de trabalho segue favorável, com a taxa de desemprego permanecendo próxima a seus níveis mínimos. A inflação vem mostrando melhora mais consistente, em especial nas componentes de bens industriais e alimentação, tendo em vista a normalização das cadeias globais, a apreciação cambial, a queda nos preços de commodities e os elevados juros reais. As projeções de inflação são de 4,7% em 2023 e de 3,8% em 2024.
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Alaska Asset
Em junho, a economia global apresentou uma divergência entre o setor de Manufaturas estagnado e o setor de Serviços resiliente, tanto em economias desenvolvidas quanto emergentes. A inflação refletiu essa tendência, com desaceleração nos preços de bens e discreta melhoria nos preços de serviços. Outro destaque foi a diferença nos ciclos de aperto monetário entre economias emergentes, que estão próximas de iniciar uma política de relaxamento monetário, e economias desenvolvidas, que ainda elevaram suas taxas de juros.
Na China, os indicadores de atividade continuaram desapontando, levando o Banco Central a reduzir as taxas de juros de forma considerada insuficiente para reverter a desaceleração.
No Brasil, os indicadores de atividade mostraram crescimento contínuo, embora em ritmo mais lento, e houve melhorias nos indicadores de inflação. O Banco Central do Brasil sinalizou a disposição de iniciar o ciclo de cortes de juros na próxima reunião em agosto. Além disso, foram discutidos o novo Arcabouço Fiscal no Senado e a proposta de Reforma Tributária na agenda legislativa do país.
Mantemos uma visão neutra positiva em relação ao Brasil, especialmente em termos de desempenho de curto a médio prazo. Nossa estratégia inclui um nível mínimo de caixa, com posições acima do nível estrutural nas partes curta e intermediária da curva de juros nominal, assim como na parte intermediária da curva de juros real. Acreditamos que o Banco Central iniciará um ciclo de redução da taxa Selic em agosto, após a diminuição da inflação, redução de riscos fiscais e definição de metas de inflação pelo CMN, o que melhora as expectativas de longo prazo. Além disso, mantemos posições estruturais em crédito privado e levemente abaixo do estrutural em fundos multimercado e no mercado de ações local (por meio de uma combinação de índices Ibovespa e Small Caps). Dada a melhora do ambiente interno, preferimos alocar mais nos mercados de ações locais em relação aos internacionais.
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BlueLine Asset Management
O fundo Blue Alpha Feeder B FIC FIM teve um retorno de 6,54% em junho, impulsionado por ganhos diversificados em diversas estratégias, como juros, moedas e bolsas. O cenário global mostra uma redução dos riscos de cauda, com políticas monetárias ajustadas às expectativas de inflação pressionada nos países desenvolvidos e desinflação na América Latina. Nos EUA, a inflação continua resiliente, sustentando a postura hawkish do Federal Reserve. O Banco Central Europeu sinaliza novas altas de juros apesar da estagnação econômica, enquanto o Japão evita uma normalização precoce da política monetária.
No Brasil, as metas fiscais e de inflação estão definidas, mas o desafio é cumpri-las. O mercado reage positivamente, mas há preocupações de uma precificação excessiva da curva de juros. O cenário requer cautela, pois existem elementos que ainda não estão alinhados com cortes mais pronunciados na taxa Selic.
Atualmente, estamos alinhados com o cenário macro global, que indica crescimento resiliente nos EUA, desaceleração na Europa com preocupações inflacionárias, desafios de crescimento na China e Japão sem pressa para normalização monetária. No Brasil, os fundamentos permanecem positivos, apesar dos desafios fiscais e inflacionários. No entanto, devido ao avanço dos preços dos ativos, reduzimos e simplificamos o risco em nossa carteira. Mantemos posições nas curvas de juros americana e europeia, reduzimos as posições no mercado brasileiro e diminuímos o risco direcional em bolsas. No câmbio, privilegiamos moedas com bom carry e crescimento, com exposição limitada a movimentos globais do dólar.
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Norte Asset Management
Em junho, o Norte Long Bias registrou um retorno de 7,98%, superando o benchmark e o Ibovespa. A alta da bolsa brasileira impulsionou o desempenho do fundo, que acumulou um retorno de 9,25%, com contribuições significativas dos setores de crescimento doméstico, consumo discricionário, financials e commodities. O book macro também teve um desempenho consistente, com ganhos provenientes da taxa de juros local. A carteira de ações offshore teve um pequeno impacto negativo no mês, mas ainda contribuiu positivamente no semestre.
O Norte Long Only registrou um retorno de 9,48%, superando ligeiramente o benchmark. A valorização contínua da bolsa brasileira resultou em um retorno acumulado de 7,61% no primeiro semestre. O portfólio foi estrategicamente posicionado para aproveitar esse crescimento, com destaque para o setor de crescimento doméstico, consumo discricionário e financials. As posições em commodities, principalmente em petróleo, também contribuíram para o desempenho positivo. Além disso, a carteira de ações offshore teve um impacto positivo, com posições em empresas de luxo e tecnologia.
O Norte Institucional obteve um retorno de 9,03%, levemente acima do benchmark. Com a alta consistente da bolsa brasileira, o fundo acumulou um retorno de 7,61% no primeiro semestre. O portfólio foi estrategicamente posicionado para aproveitar esse crescimento, superando o índice com uma rentabilidade de 11,68%. O setor de crescimento doméstico, especialmente o consumo discricionário, foi responsável pelas principais contribuições. Além disso, o desempenho positivo foi impulsionado pelas posições em financials e commodities, principalmente em petróleo.
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Santander Asset Management
Em junho, os mercados acionários internacionais continuaram em trajetória positiva, com ganhos nos índices de ações. No entanto, as curvas de juros dos EUA tiveram alta devido às sinalizações do Federal Reserve sobre possíveis incrementos nos juros. O dólar americano enfraqueceu durante o mês.
No Brasil, com uma evolução mais construtiva no cenário de inflação, os juros continuaram em queda e o Ibovespa encerrou o mês com ganhos. O Real também ganhou força em relação ao dólar.
Para a renda fixa doméstica, mantém-se uma visão neutra com viés positivo. A perspectiva é de que não ocorram cortes de juros neste ano, devido à persistência da inflação de serviços e à resiliência do mercado de trabalho. No cenário fiscal, houve uma diminuição da cautela, contribuindo para uma visão mais construtiva do cenário de inflação.
No crédito privado, a visão é neutra, observando-se uma redução no fluxo de resgates e uma queda nos spreads de crédito para papéis de melhor qualidade creditícia, embora os papéis com maior risco de crédito ainda estejam sob pressão.
Na Bolsa de Valores local, a visão é neutra com viés positivo. Internacionalmente, embora haja um curto prazo mais positivo, os fundamentos ainda apontam para um cenário desafiador, com juros elevados e expectativas de desaceleração da atividade econômica. No cenário local, a queda dos juros e o aumento potencial de entradas na Bolsa podem favorecer a valorização. A preocupação com o impacto das medidas fiscais tem diminuído, mas as discussões em curso podem afetar a renda variável doméstica.
Em relação ao câmbio, a visão é neutra. O diferencial de juros entre o Brasil e os EUA continua relevante e tende a favorecer o Real frente ao dólar. No entanto, a queda dos juros pode exercer pressões negativas devido à diminuição do diferencial nos próximos meses.
Permanece a visão de um cenário internacional desafiador, onde a inflação nas principais economias desenvolvidas ainda se mantém elevada e acima das metas estabelecidas. O processo de desinflação está ocorrendo, porém em um ritmo mais lento, com expectativa de convergência para níveis próximos das metas apenas no final de 2024. O mercado de trabalho apertado representa um risco para a desinflação projetada, podendo resultar em um movimento ainda mais gradual.
A elevação dos juros continua em curso, com o Fed indicando a possibilidade de ajustes adicionais nos EUA e o ECB sugerindo taxas mais altas na Zona do Euro, próximo de 4,0%. A redução dos juros ainda neste ano é pouco provável, com o debate sobre essa questão adiado para 2024. Essa política monetária restritiva terá efeitos sobre as condições financeiras. Embora os principais Bancos Centrais estejam próximos do estágio final do ciclo, o impacto nas taxas finais será limitado em relação às projeções atuais.
O PIB global deve desacelerar nos próximos trimestres devido à política monetária contracionista, com os EUA desacelerando mais intensamente e a Zona do Euro mantendo um ritmo fraco de atividade. Além disso, a economia chinesa está passando por um desaquecimento mais pronunciado do que o previsto, após um primeiro trimestre forte devido à reabertura pós-pandemia.
O cenário de inflação no Brasil tem evoluído de forma mais favorável recentemente, com uma desaceleração do IPCA que parece mais rápida do que o esperado. Embora o núcleo da inflação ainda esteja em um patamar elevado e acima da meta, alguns fatores condicionantes, como a taxa de câmbio e as commodities, estão apresentando uma trajetória mais benigna. As projeções de inflação para 2023 e 2024 também têm recuado, com o consenso apontando para uma taxa de 5,0% em 2023 e em torno de 4,0% em 2024. Além disso, as expectativas para o horizonte mais longo também caíram, com previsões de 3,60% para 2025 e 3,50% para 2026 e 2027.
Nesse contexto, na reunião de junho, o Copom optou por manter a taxa Selic estável em 13,75% e trouxe uma comunicação mais branda, indicando o início do ciclo de afrouxamento monetário a partir da reunião de agosto, de forma parcimoniosa. A evolução do cenário de inflação e a proximidade do ciclo de afrouxamento monetário contribuíram para uma percepção mais positiva da conjuntura local. O novo arcabouço fiscal também tem sido uma informação importante nessa direção, embora seja necessário acompanhar o andamento das medidas para aumento das receitas do governo, que são fundamentais para o sucesso do arcabouço.
Clique aqui para ler a carta da Santander AM na íntegra
Genoa Capital
No cenário global, a desaceleração econômica continua gradualmente, com o consumo de bens e itens relacionados ao crédito sofrendo uma recessão moderada, enquanto o setor de serviços se mantém resiliente, evitando uma desaceleração mais acentuada. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve sinalizou a possibilidade de mais uma ou duas altas de juros nos próximos meses, mas os indicadores econômicos mostram sinais mistos. Embora haja sinais de esfriamento da atividade, como pedidos de auxílio-desemprego e horas trabalhadas, as contratações líquidas continuam fortes e a oferta de vagas permanece elevada. O setor imobiliário também mostra sinais de recuperação. Portanto, é necessário que a criação de empregos diminua consideravelmente para que uma desaceleração mais ampla da economia ocorra.
No Brasil, o mês trouxe eventos importantes. Três choques têm impactado a inflação: o primeiro é global, relacionado à recessão do consumo de bens, que resultou em queda nos preços das commodities e dos bens industriais em geral; o segundo é a safra agrícola doméstica, que está pressionando para baixo os preços dos alimentos e a taxa de câmbio, intensificando o efeito desinflacionário do primeiro choque; e o terceiro é um choque positivo de credibilidade no regime de metas de inflação, com a decisão do Conselho Monetário Nacional de manter os parâmetros do sistema inalterados. Esses choques estão reduzindo a inflação atual e esperada, e a projeção do Banco Central para a inflação deve chegar a 3% em seu horizonte relevante. Isso deve permitir o início do ciclo de cortes de juros em agosto, com uma redução de 0,50%.
Os dados de atividade econômica no Brasil apontam para uma economia estagnada nos próximos meses, após um primeiro trimestre forte na produção agrícola. A produção industrial está estável, mas com acúmulo de estoques, o crédito continua em retração e o consumo de bens e serviços perdeu ímpeto recentemente. Apesar das baixas taxas de desemprego, as pressões salariais têm sido menores do que o esperado.
Em relação à política monetária, os agentes econômicos estão preocupados com três riscos: uma política fiscal e parafiscal mais expansionista, a possibilidade de alteração da meta de inflação e um menor comprometimento futuro em perseguir a meta. O novo arcabouço fiscal e a decisão do CMN ajudam a reduzir os riscos, mas a percepção de comprometimento futuro ainda é importante. Caso essa percepção melhore e as expectativas de inflação se estabilizem em torno dos 3% a longo prazo, é possível que seja discutida a aceleração do ritmo de cortes de juros.
A Genoa Capital mantém uma posição comprada no real brasileiro em relação ao dólar americano e moedas de países emergentes, sem apostas no cupom cambial. Estão aplicados nos juros nominais e reais do Brasil. Em relação ao câmbio e juros internacionais, estão comprados no dólar americano em relação ao euro e peso chileno, e comprados no dólar de Singapura em relação ao yuan chinês. Mantêm algumas posições táticas na inclinação dos juros nominais nos EUA, México, Chile e Colômbia. Na renda variável, estão comprados em ações no Brasil, principalmente em empresas locais dos setores de consumo, utilidades públicas, computação em nuvem e IA. Seguem vendidos nos setores de alimentos e bebidas e possuem proteções em índices globais.
Atribuição de Performance: As principais contribuições positivas para a rentabilidade no mês vieram das posições compradas no real, vendidas em inflação e compradas em renda variável no Brasil. Também obtiveram ganhos com as apostas nos juros nominais da Colômbia e México. Por outro lado, as apostas nos juros e moeda da África do Sul e Chile foram detratoras da performance.
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Versa Asset Management
Em junho, o mercado de ações teve um desempenho positivo, impulsionado pela redução dos juros no Brasil e pela percepção de menor intervenção governamental na Petrobras. O Ibovespa subiu 9%, com destaque para o aumento nas ações da Petrobras. No cenário internacional, o S&P 500 teve um aumento de 6,47%, impulsionado pelo desempenho das empresas de tecnologia. No entanto, é importante considerar que os dados de atividade econômica resilientes podem levar a um ciclo mais longo e intenso de aperto monetário, o que poderia afetar negativamente as ações de tecnologia. Além disso, o impacto do avanço da inteligência artificial no setor de tecnologia ainda não está claro.
No mês de junho, o fundo long-only Institucional FIA teve um crescimento de 14,0%. As principais ações que impulsionaram esse desempenho foram Guararapes, Neoenergia, BR Partners, Trisul e Banco do Brasil. A Neoenergia teve um aumento após não vencer nenhum lote em um leilão de transmissão de energia, o que foi considerado positivo, já que as propostas vencedoras do leilão apresentaram retornos menores do que a taxa de juros real de longo prazo.
As demais ações da carteira do fundo se beneficiaram da queda dos juros, que impacta positivamente empresas dos setores de consumo, imobiliário e financeiro. Essa tendência de queda de juros começou em abril, inicialmente como uma reação ao arcabouço fiscal, e agora é impulsionada por dados mais fracos de inflação.
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Sterna Capital
Em junho, vários bancos centrais adotaram uma postura mais hawkish em relação à inflação. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve optou por uma “pausa hawkish”, mantendo a taxa de juros inalterada, mas indicando a possibilidade de mais aumentos no futuro. A decisão do Fed gerou certa estranheza, mas reflete a necessidade de observar os efeitos do aperto monetário já realizado. Na Zona do Euro, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros e sinalizou novas elevações. No Brasil, o Copom manteve a taxa Selic estável, mas sinalizou um possível corte de juros na próxima reunião. O cenário global mostra uma postura cautelosa dos bancos centrais em relação à inflação, com ajustes nas taxas de juros sendo avaliados de acordo com os indicadores econômicos.
No comunicado do Copom, o Banco Central adotou um tom “hawkish” ao mencionar a possibilidade de retomada dos ciclos de elevação de juros em outras economias e a persistência das expectativas de inflação desancoradas. No entanto, a ata da reunião revelou divergências entre os membros do comitê, indicando a possibilidade de um corte de juros já em agosto, caso os próximos dados não surpreendam negativamente. O Relatório Trimestral de Inflação também mostrou uma projeção de inflação em torno da meta para 2025, e o anúncio do Conselho Monetário Nacional sobre a alteração do sistema de metas de inflação também teve impacto na condução da política monetária. A decisão de manter a meta de inflação de 3,0% com um intervalo de tolerância ajudará a convergência das expectativas e facilitará o início do ciclo de corte de juros.
No momento, os indicadores de atividade econômica não justificam um corte de juros imediato, com o setor de serviços e o mercado de trabalho apresentando desempenho favorável. A política fiscal expansionista tem impactado positivamente a atividade econômica, apesar do aperto nas condições de crédito. O debate fundamental é a magnitude do ciclo de afrouxamento monetário, com estimativas da taxa de juros real neutra da economia em torno de 4,5% a 5,5%. A visão sobre o arcabouço fiscal é de que, embora positivo, não garante a sustentabilidade da dívida pública. A reforma tributária é vista como uma iniciativa fundamental para aumentar o crescimento potencial da economia, mas há obstáculos e resistências que precisam ser superados. O otimismo político em relação à reforma tributária é crescente, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
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Kairós Capital
O Banco Central do Brasil iniciou um ciclo de aperto monetário antes da maioria dos bancos centrais globais e, após quase um ano com a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%, surge a expectativa de início do ciclo de afrouxamento monetário. Nesta análise, avaliaremos se as condições econômicas atuais são favoráveis para iniciar esse ciclo, qual seria sua velocidade e qual a taxa final esperada ao fim do processo. No contexto global, observamos uma normalização das cadeias produtivas, com os preços das matérias-primas voltando a níveis anteriores ao conflito entre Rússia e Ucrânia. O petróleo, gás, alumínio, níquel e cobre, assim como os fretes e outros insumos, tiveram suas cotações reduzidas em relação aos picos de 2021. Isso tem contribuído para a queda nos índices de inflação ao produtor, ajudando a conter os preços de bens ao redor do mundo. No entanto, o consumo tem se deslocado dos bens para os serviços à medida que as famílias retomam suas atividades pós-pandemia de COVID-19, e o mercado de trabalho continua aquecido. Esses fatores têm gerado pressão inflacionária nos serviços na maioria das economias, incluindo o Brasil. Diante desse cenário, a reação natural da maioria dos bancos centrais tem sido adotar políticas monetárias restritivas para garantir a convergência da inflação e de seus núcleos às metas estabelecidas dentro do horizonte de convergência determinado por cada país.
No contexto local, é necessário analisar alguns aspectos relevantes, como as contas fiscais do governo, a atividade econômica, o mercado de trabalho e a dinâmica da inflação, juntamente com as expectativas dos agentes econômicos.
Situação fiscal: Observa-se uma deterioração da situação fiscal brasileira em relação a 2022, devido aos maiores gastos autorizados pela PEC da Transição, aprovada após as eleições de 2022. Isso levará o país de um superávit primário de aproximadamente 0,5% do PIB para um déficit primário de cerca de 1% do PIB, conforme estimativas do Ministério da Fazenda. Essa ampliação dos gastos traz desafios adicionais para o Banco Central na busca pela convergência da inflação às metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. No entanto, a provável aprovação do Arcabouço Fiscal pelo Congresso Nacional reduziu os riscos de um rápido e intenso aumento do endividamento do governo. Embora não seja possível garantir a estabilização da relação dívida/PIB, espera-se que o ritmo de deterioração seja menor do que inicialmente temido pelos mercados.
Atividade econômica: A atividade econômica tem apresentado um forte crescimento no início de 2023, surpreendendo tanto o Banco Central quanto o mercado. Esse crescimento, impulsionado pelo setor agrícola, superou as expectativas. No entanto, preocupa o Banco Central o fato de que o mecanismo de transmissão da política monetária deveria estar levando a uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica. O Banco Central espera que, após o primeiro trimestre, os setores cíclicos passem por uma desaceleração mais pronunciada. Essa tese é compartilhada, pois é esperada uma desaceleração da atividade econômica, principalmente devido ao alto comprometimento da renda das famílias. Apesar disso, tem sido observado um crescimento real da massa salarial nos últimos meses, juntamente com os programas de benefícios do governo, o que tem contribuído para o bom desempenho da economia no primeiro trimestre.
O mercado de trabalho no Brasil continua se recuperando, com crescimento do emprego formal e uma taxa de desemprego relativamente baixa, embora a taxa de participação ainda esteja abaixo dos níveis pré-pandemia. Além disso, observa-se um aumento real nos salários, seja pelo aumento da renda nominal, seja pela desaceleração da inflação. O crescimento da massa salarial tem impulsionado o consumo das famílias. No entanto, o Banco Central do Brasil tem dúvidas em relação à desinflação futura devido a um mercado de trabalho considerado apertado para os padrões do país.
Com base nas condições discutidas, nas comunicações recentes do Banco Central e nas expectativas de inflação, espera-se que o Banco Central do Brasil esteja próximo de iniciar o ciclo de afrouxamento monetário, possivelmente na reunião de agosto. No entanto, é esperado que os cortes na taxa básica de juros sejam feitos com prudência e não sejam intensos ou rápidos, a fim de permitir uma avaliação contínua da conjuntura econômica. É importante destacar que o mercado já precifica uma queda de juros significativa ao longo dos próximos meses, mas o espaço adicional para cortes além do que já é esperado pode ser limitado, considerando a dinâmica inflacionária global e local, bem como a estimativa de uma taxa neutra mais alta pelo próprio Banco Central.
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Principal Claritas
O mês de junho foi marcado por resultados positivos nas principais bolsas globais, com ganhos no S&P 500 nos Estados Unidos e no Eurostoxx. No entanto, houve divergência nos fundamentos econômicos entre as regiões globais.
Nos Estados Unidos, a atividade econômica se mostrou resiliente, com dados indicando um crescimento robusto e uma inflação ainda elevada. Apesar de sinais de desinflação, o núcleo da inflação e a forte resiliência do mercado de trabalho são obstáculos para mudanças na política monetária praticada pelo Fed. A comunicação do Banco Central sinalizou a possibilidade de futuros aumentos nas taxas de juros.
Na Europa, o crescimento econômico mostrou sinais de desaceleração, com o PMI composto da Zona do Euro atingindo o nível mais baixo desde janeiro de 2023. Alguns países, como a Alemanha, enfrentaram uma recessão técnica. Apesar disso, as expectativas de crescimento positivo para a região em 2023 ainda persistem, e membros do Banco Central indicam continuidade do processo de aperto monetário.
Na China, o otimismo em relação à reabertura econômica perdeu força, com dados mostrando desaceleração na produção industrial e vendas no varejo. As projeções para o PIB de 2023 foram revisadas para baixo. A expectativa é que as autoridades chinesas adotem estímulos econômicos, mas ainda não há sinalizações concretas nesse sentido.
Apesar dos resultados positivos no mercado de ações, é importante manter a cautela devido ao estágio inicial do processo de desinflação global e aos riscos elevados, como a resiliência do mercado de trabalho e a desaceleração da economia chinesa. Alguns bancos centrais interromperam o aperto monetário, mas não indicam afrouxamento da política monetária. A economia chinesa e os preços das commodities também podem apresentar dificuldades caso a desaceleração persista sem medidas expansionistas das autoridades.
No Brasil, os ativos de risco tiveram um desempenho positivo em junho, impulsionados pelo cenário global favorável e por melhores notícias sobre inflação e crescimento. O Ibovespa subiu 9% no mês, com a entrada de investidores estrangeiros na bolsa.
No campo fiscal, o Senado concluiu a votação do novo arcabouço fiscal, porém com alterações em relação ao texto aprovado na Câmara. Apesar dessas mudanças enfraquecerem a regra ao propor exceções ao limite de despesas, a Câmara sinaliza que não acatará todas as alterações feitas. Assim, o arcabouço fiscal caminha para ser concluído sem mudanças significativas.
Além disso, o Congresso se prepara para votar a reforma tributária, apresentada com propostas de mudanças na tributação, como o IVA dual e a mudança na cobrança tributária. Apesar das críticas e possíveis ajustes no texto, há consenso de que a proposta pode ter uma tramitação mais fácil e destravar um dos temas mais complexos no Brasil.
No cenário macroeconômico, os indicadores confirmam a moderação do PIB nos próximos meses, mas ainda não há sinais de uma desaceleração abrupta da atividade. As condições financeiras melhoraram, os dados de confiança aceleraram e o mercado de trabalho se mantém robusto.
Em relação à inflação, o IPCA-15 de junho mostrou uma variação baixa, mas as categorias subjacentes ainda se mantêm acima do esperado. A decisão do Conselho Monetário Nacional de manter as metas de inflação em 3% e anunciar a meta para 2026 sem alterações trouxe alívio e permitiu uma redução nas expectativas de inflação.
Diante desse cenário, o Banco Central sinalizou a possibilidade de iniciar o processo de afrouxamento monetário na reunião de agosto, mas enfatizou a necessidade de cautela e parcimônia, indicando que o ritmo e o patamar final da taxa Selic serão dependentes da evolução da dinâmica inflacionária.
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Tag Investimentos
Em um mundo complexo e cheio de ruídos, é importante focar na simplicidade e separar o sinal do barulho. No cenário global, as economias desenvolvidas lidam com inflações de serviços elevadas e houve recentemente um aumento nas projeções das taxas terminais de juros de bancos centrais como o FED, ECB, BoE e Norges. Embora haja sinais de desaceleração nessas economias, o mercado de trabalho ainda mostra resiliência, com taxas de desemprego no seu nível mais baixo em décadas. Isso contribui para a persistência da inflação em mão de obra e serviços.
Setores da economia global, como o setor químico, indicam um possível período recessivo, com demanda anêmica e indicadores industriais e de crédito apontando na mesma direção. Os bancos centrais desenvolvidos estão ajustando gradualmente suas políticas monetárias, mas há o risco de um ajuste recessivo e desinflacionário que historicamente pode trazer acidentes. Enquanto isso, os ativos de risco nos mercados desenvolvidos têm prêmios baixos, exceto o mercado de commodities que reflete um cenário de retração. Os títulos soberanos indicam a continuação do aperto monetário.
No que se refere às alocações externas, a estratégia é manter uma postura negativa em relação às bolsas desenvolvidas, especialmente na Europa e China, que estão mais adiantadas no ciclo de retração. A posição em crédito é neutra, e há preferência por investimentos alternativos, como hedge funds, que oferecem diversificação em relação à direcionalidade do mercado. Além disso, é considerado sensato ter posições em títulos soberanos de países desenvolvidos, pois o ciclo de alta de juros parece estar chegando ao fim e esses ativos podem oferecer proteção em caso de recessão ou acidentes nos mercados.
Quanto ao Brasil, o país aproveitou a onda de simpatia em relação à América Latina e Leste Europeu no primeiro semestre. Com poucas opções atrativas entre os países emergentes, o México se destacou como líder em rentabilidade, recebendo realocações de capacidade produtiva da Ásia. O pragmatismo do Ministro Haddad e a manutenção das metas de inflação trouxeram mais confiança aos investidores, afastando o temor de uma situação semelhante à da Argentina. No entanto, o Brasil é um país altamente cíclico, dependente dos fluxos e humores externos, e enfrenta desafios estruturais, como a situação fiscal e o baixo crescimento. O desempenho dos mercados locais no segundo semestre dependerá fortemente do ambiente externo e da propensão ao risco. O Banco Central do Brasil sinaliza um corte de juros a partir de agosto, mas indica que a taxa terminal deste ciclo será maior do que no ciclo anterior, possivelmente em torno de 8% a 9%, devido à resiliência da economia e à atividade acima do esperado.
Diante do ciclo de corte de juros que se aproxima, os ativos pré-fixados são considerados caros. As posições em títulos públicos vinculados à inflação também estão neutras. No mercado de ações local, as métricas de relação preço-lucro podem estar inflacionadas por fatores externos, como a pandemia e os eventos econômicos de 2015. Portanto, a bolsa não parece nem barata nem cara quando esses pontos fora da curva são considerados. A estratégia é adotar uma visão mais neutra em ações e focar em gestores que possam gerar alfa por meio de seleção de papéis. Em relação ao real brasileiro, não se considera mais atrativo ter posições na moeda local. Em resumo, estamos em um período de fim de ciclo atípico, com assimetrias negativas nos ativos de risco. A boa notícia é que, com as atuais taxas de juros (nacionais e internacionais), é sensato adotar uma postura paciente e defensiva, mantendo uma alocação em caixa acima do normal para aproveitar futuras oportunidades.
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Bahia Asset
O documento apresenta uma análise do primeiro semestre de 2023, destacando as principais tendências e desafios enfrentados pelos mercados financeiros globais. No primeiro semestre de 2023, os mercados financeiros globais foram marcados por elevada volatilidade e incertezas sobre o futuro das principais economias.
A persistência da inflação em alguns países desenvolvidos tem sido um dos principais desafios enfrentados pelos bancos centrais, que buscam a convergência da inflação para suas metas. Apesar das incertezas econômicas, o mercado de trabalho tem se mantido resiliente, com a criação de novos empregos em diversos setores da economia. No entanto, o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis tem pressionado a inflação em alguns países, o que pode afetar o poder de compra das famílias e a atividade econômica.
O estresse financeiro envolvendo bancos nos Estados Unidos e na Europa tem gerado preocupações sobre as condições financeiras globais. No entanto, os bancos centrais têm adotado medidas para garantir a estabilidade financeira e evitar uma crise sistêmica. O documento também destaca que os mercados foram influenciados por diferentes narrativas ao longo do ano, com destaque para as boas performances de ativos com alto carrego ou ligados à temática de inteligência artificial.
O mês de junho reforça a determinação dos policymakers no combate à inflação, com dados recentes apontando para uma atividade ainda resiliente em diversos países desenvolvidos, especialmente no mercado de trabalho. Além disso, o documento menciona que há incertezas sobre o futuro próximo das principais economias, o que pode afetar os mercados financeiros globais. No entanto, o gestor destaca que a equipe de análise está atenta às tendências e desafios do mercado e que está trabalhando para identificar oportunidades de investimento em diferentes setores da economia.
No mês, os ganhos do fundo vieram de posições aplicadas de juros nominais, tomadas em juros reais e vendidas em inflação implícita no Brasil. As perdas vieram de posições aplicadas em países desenvolvidos, relativas à volatilidade e vendidas em risco. Seguimos com posições vendidas em risco e compradas em volatilidade. No mercado doméstico, mantemos posições aplicadas em inclinação de juro nominal e compradas em bolsa.
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Garde Asset
O cenário doméstico no Brasil apresenta um alinhamento favorável para a melhora das condições financeiras no país. O Banco Central reconhece a melhoria recente nos fatores que antes justificavam uma postura conservadora, como a desancoragem das expectativas e a inflação subjacente em níveis incompatíveis com a meta. A manutenção da meta de inflação em 3% pelo CMN fortaleceu a percepção de responsabilidade fiscal e contribuiu para a queda das expectativas de inflação. A expectativa é que o processo de reancoragem avance para mais perto de 3% nas próximas semanas. Além disso, as projeções indicam um viés baixista relevante para os núcleos de inflação e serviços, o que deverá ficar mais claro para a autoridade monetária. Espera-se que haja redução da Selic já na próxima reunião de agosto, com a possibilidade de cortes iniciais de 50bps e aceleração para 75bps nas reuniões seguintes. No entanto, há riscos advindos do cenário fiscal, com ceticismo em relação à capacidade de aumento da arrecadação e possíveis mudanças nas metas fiscais. Por outro lado, o setor externo, com uma balança comercial positiva decorrente da safra agrícola, continua sendo um fator positivo para a economia brasileira.
No mês de junho, a estratégia de renda fixa doméstica teve um desempenho positivo, especialmente nas posições de juros nominais e reais do meio da curva. Também houve destaque no book de bolsa, com posições compradas na bolsa americana, e na estratégia de volatilidade. Por outro lado, o book de moedas teve um impacto negativo devido a posições compradas no dólar em relação ao real, que foram reduzidas ao longo do mês. Para o próximo mês, as posições em juros no Japão e nos EUA e Nova Zelândia foram mantidas, assim como as posições compradas em CAD e vendidas em CNH e EUR nas moedas. No Brasil, as posições tomadas no cupom cambial e aplicadas na curva pré, bem como trades relativos na curva de juros reais, também foram mantidas.
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Atmosphere Capital
No mês de junho, a estratégia máster teve um retorno de +0,1%, líquido de efeitos cambiais, ficando abaixo do conjunto de hedge funds nos Estados Unidos. A volatilidade média foi de 4,1%, uma das menores desde a implementação da estratégia. Nos últimos 12 meses, a estratégia teve um retorno de 7,9%, superando o conjunto de hedge funds que teve um retorno acumulado de 1,3%. Os principais benchmarks de ações tiveram resultados distintos no mês, com ganhos variando entre 2,3% e 6,6%.
Em junho, o índice S&P500 apresentou menor volatilidade dos últimos doze meses, refletindo a convergência das expectativas em relação à trajetória da taxa de juros, uma perspectiva mais positiva para o impacto do aperto monetário na atividade econômica e uma inflação mais controlada. O desempenho positivo do índice foi impulsionado principalmente pelas ações de tecnologia, em continuidade ao movimento observado em maio, e pela reversão das performances negativas nos demais setores. Comparando o S&P500 com o S&P 500 Equal Weight, que distribui igualmente os pesos dos ativos, fica evidente a recuperação dos resultados negativos, com ambos os índices apresentando ganhos significativos em junho. A expectativa dos agentes de mercado é de uma interrupção temporária no ciclo de aperto monetário, com o retorno da atuação do Federal Reserve em setembro e novembro. A curva de juros de 10 anos do Tesouro americano teve oscilações ao longo do mês, fechando em 3,8%.
Durante o mês de junho, realizamos um rebalanceamento do nosso portfólio, mantendo fatores neutralizados e reduzindo posições em papéis individuais. A baixa volatilidade do mês teve um impacto mínimo em nosso resultado final, que foi marginalmente positivo. Nossas principais performances positivas vieram de posições vendidas em defensivos agrícolas e empresas de duração mais longa, enquanto nossas posições compradas em empresas ligadas à energia limpa e tecnologia militar tiveram desempenho negativo. Mantivemos uma posição neutra no setor de exploração e produção de petróleo, com retornos neutros no mês. Abaixo, destacamos as principais performances positivas e negativas em termos de posições individuais.
Ao longo do mês de junho, realizamos rebalanceamentos relevantes em nossa carteira. Inicialmente, aumentamos nossas exposições bruta e líquida, mas posteriormente, devido a dados de atividade econômica melhores do que o esperado e implicações potenciais para certas posições, optamos por reavaliar nossas exposições individuais e reduzir nossos hedges, resultando em uma redução tanto na exposição líquida quanto bruta. Fechamos o mês com uma exposição líquida de 16,4% e exposição bruta de 93,8%. Além disso, aumentamos ligeiramente nossa posição vendida em risco sistêmico.
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Opportunity Asset Management
Durante o mês de junho, houve uma combinação de diminuição das pressões inflacionárias e resiliência na atividade econômica a nível global. As economias avançadas estão em diferentes estágios do ciclo de aperto monetário, com alguns bancos centrais ainda em processo de elevação de taxas de juros, enquanto outros estão começando a pausar ou reduzir o ritmo de alta. O Banco Central Europeu (ECB) mostrou preocupação com a convergência da inflação para a meta de 2% e indicou uma alta adicional de juros em sua próxima reunião. O Federal Reserve (Fed) sinalizou pelo menos mais duas altas de juros, mesmo com setores sensíveis aos juros apresentando desaceleração. Nas economias emergentes, houve sinalizações concretas de cortes de juros pelo Chile e pelo Brasil, e há chances crescentes de cortes em outros países, como México, República Tcheca e Polônia.
Na China, medidas monetárias e fiscais estão sendo adotadas para impulsionar o crescimento. No Brasil, a taxa de juros está em um patamar restritivo, mas há sinais de desaceleração na demanda interna e uma perspectiva favorável para a convergência da inflação. Espera-se o início de cortes de juros na próxima reunião do Copom em agosto. A estratégia do fundo envolve posições aplicadas na parte curta da curva DI no mercado brasileiro e posições aplicadas em curvas de juros de países emergentes no mercado internacional, além de uma pequena posição comprada em bolsas internacionais, concentrada no setor de tecnologia.
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Reag Investimentos
A perspectiva econômica global continua marcada pelo aperto monetário nas economias avançadas, com o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu acelerando o ritmo de altas de juros. O Federal Reserve (Fed) confirmou uma pausa temporária, mas indicou que haverá altas adicionais no futuro. A atividade econômica tem se mantido resiliente, com sinais de reaceleração em alguns países. No Brasil, o crescimento econômico superou as expectativas no primeiro trimestre, impulsionado pelo setor agropecuário. As projeções para o PIB têm sido revisadas para cima, refletindo os impactos positivos das reformas econômicas implementadas nos últimos anos. O Banco Central brasileiro sinalizou a possibilidade de iniciar um ciclo de flexibilização monetária, com expectativa de um corte de 25 pontos-base na taxa Selic em agosto. A reforma tributária também avança, com a proposta de substituição de tributos indiretos por um imposto sobre valor adicionado (IVA) dual, visando um sistema tributário mais simples e eficiente. As perspectivas de aprovação da reforma são positivas.
No mês de junho, os mercados globais tiveram um desempenho positivo, com alta generalizada nas bolsas. O Banco Central dos Estados Unidos (Fed) pausou o ciclo de altas de juros, mas indicou a possibilidade de duas altas adicionais no futuro. O cenário global aponta para um “soft landing”, em que a inflação está diminuindo sem causar uma queda brusca na atividade econômica. No Brasil, houve melhorias no cenário local, como a aprovação do novo modelo de arcabouço fiscal e a perspectiva da votação da reforma tributária. A inflação mais baixa e a valorização do Real também contribuíram para um ambiente favorável. A curva de juros futura continua se fechando, impulsionada pela melhora fiscal e expectativas de queda na taxa Selic. Os índices de mercado no Brasil estão apresentando desempenho superior à variação do CDI no ano.
Clique aqui para ler a carta da Reag na íntegra
Sparta Fundos de Investimento
Em junho, o mercado de crédito privado teve um desempenho positivo, com uma tendência de fechamento dos spreads de crédito. Os gestores estão aproveitando as taxas atrativas e aumentando suas exposições nos fundos de crédito, equilibrando os fluxos de aplicação e resgate. As debêntures incentivadas também tiveram uma recuperação significativa, com fechamento de spreads e aumento de preços, oferecendo uma excelente oportunidade de investimento. O Sparta Debêntures Incentivadas reabriu seu principal feeder em abril e obteve os maiores retornos mensais da história nos meses seguintes. Agora, o fundo será reaberto novamente devido ao potencial de bons resultados. O Sparta Max, fundo de crédito para investidores qualificados, também teve seu principal feeder reaberto em junho. No mercado primário, houve um grande volume de ofertas em junho, com um total de R$ 15 bilhões avaliados e uma alocação de R$ 230 milhões em sete ofertas com ratings predominantemente entre AAA e AA. Espera-se que o mercado primário de crédito privado seja ainda mais promissor no segundo semestre, à medida que a Taxa Selic comece a cair e a demanda por crédito privado se recupere gradualmente.
A perspectiva mencionada na carta anterior continua válida, com a expectativa de retornos mais fortes no segundo semestre. Com o início do ciclo de redução da taxa Selic, é provável que os investidores assumam mais riscos e realoquem parte de suas posições defensivas para ativos de crédito corporativo e outros ativos de risco. Nos primeiros meses deste ano, aproveitamos as distorções do mercado de crédito para oxigenar nossas carteiras, adquirindo títulos de emissores conservadores com prêmios atrativos e duração mais longa. Esperamos recuperar o impacto sofrido pelos fundos e obter rentabilidade adicional. Para os investidores que já possuem posições em nossas estratégias, este ano deve trazer retornos próximos aos benchmarks (CDI ou IMA-B 5). Para os próximos 12 meses, nosso cenário base projeta o dobro do excesso de retorno em relação ao benchmark em cada produto.
Clique aqui para ler a carta da Sparta na íntegra
B.Side Investimentos
No primeiro semestre do ano, os mercados tiveram fortes ganhos tanto no Brasil quanto no exterior, mesmo com indicadores econômicos divergentes em alguns momentos. No cenário doméstico, as incertezas em relação à política econômica foram dissipadas com avanços no Arcabouço Fiscal e na perspectiva de corte de juros. A aprovação do Arcabouço Fiscal, embora ainda não finalizada, diminuiu o risco de uma trajetória explosiva da dívida, permitindo o encaminhamento de novas pautas, como a Reforma Tributária. Além disso, houve uma mudança de cenário na política monetária, com a meta de inflação mantida em 3% pelo CMN e a possibilidade de corte na taxa Selic. O mercado agora questiona a magnitude desse corte, dependendo do comportamento das expectativas e dos dados de inflação. No cenário externo, os EUA apresentaram sinais divergentes, com um PIB acima do potencial e recuperação do setor imobiliário, mas ainda com dúvidas sobre o ritmo de desaceleração da atividade manufatureira.
Na China, a reabertura da economia mostrou uma recuperação mais forte no setor de serviços do que na indústria, mas agora há preocupações sobre um enfraquecimento geral da economia, que pode exigir medidas de estímulo do governo.
Em junho, a Bolsa brasileira teve o melhor desempenho mensal desde dezembro de 2020, com o Ibovespa subindo 9%. O primeiro semestre também foi positivo, acumulando alta de 7,61%, o melhor resultado em 4 anos. O endereçamento do Arcabouço Fiscal, a atividade econômica resiliente, as expectativas de corte da taxa de juros e a manutenção da meta de inflação foram alguns dos fatores que contribuíram para o comportamento positivo do mercado. No cenário internacional, o destaque foi o índice Nasdaq, impulsionado pelo desempenho das big techs, como a Apple, que atingiu um valor de mercado acima de US$ 3 trilhões.
Em junho, houve um fechamento na curva de juros brasileira, impulsionado pela aprovação do Arcabouço Fiscal e pelas expectativas de corte de juros pelo Banco Central. O real também teve um bom desempenho frente ao dólar, com a moeda norte-americana caindo 5,59% no mês. O mercado passou a discutir o início do processo de corte de juros, com a mudança de sinalização do Banco Central e a percepção de reancoragem das expectativas. O fechamento da curva de juros foi observado tanto na ponta longa quanto na ponta curta, refletindo a aprovação do Arcabouço Fiscal e a expectativa de afrouxamento monetário a partir de agosto. A mudança da meta de ano-calendário para meta contínua aumentou a percepção de reancoragem das expectativas e a curva já precificava uma redução de 50 bps na taxa Selic.
O real teve um bom desempenho frente ao dólar, com a moeda norte-americana caindo 5,59%. Esse resultado foi impulsionado pela aprovação do Arcabouço Fiscal e pela reunião do Conselho Monetário Nacional. O real teve o melhor desempenho entre as moedas emergentes no mês. A discussão sobre o início do processo de corte de juros pelo Banco Central também contribuiu para o fechamento da curva de juros, tanto na ponta longa quanto na ponta curta. A mudança da meta de ano-calendário para meta contínua aumentou a percepção de reancoragem das expectativas e a curva já precificava uma redução de 50 bps na taxa Selic. No primeiro semestre, o dólar cedeu 9,29% frente ao real, a maior baixa desde 2016. O desempenho do real foi positivo em comparação com outras moedas latino-americanas, mas inferior aos pesos colombiano e mexicano.
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BV Asset
Em junho, os principais bancos centrais ao redor do mundo continuaram com o ajuste da política monetária. O Federal Reserve (FED) decidiu manter a taxa de juros no mesmo patamar, mas a maioria dos membros do comitê indicou a possibilidade de pelo menos mais duas elevações até o final do ano. O Banco Central Europeu (BCE) elevou as taxas de juros e sinalizou outra alta para a próxima reunião. Outros bancos centrais, como o Banco da Inglaterra e o da Noruega, também aumentaram suas taxas de juros.
No cenário doméstico, destaca-se a aprovação do arcabouço fiscal no Congresso, com apenas algumas alterações. O presidente da Câmara, Arthur Lira, está empenhado em deixar um legado com as discussões sobre a reforma tributária. O relator da proposta apresentou um substitutivo, que propõe a substituição de vários tributos por uma Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e um Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), além de um Imposto Seletivo sobre produtos prejudiciais à saúde ou meio ambiente. A transição para o novo modelo seria gradual.
Em relação à política monetária brasileira, o Copom manteve a taxa Selic em 13,75% a.a. A estratégia atual é baseada na cautela devido ao processo desinflacionário lento e expectativas de inflação ainda desancoradas. A linguagem prospectiva do Copom foi suavizada, indicando dependência da evolução da inflação, expectativas de inflação, projeções e balanço de riscos.
Em resumo, o cenário macroeconômico em junho foi marcado pelo ajuste da política monetária pelos bancos centrais globais, avanço na aprovação do arcabouço fiscal no Brasil e discussões sobre a reforma tributária. A política monetária local manteve a taxa Selic estável, com uma abordagem cautelosa diante da dinâmica inflacionária.
A ata do Copom revelou que a maioria dos membros estava inclinada a realizar um corte na taxa de juros já na próxima reunião, em agosto, devido à desinflação atual e o impacto nas expectativas. No entanto, outros membros ainda preferiam uma maior reancoragem das expectativas antes de iniciar o ciclo de afrouxamento monetário. Com essa sinalização, há uma possibilidade maior de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião, mas também existe a possibilidade de ação apenas na reunião seguinte, em setembro, caso as expectativas não estejam ancoradas nas metas. A manutenção da meta de inflação em 3% pelo CMN deve auxiliar nesse processo.
Em junho, o mercado de renda fixa registrou queda nos juros futuros e nas NTN-Bs. Esse movimento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo os dados de inflação abaixo das expectativas, que aumentaram as chances de flexibilização monetária pelo Banco Central ainda este ano. O comunicado do Copom, que indicou a possibilidade de um corte na taxa de juros, e a decisão de manter a meta de inflação em 3% pelo CMN também contribuíram para o fechamento da curva futura de juros. A parte longa da curva teve uma queda significativa, assim como as NTN-Bs e as inflações implícitas. Essa redução dos juros reflete um ambiente doméstico mais favorável, com maior clareza em relação à política fiscal, o que é importante para reancorar as expectativas inflacionárias. Diante desse cenário, a estratégia atual envolve posições em juros nominais na parte intermediária e longa da curva, bem como em juros reais de médio prazo.
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Meta Asset Management
Em junho, houve intensa discussão sobre a política monetária no Brasil. O Copom decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, conforme esperado pelo mercado. No entanto, os números começaram a indicar um ambiente favorável para o relaxamento monetário, com declínio nas projeções de IPCA e taxas Selic, além de aumento nas estimativas de crescimento do PIB.
O comunicado pós-reunião do Copom não indicava um corte de juros em agosto, mas a ata mostrou uma divisão no colegiado, com a maioria inclinada para um potencial afrouxamento monetário. A ata mencionou a desaceleração lenta da inflação de serviços e a necessidade de reancorar as expectativas.
Os indicadores de inflação, como o IPCA e o IPCA-15, apresentaram melhoras, com estabilidade nos números cheios e queda na média dos núcleos. Os índices de inflação ao atacado também apontaram para deflação. No entanto, o Banco Central elevou o juro real de equilíbrio em seus modelos, refletindo a dificuldade do Brasil em crescer sem inflação.
Os dados de atividade mostraram desaceleração em setores sensíveis ao ciclo, como produção industrial, vendas no varejo e setor de serviços. A economia mostrou fraqueza, com destaque positivo apenas para o setor agrícola.
O Relatório de Inflação do segundo trimestre indicou chances de estouro da meta de inflação para 2023 e 2024. Ainda assim, acredita-se que o IPCA de 2023 possa ficar abaixo do teto da meta. O CMN decidiu manter as metas de inflação de 2024 e 2025 em 3,0% ao ano, o que acalma as expectativas de inflação.
Em resumo, junho foi marcado pela discussão sobre a política monetária no Brasil, com sinais de um ambiente favorável ao relaxamento monetário devido a melhorias nos indicadores de inflação e desaceleração da atividade econômica em setores sensíveis ao ciclo.
Em junho, o Banco Central do Brasil manteve a taxa Selic em 13,75% a.a., como amplamente esperado. No entanto, houve sinais de um possível afrouxamento monetário no futuro devido a números favoráveis no Boletim Focus, que mostraram redução nas projeções de inflação e aumento nas estimativas do PIB. A comunicação do Copom foi considerada confusa, com o comunicado pós-reunião sugerindo uma estratégia de manutenção dos juros por um período prolongado, mas a ata revelando divergências internas e a possibilidade de afrouxamento monetário.
No cenário internacional, o Federal Reserve interrompeu temporariamente o aumento das taxas de juros, mas indicou planos de retomar as altas em breve. A inflação nos Estados Unidos permaneceu uma preocupação, com o CPI e o PPI apresentando números em linha com as expectativas. O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros e planeja aumentá-las novamente em julho, enquanto o Banco da Inglaterra acelerou o incremento da taxa básica.
Enquanto os países desenvolvidos enfrentam desaceleração da atividade econômica devido ao aperto monetário, a China adotou uma abordagem oposta e cortou as taxas de juros. Com o crescimento projetado mais fraco nos países desenvolvidos, a China continua sendo um diferencial positivo para a economia global em 2023.
Apesar desses cenários, a bolsa brasileira apresenta atratividade devido a múltiplos fatores. O valuation é considerado atrativo em comparação com outros mercados emergentes e históricos. A bolsa brasileira tem ganhado espaço nas carteiras de investidores, principalmente em relação à Rússia e à Turquia. Os preços das commodities, mesmo que possam cair, ainda estão em níveis elevados. O crescimento econômico no Brasil está retornando, em patamares favoráveis para o país. Além disso, os juros atingiram o teto e há expectativa de uma possível queda, o que pode impulsionar investimentos na bolsa. A Reforma Tributária também está em andamento no Congresso, o que adiciona otimismo aos investidores.
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Daycoval Asset Management
No cenário macroeconômico global em junho, a inflação apresentou arrefecimento em algumas regiões, principalmente no índice de preços ao produtor. No entanto, a inflação ao consumidor ainda se mantém alta, com alguns componentes mais resilientes. Os bancos centrais continuam adotando políticas monetárias contracionistas para desacelerar a atividade econômica e controlar a inflação persistente.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve sinalizou que o aperto monetário deve continuar, com pelo menos mais duas altas na taxa de juros, e possíveis cortes apenas em meados de 2024. Na zona do euro, o Banco Central Europeu elevou as taxas de juros e indicou a possibilidade de mais altas no futuro.
Na China, a inflação em baixa e a decepção com a atividade econômica levaram a um novo estímulo monetário, com redução de taxas de juros. Isso resultou em uma depreciação da moeda chinesa, visando impulsionar a competitividade da economia e elevar a inflação.
No Brasil, o destaque foi a sinalização do Banco Central de que a taxa Selic será reduzida em agosto, com base no bom comportamento da inflação corrente e das expectativas. A inflação corrente mostra sinais de controle, especialmente nos preços de alimentos e bens industriais. Com expectativas mais ancoradas, espera-se que a taxa Selic seja reduzida ao longo do ano, atingindo 12% no final de 2023 e 9% no final de 2024. A apreciação do câmbio também pode influenciar a trajetória da taxa Selic.
O Daycoval Multifunds teve um rendimento positivo de +1,06% no mês, acumulando retorno de +3,58% no ano. No cenário internacional, a discussão gira em torno do momento do fim do ciclo de aperto monetário, com dados de inflação e atividade econômica ainda resilientes. Nos EUA, apesar da manutenção da taxa de juros, novas altas não foram descartadas pelos membros do Fed.
No Brasil, o cenário é favorável para ativos de risco devido à expectativa de queda dos juros nas próximas reuniões do Copom. Fatores como o arcabouço fiscal, a surpresa positiva da atividade econômica, especialmente no setor agrícola, e a manutenção da meta de inflação pelo CMN contribuíram para revisões para baixo das expectativas de inflação.
No portfólio do Daycoval Multifunds, os fundos macro tiveram contribuições dispersas, com destaque positivo para o fundo Vista Hedge e o fundo Ibiúna Hedge STH, enquanto a estratégia macro do SPX Nimitz teve desvalorização. Na classe de fundos Long&Short, o fundo Ibiúna Long&Short STLS teve bom desempenho, e o fundo Solana Long&Short teve retorno abaixo do CDI, levando ao resgate total deste último fundo. Na classe de fundos quantitativos, o fundo Daemon Nous Global registrou retorno positivo. Não houve movimentações nessa classe.
Foram realizados resgates para rebalancear o portfólio e aumentar a concentração nos fundos com melhor desempenho. O pedido de resgate do Safra Galileo foi liquidado e uma nova posição foi aberta no fundo Legacy Capital FIC FIM.
Clique aqui para ler a carta da Daycoval na íntegra
Giant Capital
No mês de junho, ocorreu uma notável melhora na confiança dos agentes econômicos em relação ao cenário brasileiro. A revisão positiva da perspectiva do S&P para o país é um claro sinal dessa melhora, indicando que a atual política fiscal e a equipe econômica estão gradualmente ganhando aceitação no mercado.
Em relação à política monetária, as melhorias nas expectativas de longo prazo permitiram ao Banco Central adotar um tom mais dovish em seus discursos. Isso levou ao fechamento da curva de juros ao longo do mês e contribuiu para a valorização do mercado de ações. Além disso, o COPOM sinalizou um possível corte de juros em agosto e revisou para baixo as projeções de inflação para 2024.
No campo das reformas, o Arcabouço Fiscal foi aprovado pelo Senado Federal e deverá retornar à Câmara dos Deputados para a última votação em julho. A Reforma Tributária também está avançando, apesar dos desafios, e possui um enorme potencial para fortalecer a produtividade brasileira.
No cenário internacional, embora a perspectiva de desaceleração no segundo semestre ainda esteja presente, os dados de atividade econômica nos Estados Unidos mostram resiliência. Isso levou o FOMC a adotar uma postura mais rígida, com a previsão de duas altas adicionais das taxas de juros até o final do ano. Discursos “hawkish” do presidente e outros membros do Fed reforçaram a continuidade do ciclo de aperto monetário.
Esses movimentos de mercado convergem para uma maior clareza em relação ao sentimento e direção tanto do mercado local quanto global. Essa perspectiva é favorável para o fundo Zarathustra, que busca aproveitar fortes movimentações de mercado. Em junho, o fundo teve um desempenho excepcional, com um retorno de 5,57% (519% do CDI), impulsionado por posições estratégicas em juros locais, câmbio e bolsa brasileira.
Embora seja importante reconhecer que a duração e intensidade desses períodos de tendência não podem ser previstas com precisão absoluta, o desafio está em aproveitar eficientemente esses momentos, maximizando ganhos e minimizando perdas. O Zarathustra obteve sucesso nesse desafio no último mês, demonstrando sua capacidade de se adaptar e aproveitar as oportunidades de mercado.
Clique aqui para ler a carta da Giant na íntegra
Armor Capital
No cenário externo, a reunião do FOMC nos Estados Unidos resultou na manutenção da taxa básica de juros, como era amplamente esperado. No entanto, as projeções divulgadas mostraram a perspectiva de duas altas adicionais nas taxas futuras, levando a uma taxa terminal de 5,75%. O Federal Reserve destacou sua disposição em trazer a inflação de volta para a meta de 2%. Apesar disso, já são observados sinais de desaceleração na atividade econômica e há melhorias em alguns indicadores de inflação. Essa postura mais combativa do Fed pode ser explicada pela busca por estabilidade e pelo viés cognitivo da ancoragem. No cenário doméstico, a ata do Copom indicou de forma mais clara a possibilidade de redução da taxa Selic em agosto, considerando a continuidade do processo de desinflação e o impacto nas expectativas. O Comitê mencionou a construção da confiança necessária para iniciar um processo de redução da taxa de forma parcimoniosa.
O Copom apresentou uma avaliação mais positiva do cenário fiscal, afirmando que o arcabouço fiscal reduziu a incerteza. A manutenção da meta de inflação em 3% pelo CMN também contribui para as expectativas de inflação descendentes. A perspectiva do Brasil foi revisada para positiva pela S&P, devido ao novo arcabouço fiscal e ao crescimento econômico. Projetamos taxas de câmbio mais baixas e revisamos as previsões de IPCA para 2023 e 2024. O PIB brasileiro superou as expectativas, impulsionado pelo desempenho da agricultura. Revisamos nossa previsão de crescimento do PIB para 2023 e estimamos que a Selic chegará a 11,25% no final de 2023 e a 8,75% no final de 2024.
No mês de junho, as bolsas internacionais tiveram um desempenho positivo, apesar do aumento das taxas de juros nos EUA. O mercado doméstico registrou uma queda nas taxas de juros, impulsionada pelas expectativas de corte de juros e revisão das perspectivas de inflação. O índice Bovespa teve um aumento de 9% e o real se valorizou frente ao dólar. As posições compradas em bolsa e em real, assim como as posições aplicadas em juros reais, contribuíram para o desempenho positivo do mês.
Clique aqui para ler a carta da Armor na íntegra
V8 Capital
Em junho, a economia americana teve um mês menos turbulento após a aprovação dos ajustes do teto da dívida pelo presidente Biden. Isso trouxe alívio ao mercado, que enfrentava um cenário de aperto monetário, inflação persistente e incerteza global em relação a uma possível recessão nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros entre 5% e 5,25% ao ano, indicando que a escalada do aperto monetário pode não ter terminado devido à persistência da inflação e à baixa taxa de desemprego. O mercado passou a precificar mais dois aumentos de 25 pontos-base na taxa ainda em 2023. Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) adotou uma postura mais hawkish, aumentando a taxa de juros em 25 pontos-base, chegando a 4% ao ano. A presidente do BCE reafirmou a tendência de alta dos juros, citando a presença de uma inflação elevada de 6,1% ao ano, longe da meta de 2%, e a desaceleração do PIB para 1% (YoY) em relação ao mês anterior. Além disso, o Reino Unido aumentou sua taxa de juros em 50 pontos-base, chegando a 4,5% ao ano, impulsionado por uma inflação core elevada de 7,1% ao ano.
No cenário doméstico, o primeiro semestre foi marcado pelos efeitos das medidas de aperto monetário do Banco Central, que contribuíram para a desaceleração dos índices de preço. O PIB anual e trimestral apresentaram um crescimento forte, impulsionado pelo setor do agronegócio. O IGP-M registrou um movimento consecutivo de deflação, com queda nos preços dos combustíveis e commodities agrícolas. O IPA também desacelerou, indicando que a inflação continuará em queda. O aperto monetário eficaz do Banco Central resultou em uma inflação anualizada de 3,4% na primeira quinzena de junho, em comparação com 4,07% no mês anterior. Essa redução da inflação sinaliza a possibilidade de cortes de juros, pois a economia está esgotada com as altas taxas. O COPOM manteve a taxa de juros em 13,75% ao ano em sua reunião de junho, destacando a preocupação com os níveis de inflação. O CMN também manteve a meta e as bandas da inflação, trazendo maior estabilidade e credibilidade ao mercado. Além disso, foi decidido que a meta de inflação será contínua a partir de 2026, desvinculando-a do ano calendário e visando a média da inflação em uma janela de 18 a 24 meses.
No mercado de títulos públicos, o mês de junho foi marcado por volatilidades e um movimento de fechamento de taxas nos vértices mais longos. Os títulos mais curtos se mantiveram estáveis devido à baixa absorção do mercado, que antecipa um cenário de corte de juros no segundo semestre. Houve uma forte absorção de produtos pré-fixados, como LTN e NTN-F, com todas as ofertas sendo contempladas pelo mercado, indicando a expectativa de cortes de juros e maior estabilidade na política monetária. A LFT com vencimento em março/29 teve um retorno de 114,20% do CDI, gerando impacto positivo no caixa dos fundos.
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Warren Asset
Em junho, os ativos de risco no Brasil e nos Estados Unidos tiveram um desempenho positivo, enquanto o dólar se desvalorizou em relação a outras moedas. O Fed nos EUA optou por não elevar as taxas de juros, mas indicou que novos aumentos são esperados no futuro. No primeiro semestre, o S&P 500 teve uma alta de 15,9% e a Nasdaq registrou um impressionante aumento de 31,7%. O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros, enquanto a Inglaterra aumentou ainda mais os juros. Na China, a política monetária está sendo estimulativa devido aos sinais de enfraquecimento econômico. A economia global enfrenta desafios, com a possibilidade de uma desaceleração mais forte do que o previsto. No Brasil, a decisão sobre o corte da taxa Selic será tomada em agosto. O Copom manteve a taxa em 13,75%, mas indicou que uma possível redução dependerá de dados econômicos positivos. O IPCA-15 de junho teve uma alta de 0,04%, ligeiramente acima das expectativas. O Conselho Monetário Nacional manteve a meta de inflação em 3%. Em junho, o Ibovespa teve alta de 9% e o dólar desvalorizou 5,43%. No semestre, a bolsa teve uma alta de 7,61%.
Em julho, decidimos reduzir nossa posição nas taxas de juros prefixadas, passando de uma exposição de 5% para 2,5%. Essa estratégia visa aproveitar os benefícios da queda das taxas no mercado, mas acreditamos que já realizamos a maior parte dos lucros dessa estratégia, embora ainda haja potencial para ganhos adicionais. Mantivemos uma posição neutra na classe de multimercados, revisando a posição de cada fundo em nossos portfólios. Aumentamos ligeiramente nossa exposição à bolsa local devido aos dados econômicos recentes mais positivos e à alta probabilidade de início do ciclo de cortes da taxa Selic. No cenário internacional, mantemos uma posição dois pontos abaixo do neutro, devido às preocupações com a conjuntura econômica e os comunicados do Fed indicando juros altos por mais tempo para combater a inflação.
Clique aqui para ler a carta da Warren Asset na íntegra
Azimut Wealth Management
No cenário político e macroeconômico, em junho foi observado um contraste entre o setor de Manufaturas estagnado e o setor de Serviços resiliente, tanto nas economias desenvolvidas quanto nas emergentes. As economias emergentes estão próximas de iniciar uma política de relaxamento monetário, enquanto as economias desenvolvidas ainda estão elevando as taxas de juros. Na China, houve uma desaceleração significativa no crescimento do segundo trimestre. No Brasil, os indicadores de atividade continuaram a mostrar crescimento, embora em ritmo mais lento. O Comitê de Política Monetária (COPOM) indicou disposição para iniciar o ciclo de cortes de juros em agosto. No cenário internacional, espera-se um aumento nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) e pelo Banco Central Europeu (ECB).
No Brasil, o foco estará na evolução da inflação e na discussão da Reforma Tributária. A estratégia da Azimut Brasil é manter um viés neutro a positivo para o posicionamento no Brasil, com caixa mínimo, posições em juros e crédito privado, e alocações no mercado acionário local.
Em junho, os fundos multimercados tiveram um desempenho acima do CDI, com rentabilidade média de 1,51% em comparação com 1,07% do CDI. A volatilidade do índice de referência aumentou devido à maior utilização do orçamento de risco pelos gestores. Os retornos dos fundos variaram, com aqueles com retornos positivos adotando posições mais construtivas no mercado local, enquanto os com pior desempenho adotaram um viés menos construtivo. Os gestores percebem um cenário de desaceleração da atividade econômica nas economias desenvolvidas e uma melhora no ambiente local, levando a posições mais construtivas para o Brasil, especialmente nos mercados de juros e renda variável. As posições no mercado internacional são menores e mais incertas.
No primeiro semestre, o Real se valorizou significativamente em relação ao Dólar, com uma queda de 9,37% no câmbio à vista. Esse movimento foi impulsionado pela redução das turbulências políticas, aprovação do Arcabouço Fiscal, manutenção das metas de inflação e perspectiva de aprovação da Reforma Tributária. A queda da inflação e aspectos como o fluxo comercial positivo e a condição favorável do balanço de pagamentos também influenciaram o cenário cambial. Em um ambiente de menor volatilidade, o diferencial de juros também contribuiu para o desempenho da moeda.
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MGN Partners
No primeiro semestre de 2023, houve um desempenho excelente na maioria das classes de ativos, tanto no Brasil quanto no exterior. A recuperação econômica tem sido robusta, especialmente nos Estados Unidos. No entanto, a pressão inflacionária persistente representa um risco, levando o Fed a indicar uma política de taxas de juros elevadas por mais tempo. Apesar disso, houve um aumento na demanda por ativos de risco. No mercado internacional de ações, observa-se um otimismo excessivo, enquanto no mercado de renda fixa internacional há uma relação favorável risco/retorno para carteiras diversificadas. No Brasil, os indicadores de inflação são positivos, e há indícios de cortes de juros no curto prazo. Os fundamentos econômicos do país permanecem favoráveis, e o cenário internacional é positivo, o que tem atraído o capital estrangeiro e impulsionado a valorização do Real e a recuperação da bolsa de valores local.
No mês de junho, os mercados globais apresentaram desempenho positivo, com destaque para as ações americanas e japonesas. No entanto, a renda fixa, o ouro e o dólar tiveram um desempenho negativo. Os preços das ações nos Estados Unidos estão em níveis elevados, especialmente das MegaCaps, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade desses valores. A expectativa é de um crescimento modesto nos lucros das empresas em 2023. No mercado de renda fixa, houve um aumento das taxas de juros nos países desenvolvidos, mas os títulos de grau especulativo e emergentes apresentaram um desempenho positivo. Quanto aos juros americanos, espera-se mais um aumento em julho, seguido de uma pausa em setembro. O preço do petróleo teve uma alta significativa devido à instabilidade geopolítica na Rússia. No entanto, as energias renováveis e o mercado imobiliário enfrentam desafios no atual cenário de juros.
Clique aqui para ler a carta da MGN Partners na íntegra
Banco Fator
O mês foi marcado pelo foco na política monetária e seus impactos na arrecadação, gastos, resultado primário e dívida pública. Houve melhorias nos preços dos ativos brasileiros ao longo do semestre, impulsionadas pelo ambiente global e incertezas sobre a política monetária nos EUA. A inflação no euro e na China continuou desafiadora, enquanto a recuperação chinesa permaneceu mais fraca do que o esperado. No Brasil, avanços na área fiscal, política monetária contracionista e queda nos preços de produtos industrializados e commodities reduziram as projeções de inflação. Espera-se uma queda gradual na taxa Selic, encerrando o ano abaixo de 12% e caminhando para 8% em 2024.
O primeiro semestre de 2023 foi desafiador, com eventos únicos nos mercados e oportunidades de rentabilidade. O fundo Fator Macro teve um excelente retorno, aproveitando a euforia nos ativos de risco antes da decisão do Copom em junho. A decisão de manter a taxa Selic inalterada e o comunicado hawkish causaram surpresa e resultaram em desinclinação na curva de juros. O fundo apresentou um retorno satisfatório de 1,33% no mês, com volatilidade reduzida. Foram considerados fatores de risco como a possibilidade de recessão no mundo desenvolvido e as indefinições na política monetária brasileira.
O time de gestão do fundo está otimista em relação aos ativos de risco locais, especialmente com o início do ciclo de expansão monetária. Há boas oportunidades nos mercados de ações e juros. Em relação às moedas, acredita-se na valorização das moedas emergentes, como o real e o peso mexicano, em relação ao dólar. As posições em bolsas estrangeiras estão zeradas devido à falta de definições sobre a evolução da política monetária nos países desenvolvidos.
Clique aqui para ler a carta da Fator na íntegra
EQI Asset
No mês de junho, ocorreu uma rebelião interna na Rússia, destacando a importância dos fatores geopolíticos no cenário econômico e de mercado. Esse evento serviu como um aviso de que diversas questões geopolíticas estão em mudança no cenário global, como o descolamento entre Estados Unidos e China, o isolamento da Rússia em relação à Europa, a realocação das cadeias produtivas globais e disputas territoriais.
Nos países desenvolvidos, os bancos centrais continuam preocupados com a alta da inflação e a convergência lenta para as metas estabelecidas. O Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos indicou que pode ser necessário realizar mais duas altas nas taxas de juros nos próximos meses. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) elevou as taxas de juros e sinalizou que novos aumentos podem ocorrer. Outros bancos centrais, como Noruega, Canadá, Austrália e Reino Unido, também retomaram ou continuaram o aperto monetário.
No Brasil, houve uma comunicação recente do Banco Central indicando a proximidade do início do ciclo de cortes de juros. Espera-se uma redução de 25 pontos-base na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em agosto. A ata da reunião do Copom descreveu um ambiente favorável ao início do ciclo de flexibilização monetária, considerando a melhora recente da inflação, a redução das expectativas inflacionárias e menores riscos na política fiscal.
Além disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou a manutenção da meta de inflação em 3% para os próximos anos, alterando apenas o horizonte-objetivo de convergência. Essa decisão pode levar a novas quedas nas expectativas de inflação. Projeções indicam que o IPCA pode alcançar 5,3% ao final de 2023 e 4,1% em 2024.
Diante desse cenário, espera-se que a taxa Selic seja reduzida para 13,5% na próxima reunião do Copom em agosto, com cortes subsequentes, atingindo 11,75% até o final de 2023 e 9% em meados de 2024.
O fundo Atlas Macro teve um rendimento de 0,31% em junho, acumulando 16,78% nos últimos 12 meses. No mês, adotou-se uma postura mais defensiva devido ao debate sobre a meta de inflação no Brasil e a sinalização de aperto monetário nos países desenvolvidos. As posições no mercado local tiveram desempenho positivo, enquanto as posições vendidas no S&P e aplicadas nos juros americanos contribuíram negativamente. Acredita-se que a pandemia tenha alterado as dinâmicas dos mercados, prolongando prazos para a convergência de efeitos defasados. O fundo mantém posições vendidas na bolsa estrangeira e aplicadas em juros longos, refletindo o risco de queda na atividade americana. No mercado local, espera-se o início do ciclo de corte de juros em agosto. O portfólio inclui posições tomadas na inclinação e aplicadas na curva de juros, além de aumento na carteira de ações, incluindo o índice SMAL11.
Clique aqui para ler a carta da EQI na íntegra
XP Asset
No mês de junho, o fundo XP Macro FIM obteve uma rentabilidade de 1,55%, acumulando um retorno de 3,80% no ano, representando 59% do CDI. Nos últimos doze meses, o fundo registrou um ganho de 6,00%, correspondendo a 44% do CDI. Desde a criação do fundo, sua rentabilidade totaliza 147% do CDI.
No cenário global, os mercados foram impactados pela resiliência da economia dos Estados Unidos, que surpreendeu positivamente os investidores. O Federal Reserve (FED) teve que revisar suas projeções e antecipou aumentos adicionais nas taxas de juros para o restante do ano. Como resultado, houve uma expressiva alta nos juros americanos, principalmente nos prazos mais curtos da curva, e o diferencial entre as taxas de 2 e 10 anos atingiu níveis negativos em algumas ocasiões.
Apesar dos juros mais altos, os principais índices de ações, especialmente as ações de tecnologia, apresentaram um desempenho positivo. No entanto, houve uma dispersão significativa entre os setores. O fundo obteve ganhos com posições táticas no mercado de juros americanos, embora tenha tido algumas pequenas perdas em posições na bolsa americana.
No Brasil, o fundo registrou bons ganhos com posições compradas em ações, mas esses ganhos foram parcialmente compensados por perdas no mercado de juros e câmbio. Na América Latina, as posições foram positivas em uma estratégia de inclinação na curva de juros chilena e em posições vendidas em dólar contra o peso mexicano.
No cenário internacional, os dados divulgados em junho não indicaram uma desaceleração significativa da economia americana. Pelo contrário, o ritmo de criação de empregos se manteve forte, a inflação se mostrou resiliente, o setor varejista apresentou resultados positivos e o PIB do primeiro trimestre foi revisado para cima, indicando um consumo das famílias mais forte do que o esperado inicialmente. Esses fatores consolidaram a expectativa de novos aumentos nas taxas de juros nos Estados Unidos.
Na Europa, o Banco da Inglaterra acelerou o ritmo de aperto monetário em resposta à aceleração da inflação subjacente, ao mercado de trabalho aquecido e aos sinais mistos da atividade econômica. Já o Banco Central Europeu (BCE) manteve um discurso de ajuste monetário, apesar dos dados mais fracos da indústria, mas com a inflação subjacente resiliente e um mercado de trabalho estável.
Na América Latina, os países da região estão se preparando para iniciar um ciclo de corte nas taxas de juros. O Banco Central da Colômbia encerrou o último ciclo de alta, e o Banco Central do Chile sinalizou o início dos cortes em sua próxima reunião, com dois dos cinco diretores votando pelo início imediato do ciclo. A expectativa é de um ciclo de cortes de 750 pontos-base no Chile.
No Brasil, após a aprovação do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, houve uma forte compressão nos prêmios de risco dos ativos locais. A apreciação cambial subsequente e a manutenção da meta de inflação em 3% contribuíram para uma reancoragem das expectativas de médio e longo prazo. Com isso, o Banco Central do Brasil passou a sinalizar a possibilidade de iniciar cortes na taxa básica de juros, a Selic, a partir de agosto.
Diante desse cenário, o fundo apresenta um viés otimista para os ativos brasileiros, principalmente para a bolsa de valores, esperando uma reprecificação de múltiplos. O fundo também tem posições aplicadas na parte intermediária da curva de juros do Brasil e está atento à possibilidade de flexibilização monetária.
Clique aqui para ler a carta da XP na íntegra
Itaú BBA
Nos EUA, os dados econômicos continuam mostrando resiliência, com setores cíclicos se recuperando e geração de emprego robusta. O Fed surpreendeu o mercado ao sinalizar duas altas de juros adicionais, mas em um ritmo mais lento. A desaceleração da economia é evidenciada pela queda nas horas trabalhadas e indicadores de sentimento mais fracos. No México, a inflação continua recuando, o que pode levar o Banxico a iniciar um ciclo de cortes de juros. No Chile, o Banco Central manteve a taxa estável, mas há percepção de uma desaceleração mais forte da atividade. Na China, surgiram rumores de novos estímulos diante do desapontamento com o crescimento almejado, mas o governo prioriza a “nova economia”.
No mercado doméstico, foram resolvidos os principais temas em relação ao arcabouço fiscal e à meta de inflação. O Banco Central sinalizou um possível corte de juros na próxima reunião, o que é provável devido à expectativa de dois novos diretores e melhorias nas determinantes da inflação. O mercado precifica um corte maior do que o esperado. O book de renda variável contribuiu positivamente, beneficiando-se do fechamento da curva de juros e empresas com menor despesa financeira. Ainda há espaço para melhora gradual nos preços das ações, mas a assimetria reduziu.
Referente à posições, decidimos encerrar uma pequena posição que havíamos tomado na parte curta e aplicada na parte intermediária da curva de juros no mês anterior, Estamos sem posições relevantes em moedas. Continuamos com nossa posição nas inflações relativas aos EUA contra a Zona do Euro. No México, mantivemos nossa posição na parte intermediária da curva de juros. No Chile, temos uma posição na parte curta e aplicada na parte intermediária. Além disso, iniciamos uma pequena posição aplicada nos EUA. Seguimos comprados em uma carteira diversificada de bonds de empresas brasileiras, as principais alocações estão em empresas ligadas aos setores de oil & gas e a empresas sensíveis a juros não cíclicas. Mantemos uma posição vendida em petróleo, via opções, como hedge da posição comprada nas empresas de oil & gas.
Clique aqui para ler a carta do Itaú BBA na íntegra
ASA Investments
Em junho, o ASA Hedge teve um desempenho negativo de -0,08%, principalmente devido às perdas no book de ações (-0,49%). Houve também pequenas perdas nos books de moedas (-0,07%), juros (-0,01%) e volatilidade (-0,05%), compensadas pelo desempenho positivo do book de commodities (+0,13%).
A performance negativa do book de ações reflete uma mudança marginal na visão macroeconômica e, consequentemente, na exposição do fundo. O segmento internacional do livro teve uma perda de -2,17%, enquanto as alocações no mercado local registraram um ganho de 1,67%.
O fundo expressa preocupação com a dissonância entre a posição da economia global e os preços dos ativos. Esperava-se que as consequências dos estímulos monetários excessivos em 2020 e 2021 começassem a ser sentidas, levando a uma desaceleração da atividade e dos mercados de trabalho, visando uma convergência mais consistente e duradoura da inflação em direção às metas dos bancos centrais. No entanto, essa trajetória ainda não se concretizou, o que poderia resultar em um aumento adicional nas taxas de juros.
Os dados divulgados desde a posição de venda no S&P 500 não refutaram a hipótese do fundo. As revisões altistas da inflação nos Estados Unidos, o reinício do ciclo de aperto monetário por alguns bancos centrais e o adiamento do início de uma possível recessão indicam um ambiente de atividade econômica melhor. No entanto, a postura mais cautelosa do banco central americano afetou negativamente as alocações do fundo.
Apesar de ter perdido dinheiro com sua posição estrutural, o fundo não vê isso como um sinal de um novo ciclo de crescimento. Acredita-se que os riscos relacionados ao ciclo global e aos excessos ainda estão presentes, mas não está claro quais serão os gatilhos para que essa realidade se reflita nos preços. Como resultado, o fundo reduziu ainda mais a alocação vendida na bolsa americana, seguindo sua abordagem pró-cíclica de risco.
O fundo passou de uma exposição líquida vendida em ações para uma exposição líquida comprada, impulsionada pela mudança na percepção em relação ao ciclo monetário local, respaldada pelos preços dos ativos de renda fixa e pelas comunicações recentes da autoridade monetária. A expectativa é de uma taxa básica de juros consideravelmente mais baixa no final do ano, o que tem implicações importantes para os ativos locais.
Com base nessa percepção da mudança da realidade econômica local, o fundo voltou a ter uma alocação significativa em ativos de risco brasileiros. Acredita-se que, nos preços atuais, a melhor maneira de aproveitar o ciclo de queda de juros seja por meio da exposição a ativos de renda variável, tanto em termos de índice quanto em setores específicos que se beneficiarão do ambiente prospectivo.
Como exemplo, o estudo das dinâmicas passadas do mercado de ações no início dos ciclos de distensão monetária mostrou que, em média, pode-se esperar um aumento de aproximadamente 30.000 pontos no Ibovespa em um horizonte de 12 meses, com base nos preços atuais.
Uma ressalva importante é que, para que o comportamento médio esperado ocorra, é necessário contar com um ambiente externo favorável. No entanto, a incerteza em relação a esse ambiente nos impede de assumir o risco cíclico de investir em ativos de renda variável sem proteções.
Não podemos afirmar com certeza que tudo está indo bem no exterior e que teremos condições favoráveis para investir. Para expressar todas essas visões simultaneamente, mantivemos uma posição vendida significativa em bolsas internacionais, principalmente nos Estados Unidos, mas agora como uma defesa para a carteira, e não mais como a posição principal. Além disso, também temos uma posição tomada na parte curta da curva de juros local, visto que entendemos que isso é uma vulnerabilidade e oferece uma oportunidade conveniente para proteger a carteira, embora seja de menor importância.
Em termos de risco, utilizamos 18,47% do limite de valor (contra 15,91% no mês anterior) e 23,46% do limite de estresse (contra 28,76% no mês anterior) ao final do mês.
Clique aqui para ler a carta da ASA na íntegra
Suno Asset
Investir em renda variável é sobre errar menos do que os outros. Exemplos no esporte, como a final da Copa do Mundo de Futebol em 1994 e a corrida das 24 Horas de Le Mans em 2016, ilustram a importância de evitar erros para alcançar a vitória. No mercado financeiro, essa premissa é igualmente válida. Evitar erros significativos que comprometam o portfólio é essencial para obter retornos consistentes a longo prazo. Permanecer líquido e evitar perdas substanciais é fundamental para alcançar sucesso nos investimentos.
Obter resultados consistentes e evitar crises financeiras é mais importante do que ter um desempenho excepcional por um curto período de tempo. A estratégia de investimento deve ser focada em empresas com balanços sólidos e operações rentáveis, mesmo que isso vá contra as expectativas do mercado. O fundo SUNO AÇÕES FIC FIA alcançou sua máxima histórica em junho de 2023, com um retorno acumulado de 22,09% desde o seu lançamento em junho de 2022. Mesmo enfrentando adversidades no passado, a estratégia se manteve consistente, resultando em retornos positivos e superando o índice de referência (Ibovespa) com um alfa de cerca de 16%. A estratégia de investimento de longo prazo é destacada como a chave para o sucesso, enquanto alguns investidores ocasionalmente não conseguem se manter durante crises e renovações de ciclos.
No segundo semestre de 2022, o debate político no Brasil foi dominado por uma guerra de narrativas entre duas correntes ideológicas opostas. Isso desviou a atenção das discussões sobre as reformas necessárias para impulsionar o desenvolvimento do país, principalmente nas áreas tributária, política e administrativa do Estado. Após as eleições, houve preocupações em relação ao retrocesso nas questões fiscais, como o possível fim do teto de gastos e a interferência política em empresas estatais listadas na Bolsa de Valores, como Petrobras e Banco do Brasil, que fazem parte do portfólio do fundo SUNO AÇÕES FIC FIA.
Uma narrativa que ganhou força no mercado era a de que essas empresas poderiam ser utilizadas como instrumento para medidas populistas pelo Poder Executivo, interrompendo a autonomia administrativa conquistada a partir de 2016. Essa narrativa se baseia na relação pouco republicana entre políticos de diversos partidos e altos funcionários dessas empresas, que foram alvo de investigações de corrupção.
É importante destacar que o sistema democrático no Brasil é composto por uma série de freios e contrapesos, onde o presidente tem o freio da Câmara dos Deputados, que tem o freio do Supremo Tribunal Federal, que tem o freio do Senado, e assim por diante. Isso impede que o presidente atue como um rei absoluto ou ditador, já que todas as decisões importantes precisam passar por negociações regimentais. No entanto, essa realidade muitas vezes é ofuscada pela narrativa predominante.
É essencial compreender o poder das narrativas, especialmente no contexto influenciado pelas grandes corporações que controlam as redes sociais. Essas empresas utilizam algoritmos para identificar o perfil de cada usuário e fornecer conteúdo personalizado, visando mantê-los engajados o máximo possível e distribuir campanhas publicitárias de maneira eficaz.
A decisão de manter Petrobras e Banco do Brasil na carteira do fundo SUNO AÇÕES FIC FIA vai contra uma narrativa amplamente aceita no mercado. Acreditamos que os analistas e gestores de fundos de investimento não devem ter medo de contrariar a opinião dominante, pois isso pode ser um erro grave e comprometedor. É importante que eles ajam com base em sua própria análise e estratégia, mesmo que isso não seja popular.
Assim como um técnico confia em uma estratégia de sucesso para sua equipe, os analistas e gestores devem fazer o melhor para o fundo, mesmo que isso não agrade a todos. Essa abordagem se mostrou acertada, pois as ações da Petrobras tiveram um aumento de mais de 30% no último semestre, enquanto as ações do Banco do Brasil ultrapassaram os 50% de valorização no mesmo período.
Clique aqui para ler a carta da Suno Asset na íntegra
Tenax Capital
A análise sobre o prêmio de risco a termo no Brasil mostra uma redução significativa nos últimos meses, impulsionada pela melhora no ambiente macroeconômico e expectativas de entrega de compromissos fiscais, reformas e combate à inflação. O mercado acionário parece ser o mais descontado nesse contexto, e a manutenção do prêmio no atual patamar justificaria a valorização das ações domésticas. A estimativa do prêmio de risco é feita utilizando a metodologia dos economistas Adrian, Crump e Moench, com base em regressões lineares e componentes principais. A expectativa da taxa de juros está mais ligada à política monetária, enquanto o prêmio de risco está relacionado a incertezas externas e internas, como a situação da economia global, política econômica doméstica e percepção fiscal do país.
O prêmio de risco a termo no Brasil mostra que houve uma abertura do spread entre as taxas brasileiras e americanas desde 2013, indicando uma piora na percepção dos agentes econômicos em relação ao Brasil. O período de reformas, como o Teto de Gastos, resultou em um fechamento do prêmio, mas a pandemia e a falta de uma nova âncora fiscal reverteu esse quadro. A queda recente do prêmio reflete a reancoragem fiscal, a perseverança do Banco Central no combate à inflação e a resposta do Congresso às tentativas de retrocesso nas reformas. O prêmio atual está no mesmo patamar de 2018, antes das deteriorações fiscais.
A nova regra fiscal no Brasil é um regime de metas de superávit primário que limita o crescimento dos gastos e busca reduzir a incerteza fiscal. O arcabouço fiscal passou por um processo político complexo, resultando em um sistema com válvulas de escape, mas também dificultando sua compreensão. O objetivo é neutralizar ímpetos expansionistas do governo e garantir ajustes automáticos em caso de desvio de rota. No curto prazo, o processo de construção do novo arcabouço surpreendeu positivamente com a busca por superávits primários e a ativa participação do Congresso. No entanto, a estabilização da dívida pública é esperada apenas na próxima década em torno de 100% do PIB. Para melhorar as perspectivas, é necessário um crescimento econômico maior e uma redução na taxa de juros neutra, o que depende da agenda de reformas, principalmente a tributária. A reforma tributária busca unificar impostos e simplificar o sistema, mas concessões e benefícios a determinados setores podem comprometer sua efetividade.
A avaliação do rating soberano do Brasil pelas agências de classificação de crédito, como a Standard and Poor’s (S&P), é baseada em cinco áreas-chave: institucional, econômica, externa, fiscal e monetária. Cada área recebe uma nota de 1 a 6, que é ponderada para determinar o rating indicativo. O Brasil tem notas baixas nas áreas institucional e fiscal em comparação com outros países da América Latina. Para melhorar o rating, é necessário avançar em reformas, controle fiscal e aumento da produtividade. A aprovação da reforma tributária, o ciclo de corte de juros e uma reversão do panorama fiscal podem levar a revisões altistas nas projeções de crescimento e na avaliação do país.
A economia dos Estados Unidos tem mostrado resiliência, adiando a esperada recessão e levando a altas nas taxas de juros. Apesar disso, os índices de ações tiveram um bom desempenho, especialmente no setor de tecnologia. Na Europa, há sinais de fraqueza na atividade econômica, enquanto o banco central europeu continua combatendo a inflação. No Canadá, as taxas de juros intermediárias são consideradas atrativas. A China enfrenta dificuldades econômicas, com falta de estímulo fiscal e uma reabertura econômica mais lenta. Na América Latina, os países que lidaram melhor com a inflação e têm ciclos econômicos mais ajustados estão sendo valorizados pelo mercado. No Brasil, há um viés otimista para os ativos locais, especialmente para a bolsa de valores, devido à expectativa de redução dos prêmios de risco do país.
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Trafalgar Investimentos
O cenário econômico global em junho foi marcado pela precificação de um soft-landing e otimismo em relação ao Brasil. Os mercados globais apresentaram desempenho positivo, impulsionados pela percepção de uma redução na probabilidade de recessão global. O Federal Reserve adotou uma postura mais dura em relação à política monetária dos EUA, priorizando o combate à inflação. No entanto, evidências de desaceleração econômica global continuam surgindo. Indicadores apontam para uma desaceleração mais pronunciada da atividade global no segundo semestre. No Brasil, diversos fatores favoráveis, como a atuação preventiva do banco central contra a inflação, taxas de juros atrativas, moeda desvalorizada e instituições robustas, impulsionaram o otimismo nos ativos brasileiros. Eventos relevantes no país, como a revisão da perspectiva de rating para positivo pela S&P, também contribuíram para a visão positiva.
Em junho a bolsa brasileira teve uma forte valorização, com destaque para setores e empresas que estavam menos em evidência. Esse movimento foi especialmente pronunciado nas empresas de menor capitalização, que vinham sofrendo com as altas taxas de juros. Além disso, os sinais de desinflação e os avanços em questões fiscais tornaram mais evidente o início do ciclo de corte de juros, o que é favorável para a renda variável doméstica. Nesse contexto, espera-se que empresas mais alavancadas sejam as primeiras a se beneficiar do afrouxamento monetário, mas a magnitude desse movimento ainda é uma questão a ser considerada.
O Trafalgar Royal Long Bias FIC FIA teve um retorno de +4,15% em junho, acumulando +18,20% nos últimos 12 meses e +56% desde o início. O desempenho foi impulsionado pelo bom desempenho das posições de renda variável no Brasil, enquanto as posições em juros americanos e venda de S&P tiveram retornos negativos. A bolsa brasileira teve uma recuperação consolidada, com notícias positivas, dados de crescimento melhores do que o esperado e a perspectiva de corte de juros. Os destaques positivos na carteira foram Banco do Brasil, Grupo Mateus e BTG, enquanto VALE e PetroReconcavo foram detratores. A exposição líquida ficou em torno de 90%, com hedges no índice e posição vendida no S&P. Na renda fixa, a posição foi mantida nas treasuries de 10 anos, com aumentos marginais, devido à expectativa de desaceleração na economia americana. A posição comprada em ouro foi zerada em favor da visão de desaceleração nos juros nominais dos EUA.
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MMZR Family Office
O cenário de “Soft Landing” nos Estados Unidos está se confirmando, com uma pausa no ciclo de alta de juros, porém com possibilidade de futuras altas ainda este ano. A economia dos EUA está desacelerando, mas sem uma queda brusca nos dados, e os indicadores de emprego e inflação estão se comportando de forma mista. O Brasil está em uma posição favorável para receber fluxos de investimento, com uma agenda considerada positiva e avanços no arcabouço fiscal. As expectativas de inflação estão caindo, e a curva de juros já precifica uma Selic em 9% ao final de 2024. Espera-se que o Banco Central do Brasil inicie um ciclo de corte de juros, possivelmente com um corte de 25 pontos-base na próxima reunião de agosto, mesmo diante de um desemprego baixo e dados de atividade ainda em alta.
O cenário fiscal no Brasil teve uma surpresa positiva com a revisão positiva do PIB do primeiro trimestre, impulsionado pelo setor do agronegócio. A perspectiva de rating também foi revisada para positiva pela S&P, destacando o bom crescimento do país nos últimos anos. Embora haja incerteza sobre a capacidade da agenda microeconômica do governo em garantir um crescimento sustentado do PIB, no curto prazo, esses eventos trazem um alívio importante. Espera-se que o rali nos preços dos ativos continue, especialmente com o início do ciclo de afrouxamento monetário. No entanto, há um viés mais negativo no médio prazo, especialmente no segundo trimestre do próximo ano.
No mês de junho, os portfólios locais tiveram retornos acima dos benchmarks, com destaque para ativos ligados ao IPCA. Já os portfólios internacionais tiveram retornos positivos, mas abaixo do índice de referência. As estratégias de Equity e Fixed Income foram as principais contribuidoras de desempenho, enquanto a classe Liquid Alternatives teve um desempenho inferior. No geral, a expectativa é otimista em relação ao carrego das posições em CDI, duration e renda variável local, neutra em relação às oportunidades de crédito e retorno absoluto, e neutra a otimista em relação a outras classes de ativos, como fundos imobiliários e private equity. Além disso, estão procurando hedges em bolsas globais e mantêm uma posição otimista em urânio.
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DEX Capital
O primeiro semestre foi marcado por eventos significativos tanto no âmbito doméstico quanto externo. Internamente, houve ruídos e debates sobre políticas e reformas, em um contexto de juros altos, resistência inflacionária e redução da exposição à renda variável. No entanto, o semestre terminou de forma positiva, com um Arcabouço Fiscal que mitigou o risco fiscal, aprovação da Reforma Tributária e expectativas de queda das taxas de juros. No cenário externo, destacam-se o conflito entre Rússia e Ucrânia, o distanciamento econômico entre China e EUA, inflação elevada nos países desenvolvidos e o desempenho positivo da bolsa americana, especialmente das ações de tecnologia.
As principais questões a serem acompanhadas são: a aprovação final do Arcabouço Fiscal e Reforma Tributária, a execução fiscal e a possibilidade de aumento significativo de tributação sobre o setor privado, riscos de medidas econômicas equivocadas, a velocidade e extensão da redução da taxa de juros doméstica em um contexto de juros externos em alta, e os riscos usuais como conflitos entre os poderes, populismo econômico, questões geopolíticas e o crescimento global. A empresa segue cautelosa e otimista, ciente da necessidade de monitorar o ambiente e considerar cenários alternativos.
O DEX FIC FIA teve uma performance de +11,6% no primeiro semestre, superando o Ibovespa que teve +7,6%. A carteira do fundo apresentou sobreposição com o Ibovespa entre 18% e 28%. O semestre foi volátil, com o fundo registrando -6,9% no primeiro trimestre e +19,9% no segundo trimestre. A maior contribuição para a performance veio do Banco BTG Pactual, seguido pela RD (Raia Drogasil) e Grupo Mateus.
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Riza Asset Management
No mercado internacional, os principais temas do trimestre foram os dados de inflação melhores que o esperado, a pausa no ciclo de alta de juros pelo Fed e a forte valorização das ações de tecnologia. A inflação nos Estados Unidos apresentou uma redução além do esperado, impulsionada pela inflação de bens, enquanto a inflação de serviços permanece elevada devido ao mercado de trabalho robusto. O Fed indicou o fim do ciclo de alta de juros, com possíveis ajustes marginais, dependendo dos dados futuros. Essa previsibilidade e o forte mercado de trabalho criaram um ambiente favorável para ativos de risco, resultando em uma alta no S&P500. No entanto, grande parte dessa alta foi impulsionada por seis ações (Meta, Apple, Tesla, Google, Nvidia e Amazon), cujos múltiplos estão acima da média histórica. Houve casos de quebra de bancos que evidenciaram problemas relacionados a descasamento de prazos e fuga de capital dos bancos médios para os grandes bancos. Além disso, o setor imobiliário comercial enfrenta desafios de vacância e refinanciamento de grandes volumes.
No cenário internacional, o setor de manufatura nos Estados Unidos está em desaceleração e em território recessivo, enquanto o setor de serviços continua aquecido, sustentando os dados de emprego. Existem dúvidas sobre os motivos desse ciclo econômico prolongado, mesmo após um ciclo de alta de juros significativo. Possíveis explicações incluem o patrimônio do consumidor, que ainda está em patamares suficientemente altos para sustentar o consumo, a resiliência dos preços de casas e ações, o comportamento pós-pandemia que estimula o consumo de serviços e a dívida corporativa pré-fixada.
No Brasil, houve uma redução significativa dos prêmios de risco após o avanço do arcabouço fiscal, resultando no fechamento da curva de juros. A Bolsa apresentou alta, e o arcabouço fiscal limitou o crescimento das despesas e trouxe mais clareza para o mercado. Apesar das ameaças iniciais, o mercado estabilizou à medida que as respostas do Presidente da Câmara e Senado foram favoráveis. A vitória do ministro da Fazenda na reoneração dos combustíveis e na aprovação do arcabouço fiscal também contribuíram para a estabilização. O fluxo estrangeiro na Bolsa foi positivo, enquanto o investidor institucional apresentou um fluxo negativo no primeiro trimestre.
O fundo mantém uma alocação em um portfólio diversificado, com a maioria do patrimônio alocado em ativos de crédito. O spread de crédito no segmento High Grade se estabilizou após o pico de estresse, e o fundo está posicionado para obter retorno nesse contexto. Houve um fluxo de saída de fundos de crédito privado, mas espera-se que esse fluxo se estabilize e se torne positivo à medida que a performance dos fundos melhore. O fundo mantém uma posição com carrego bruto em CDI + 2,5% a.a. e um prazo médio de 2,3 anos.
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Helius Capital
Em junho, a bolsa brasileira teve uma alta expressiva impulsionada pela redução do prêmio de risco e o fechamento da curva de juros. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve pausou o ciclo de aumento de juros, mas projetou mais elevações futuras. No Brasil, o novo marco fiscal avançou no Senado, contribuindo para a redução da incerteza fiscal. O Copom manteve a taxa Selic, porém indicou possíveis cortes de juros na próxima reunião. A inflação brasileira está em queda, e espera-se um corte de pelo menos 25 pontos-base na taxa de juros em agosto. Quanto à atividade econômica, projeta-se um crescimento do PIB impulsionado pelo setor agropecuário. No médio prazo, os principais fatores de risco incluem o cumprimento das metas fiscais, a renovação do comitê de política monetária e o impacto do aperto monetário nos EUA.
Em relação ao cenário macroeconômico, acreditamos que os fatores como cumprimento das metas fiscais, renovação do comitê de política monetária e o impacto do aperto monetário nos EUA terão impacto limitado no timing do início dos cortes de juros no Brasil, mas serão determinantes para a velocidade dos cortes e a taxa terminal de ciclo. Estimamos uma taxa terminal da Selic entre 8,5% e 9,0%, podendo ser menor dependendo desses fatores.
No desempenho do fundo Helius Lux Long Biased em junho, superamos a alta do Ibovespa devido a um portfólio diversificado e posicionado para capturar a melhora das condições macroeconômicas do país. Destacamos as posições em XP e Petrobras, que foram favoráveis. Por outro lado, as empresas na ponta vendida, como Gol e Assaí, tiveram um impacto negativo no desempenho.
Para os próximos meses, vemos um ambiente favorável para ativos de risco no Brasil, e o Ibovespa ainda apresenta um valuation atrativo. Acreditamos que parte da melhora nos resultados das empresas, impulsionada pelo afrouxamento monetário, ainda não está totalmente precificada, o que nos oferece boas oportunidades de ganho. No portfólio, o setor financeiro (exceto bancos incumbentes) é o principal, mas também aumentamos a alocação nos setores imobiliário e de educação.
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AZ Quest Investimentos
O alto patamar dos juros reais no Brasil está relacionado à incerteza e aos riscos fiscais. O país não apresenta vulnerabilidade externa, mas é necessário sinalizar e executar ações para diminuir a vulnerabilidade fiscal e permitir taxas reais de juros mais baixas. A melhora nos preços dos ativos ocorreu com informações sobre o arcabouço fiscal, porém, há dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais. O indicador de vulnerabilidade fiscal (IVF) do governo federal foi criado para acompanhar a situação fiscal e avaliar se há melhora ou piora nas contas públicas. O IVF está em um nível inferior ao período do governo Temer/Bolsonaro, mas ainda há um longo caminho para voltar ao patamar de 2007-2009. Se o governo entregar os resultados prometidos no arcabouço fiscal, a credibilidade aumentará e as taxas reais de juros poderão cair.
A relação entre o indicador de vulnerabilidade fiscal (IVF) e as taxas reais de juros reflete a percepção do Banco Central sobre o arcabouço fiscal. Embora o arcabouço tenha reduzido a incerteza em torno do risco fiscal, ainda existem desafios para cumprir as metas de resultado primário. Além disso, a geração de superávits primários adicionais para tornar a dívida sustentável pode levar a uma diminuição adicional das taxas reais de juros. Isso implica melhorias nos indicadores fiscais por meio do crescimento econômico e maior arrecadação. Cumprir com o arcabouço fiscal traz ganhos substanciais para o governo, os poderes constituídos e a sociedade em geral. O caminho para a extinção da vulnerabilidade fiscal não é rápido nem fácil, mas é necessário fazer os esforços necessários para gerar superávits primários e tornar a dívida pública sustentável. O IVF contribui para monitorar se as medidas adotadas estão na direção correta.
A economia global foi marcada pelas reuniões dos principais Bancos Centrais em junho, com ajustes monetários e sinais de desaceleração da atividade em algumas regiões. O Federal Reserve dos EUA optou por não alterar a taxa de juros, mas aumentou as previsões de crescimento e de taxa de juros. Na Europa, o Banco Central Europeu elevou a taxa de juros, enquanto no Reino Unido houve aumento maior que o esperado devido à alta da inflação. Na China, os dados de atividade e crédito ficaram abaixo das expectativas. No Brasil, a inflação diminuiu, e espera-se que a taxa de juros seja cortada na próxima reunião do COPOM. Os fundos multimercados tiveram resultados positivos em ações locais e juros, mas negativos em bolsas internacionais e moedas. O fundo AZ Quest Multi encerrou o mês com bons retornos.
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Butiá Investimentos
No mercado americano, há uma anomalia em que a curva de juros está invertida, mas o S&P500 apresenta forte alta. Isso se deve ao fato de inversões na curva normalmente precederem uma recessão, o que poderia afetar o desempenho das ações. No entanto, os dados econômicos ainda não refletem uma desaceleração significativa nos Estados Unidos. Além disso, as empresas de tecnologia lideram o desempenho positivo da bolsa americana, impulsionadas pelo avanço da inteligência artificial e a possibilidade de uma desaceleração da inflação. No geral, o cenário econômico nos EUA é incerto.
Na China, a economia ainda está arrefecida, o que contribui para a deflação de bens no resto do mundo. O governo chinês vem anunciando esforços marginais para impulsionar a economia, mas essas medidas não são vistas como um gatilho relevante para uma recuperação robusta. A desvalorização do renminbi em relação ao dólar reflete esse cenário.
No Brasil, houve um rally na bolsa impulsionado pela melhoria na perspectiva de rating do país e indicadores de desinflação. O IPCA de maio surpreendeu positivamente e as projeções para a inflação foram revisadas para baixo. O Copom adotou um tom mais dovish, aumentando a confiança em um possível corte de juros na próxima reunião em agosto.No mercado de crédito privado, houve recuperação e bons resultados para os fundos, refletindo a maior confiança dos investidores na classe de ativos.
No cenário macro, a melhora do arcabouço fiscal e as surpresas positivas em relação à inflação contribuíram para um aumento das expectativas de cortes na taxa Selic. O Conselho Monetário Nacional confirmou a manutenção da meta de inflação em 3% para 2025 e 2026, o que ajudou a reduzir os juros e o câmbio. No mercado de crédito privado, houve um fechamento dos spreads dos títulos, com destaque para os ativos high grade. Para os próximos meses, espera-se boa performance dos ativos high grade, especialmente os de maior duração. O mercado de debêntures incentivadas teve um mês de boa performance, com queda das taxas de juros reais e spreads de crédito. O mercado primário mostrou recuperação, com emissões de ativos atrelados ao CDI e IPCA+. Acredita-se que a confiança dos investidores e as taxas de juros mais baixas impulsionarão novas ofertas, especialmente em segmentos de infraestrutura.
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