ANBIMA lança ferramenta que auxilia na aplicação de tecnologias emergentes

Durante o ANBIMA Summit 2025, a associação lançou o Radar de Futuros da Anbima, ferramenta que converte sinais tecnológicos em orientações práticas para o setor financeiro. A estreia foi acompanhada por uma discussão sobre os desafios de aplicar inovações no dia a dia das instituições.
Diante da abundância de informações sobre tecnologia, a verdadeira dificuldade está em transformá-las em soluções concretas e integradas à realidade das empresas. “O conteúdo em si é cada vez mais óbvio, o que não é óbvio é como isso se integra”, analisou Michell Zappa, fundador e CEO da Envisioning, que conduziu a apresentação.
A forma como a tecnologia molda as expectativas complementa essa proposta. Zappa observou que tendemos a superestimar os efeitos imediatos das novidades e a subestimar seu impacto de longo prazo. Em outras palavras, reconhecer tendências é só o primeiro passo.
Segundo o especialista, é preciso de métricas para entender os desdobramentos práticos que uma tecnologia emergente pode ter no longo prazo. Por isso, a ferramenta se apresenta como um gráfico interativo, que ajuda a visualizar a maturidade e a relevância de cada inovação no tempo.
O relatório do Radar de Futuros é navegável, com assistente de IA que orienta o usuário na interpretação dos dados. “Nenhuma explicação é tão impactante quanto acessar a tecnologia”, disse Zappa, destacando que o verdadeiro valor está na experiência direta com as soluções mapeadas pelo estudo.
Além disso, o Radar adota o TRL (Technology Readiness Level) para avaliar o nível de prontidão tecnológica e atribui um grau de relevância a cada inovação, o que facilita a identificação de prioridades de investimento e de pesquisa.
Entre as três tecnologias que mais se destacaram, estão:
- DeFi com IA: uso de inteligência artificial para automatizar e otimizar operações em finanças descentralizadas.
- IA agêntica: sistemas capazes de planejar e executar tarefas de forma autônoma, com mínima supervisão humana.
- Criptografia pós‑quântica: algoritmos projetados para resistir à capacidade de processamento dos futuros computadores quânticos.
Zappa adota uma visão maximalista sobre uso responsável de tecnologia e acredita que “as transformações permitidas não têm preço”, mas ressalta que, se houver qualquer prejuízo ao meio ambiente, é preciso impor limites. Para ele, a inovação fornecerá novos recursos para promover a sustentabilidade, abrindo caminho para “criar novas ciências e novas possibilidades”.
Para explorar o Radar de Futuros da Anbima, acesse: futuros.anbima.com.br